Capítulo 65

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Geovanna narrando

Depois que lanchamos no Burguer King, ficamos passeando nas ruas da cidade de carro. O Cadu parecia estar bem animado e feliz.

- Amor, vamos pra um lugar mais reservado pra gente ficar só nós dois? - Ele disse pegando na minha mão e ficando apenas com uma no volante.
- Ah, Cadu. Eu não sei não! - Disse desinteressada.
- Vamos, vai ser legal. Eu prometo!

Ele começou a se afastar da cidade e indo pra um lugar que eu nunca tinha visto, era bem deserto e não parecia morar ninguém ali.

- Esse lugar é perfeito. - Cadu disse enquanto estacionava o carro embaixo de uma árvore enorme.
- Perfeito pra quê?
- Pra gente namorar um pouquinho.
- Cadu, aqui deve ser perigoso. Você não acha?
- Geo, relaxa. Confia em mim! - Ele disse confiante e sorriu.
- Tudo bem. - Suspirei.

Ele me beijou e começou a me acariciar mas eu não queria aquilo, eu não via o Cadu como um namorado ou ficante, eu via ele como amigo. Mas ele estava querendo transar comigo ali, em um carro no meio de um matagal. Empurrei ele e recuperei o ar.

- Cadu, não. - Disse firme.
- Geovanna, para com isso. Ta tão gostoso... - Ele disse enquanto levantou minha blusa a força.
- Não, eu não quero. - Disse colocando as mãos em meus peitos. - Ah, você não quer?
- Não!
- Escuta aqui, a gente vai transar sim. - Ele disse puxando o meu cabelo.
- Cadu, para com isso. Você ta maluco? - Eu disse abrindo a porta do carro e saí andando.

Ele veio atrás de mim e pisava firme. Me puxou pelo braço e me olhava com ódio.

- Me obedeça que vai ser melhor pra você. - Ele disse firme.
- Cadu, me dá a minha blusa e me solta. - Tentei tirar meu braço da mão dele.
- Ok. Acabou a minha paciência.

Ele me puxou pelo braço e me jogou no chao. Desabotoou minha calça e eu gritava sem parar, antes que ele pudesse tirar, dei um chute no meio das pernas dele o que fez ele ficar sem força. Chutei a barriga dele e ele se contorceu de dor.

Saí correndo e não olhei pra trás, começou a chover muito forte e trovejava muito. Peguei meu celular no bolso depois de chegar na pista, consegui pouco sinal mas dava pra ligar.

Liguei pro meu pai mas dava caixa postal, então a minha única saída foi ligar pro Miguel. Ele atendeu no mesmo momento parecendo que ja esperava minha ligação, pedi pra ele vim me buscar e eu estava chorando desesperada. Ele disse que ja estava a caminho.

Eu sentia muito frio pois aquele imbecil do Cadu tinha ficado com a minha blusa, fiquei andando pela pista. Até que um carro para do meu lado, é o Cadu. Ele desce do carro furioso e puxa meu cabelo, me acerta com um soco no rosto.

- Sua vagabunda! - Ele dizia furioso.

Me jogou no chão e começou a me dar chutes por todo o corpo. Por um momento pensei que não sobreviveria, pedi a Deus que aquela tortura acabasse logo.

Ouço um barulho de moto, é o Miguel. Ele mal estaciona a moto e vai pra cima do Cadu, eu ainda assustada mal consigo me levantar.

Eles se jogavam no chão e a chuva caía cada vez mais forte, queria gritar pra que parassem mas minha voz não saía. Cadu empurrou o Miguel pra longe e saiu correndo, pegou seu carro e sumiu.

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