Capítulo 49

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Miguel narrando
Eu não conseguia entender tudo aquilo que estava acontecendo, fui conversar com a Geo. Ela não parecia estar tão brava, me puxou pela mão até as mesinhas do pátio. Sentamos e ela ficou me olhando séria.
- Eu vi tudo.
- Então você sabe que eu empurrei ela de mim.
- Sim, não te culpo. Mas sabe o que eu estou pensando?
- O que?
- Alguém muito filho da puta ta tramando contra a gente.
- Você acha que a Pietra teria essa coragem?
- Lógico que não. Pietra é muito boba pra pensar nisso. É uma pessoa mais argilosa.
- O Cadu não pode ser, ele é meu melhor amigo não teria essa coragem.
- Também acho que não. 
- Mas quem será?

Enquanto estávamos alí, tentando descobrir o que realmente tinha acontecido. Podia ver o Cadu de longe sorrindo ao falar no telefone, fazia tempo que eu não via ele tão feliz.

Cadu narrando
Fui procurar o número da Manuella, precisava pensar em alguma coisa. Nunca fiquei tão chateado, a sonsa da Pietra não sabe fazer as coisas direito, teríamos que mudar de plano urgente. Precisava falar com Manu, disquei pro número dela.
No telefone:
Oi. - Manuella atende com voz de sono.
- Eai manu, más notícias! - Eu disse baixo.
- Não deu certo? - Ela disse desapontada.
- Não. O que a gente pode fazer agora?
- Você vai investir na Geovanna, faz de tudo pro Miguel ver vocês bem íntimos. E claro, vai botar pilha pra Pietra correr atrás do Miguel. Mas usando outras pessoas...
- Genial, eu conheço duas pessoas que vão poder ajudar bastante. - Eu disse dando risada.
- Quem? - Manuella fala interessada.
- Espere e verá. - Dou gargalhada e pude ouvir a da Manuella do outro lado da linha.

Eu desliguei o telefone e admirei o casalzinho sem graça por uns segundos, eles que não se cuidem porque se depender de mim essa felicidade não vai durar muito tempo. Peguei minha moto e buzinei pra o casalzinho e saí em disparada, fui até o Leblon e parei em frente à uma mansão que qualquer um sonharia em morar. Desci da moto e toquei o interfone, a empregada atendeu e eu disse pra avisar que queria falar com o dono da casa. Depois de alguns minutos, avisto quem eu tanto queria.

- Eai, meu amigo do peito. - Eu disse erguendo uma sobrancelha.

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