Capítulo 52

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Alguns dias depois...

Miguel narrando

Era madrugada de sábado, estava chovendo muito forte, eu estava sozinho em casa, 2 horas da manhã, estava em um sono tão gostoso e de repente meu celular começa a tocar. Vejo quem é, número desconhecido.

- Alô? - Digo com voz de sono.
- Miguel? Miguel me ajuda! - Uma voz conhecida me responde e pelo visto muito desesperada.
- Quem é que ta falando?
- Sou eu, Luiza. Me ajuda, to aqui embaixo do seu prédio. - Ela diz com a voz trêmula e chorosa.
- O que houve? - Eu disse me levantando.
- Tentaram me estuprar, Miguel. Foi horrível, me ajuda! - Ela disse em prantos.
- Vou falar pro porteiro abrir.

Fui até o interfone que ligava ao porteiro, pedi pra ele abrir pra ela.
Esperei ela na porta e ela chegou ensopada da chuva e tremendo, pedi pra ela entrar.

- Você vai ter que tirar essas roupas se não vai pegar um resfriado ou uma pneumonia. - Eu disse olhando pra ela de cima a baixo.
- Na sua frente? - Ela disse receosa.
- Luiza, eu ja te vi pelada. - Dei risada. - Mas se você tem vergonha, toma um banho quente la no meu banheiro que eu vou deixar umas roupas minhas pra você vestir. Daí você vai me explicar tudo!
- Tudo bem!

Fui esquentar uma água pra fazer um chá de sachê e depois fiquei esperando ela sentado no sofá, depois de alguns longos minutos ela aparece com uma camisa branca minha e de calcinha.

- Era pra você ter colocado a bermuda.
- Não coube, eu juro!
- Onde arranjou essa calcinha?
- Tinha em uma gaveta.
- Deve ser da minha namorada.
- É. - Ela disse sem graça.
- Senta aqui. - Eu disse batendo no sofá.
- Ai Miguel, foi horrível. - Ela disse colocando as mãos no rosto.
- Por que procurou a mim e não outro cara?
- Você foi o único que atendeu e eu estava nessa rua.
- Ah ta. Mas o que eles fizeram com você? Te machucaram? - Falo me aproximando dela e pegando em sua mão.
- Eles me jogaram no chão. Era mais de 3, mas veio um outro rapaz e começou a brigar com eles. Eu aproveitei pra correr. - Ela disse de uma forma meiga ao ver minha mão na dela.
- Vai ficar tudo bem ta? Quer que eu ligue pros seus pais, sei lá?
- Não. Eu posso ficar aqui até de manhã cedo? Não quero acordar eles.
- Pode, pode sim. Eu durmo aqui na sala e você pode ir lá pro meu quarto. - Sorri sem mostrar os dentes.
- Tudo bem. Mas vamos comer algo?
- Não to com muita fome...
- Para, vou fazer um suco pra gente. - Ela disse se levantando e se dirigindo pra cozinha.
- Ta bom, mestra dos sucos. - Sorri.

Ela olha pra mim sorrindo e vai pegando as coisas pra fazer o suco, fiquei com a cabeça encostada no sofá e com os olhos fechados lembrando de quando eu ficava com a Luiza. Eu gostei realmente dela, ela era uma morena tão linda e ficava cada dia mais, só não podia ficar pensando demais nela. Eu amava a Geovanna.

- Olha só, suco de manga do jeito que você gosta. - Ela veio sorrindo com os dois copos na mão.
- Obrigada, Luiza. - Sorri e peguei o copo que ela estendeu pra mim.
- Lu. Você sempre me chamou de Lu. - Ela se sentou mais próxima de mim.
- Isso foi antes de acontecer o que a aconteceu. - Eu disse tomando uma golada do suco.
- Fiz sanduíches também. Quer? - Ela disse sorrindo.
- Acho que s.. - Fiquei tonto.
- O que houve?
- Estou tonto e sentindo algo estranho. - Eu disse colocando o copo em cima da mesinha.
- Vem, vou te levar pro quarto. - Ela disse me puxando.

Me deitei na cama e simplesmente apaguei.

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