Capítulo 61

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Cadu narrando

Miguel é muito trouxa de acreditar que eu iria entregar aquele poema ridículo que ele fez. Estragaria os meus planos e ele ainda se daria bem.

Depois que a Geovanna ficou verde de raiva e esculachou o Miguel, fui consolar ela e nem voltei pra assistir a aula.

- Geo, não fica assim. Miguel as vezes passa o limite de ser babaca!
- Falar que o nosso relacionamento não significou nada foi demais pra mim. E pior, falar que eu não faço nenhuma falta pra ele, que vai assumir algo sério com a Luiza foi demais pra mim. - Geovanna disse chorosa.
- Sabe o que você deveria fazer?
- O quê?
- Partir pra outra e se valorizar.
- Eu não quero. - Disse em lágrimas.
- Se você quiser, a gente finge.
- Você fingir que é meu namorado?
- Sim. Não vai dar nada...
- Tudo bem! - Ela disse secando as lágrimas. - Quero ver ele sofrer.
- Seria bom se você me desse uma chance de verdade. Mas...
- Não, Cadu. Fingir ja vai dar pra ele ver que eu não sou uma qualquer.
- É assim que se fala. - Disse sorrindo.

Saí de lá contente, mal podia esconder minha felicidade. Logo logo na faculdade iria começar a tortura do Miguel e eu iria amar ter a Geovanna comigo novamente, ela vai voltar comigo depois de fingir bastante.

Miguel narrando...

Enfim chegou o dia de fazer o ultrassom da Luiza, iríamos fazer depois que eu saísse da faculdade. Cheguei na mesma e fui guardar minha moto, logo de cara no pátio vi a Geovanna abraçada com o Cadu.

- É uma bela cena pra se ver cedo de manhã. - Pensei.

Passei por eles e não dirigi a palavra pro Cadu e muito menos pra Geovanna, certamente ele estava se aproveitando pra tirar uma casquinha dela. Quando passei por eles o Cadu me chamou, fingi não escutar mas ele continuou me chamando. Me virei e ele sorriu.

- Temos uma novidade pra você, cara.
- To afim de saber não. Aliás, to atrasado pra aula. - Disse e sorri sarcástico.
- Insisto que você saiba. - Geovanna entrou na conversa.
- Aé Geovanna? - Disse irônico. - Pra quem não queria me ver nem pintado de ouro...
- Tenho coisas mais interessantes pra mim me importar. - Ela piscou.
- Então é problema seu. - Disse me virando.
- Não, Miguel. Espera! - Cadu falou calmo.
- É o que? - Disse me virando pra eles.
- Estamos juntos. - Eles disseram em coro.
- Vocês o quê?
- Isso mesmo que você ouviu. - Geovanna disse abraçando o Cadu.

Empurrei ela e peguei o cadu pela gola da sua camisa, olhava pra ele com tanto ódio que vi sua expressão de medo. Encostei ele na parede e seus pés ja não tocavam o chão.

- Qual é o seu problema? - Gritei.
- Miguel, solta ele! - Geovanna falou me dando tapas nas costas.
- Geovanna, cala a boca. Qual é o seu problema, seu talarico? - Disse com mais raiva.
- Ela quis ficar comigo e eu não iria recusar. - Cadu sorriu.

Soltei ele o que fez ele cair no chão, olhei triste pra Geovanna enquanto ela me olhava assustada e correu pra ajudar o Cadu.

- Toda felicidade do mundo pros pombinhos.
- Eu que desejo pra você e pra Luiza. - Geovanna disse alto.

Todos da faculdade observavam aquela cena, alguns me apoiavam outros me crucificavam. Saí e fui pra minha sala, enquanto todos olhavam pra mim e cochichavam.

Cheguei na sala e a Pietra estava lá sozinha, a minha vontade só era chorar e ela percebeu isso. Ficou em silêncio, me abraçou e disse que iria ficar tudo bem.

Mal consegui assistir a aula direito e quando terminou, fui embora primeiro que todos. Alguns professores vieram falar comigo mas disse que não estava afim. Eu só queria matar o Cadu.

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