16. humanos, feitos de danos.

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Candice Clarkson.

Talvez o álcool tivesse me influenciado a fazer tudo aquilo mas de maneira alguma eu tinha me arrependido. É meio estranho tudo isso, pois nós nos conhecemos a pouco menos de duas semanas e acabamos de nos beijar, mas vamos combinar, ele tinha\ tem uma aparência e lábios bem convidativos.

Nossos corpos já estavam em temperaturas elevadas e eu podia sentir pessoas ao nosso lado pulando e gritando - já que estávamos nos beijando no meio da pista. Uma de suas mãos segurava meu rosto enquanto a outra acariciava minha cintura, e porra aquilo estava me arrepiando. Não sei bem por quanto tempo ficamos daquele jeito mas assim que o ar faltou nós nos afastamos e então recebi um sorriso nos lábios de Justin.

- Você não sabe o quanto eu esperei por isso - ele disse rindo e logo senti sua respiração ofegante.

- Digo o mesmo, gafanhoto - falei alto por conta da música.

- Seria muito clichê dizer que eu já estava com vontade de te beijar? - agora nós estávamos um de frente para o outro e Justin falava com sua boca próxima ao meu ouvido.

- Não me diga?!

- Digo sim, senhorita - riu - Pensei que esse dia nunca ia chegar, porque você é boa para caralho em se fazer de difícil.

- Antes tarde do que nunca - dei uma piscadela e ele riu - E a propósito, eu não me faço de difícil, eu sou difícil.

- Estou vendo - zombou - Vou subir, você vem?

- Não, lá não tem nada para fazer, prefiro ficar aqui.

- Beleza, então fique à vontade.

- Com todo prazer - falei maliciosa.

- Corrigindo - ele parou por alguns segundos e continuou - Fique à vontade, mas nem tanto.

- Pode deixar - ri e sai de seu campo de visão.

Fui em direção ao bar e pedi mais alguma bebida e enquanto a esperava aproveitei e conversei por leitura lábial com Lucy, já que estávamos distante uma da outra - ela na parte cima, escorada no corrimão, e eu com um cotovelo no balcão do local.

- Você viu? - mexi os lábios.

- Vi - assentiu - Porra Clark - eu odiava quando ela me chamava assim - Que beijo mais sem graça.

- Que? - joguei os braços no ar.

- Vocês mal se pegaram - fez uma careta - Não teve nenhum amasso, nenhuma mão boba - dessa vez ela havia apertado um dos seus seios e havia feito uma cara estranha imitando um gemido - Eu estava aqui na torcida e nada demais aconteceu - mesmo de longe eu podia sentir que ela estava indignada.

- Tudo no seu tempo, Lucy - e logo minha bebida chegou.

O barman tinha me dito que havia dois jeitos de se tomar uma dose de tequila. O primeiro método era americano com limão e o outro era um método mexicano com Sangrita (suco de laranja + suco de limão + grenadina + molho quente), e então escolhi o método americano. Basicamente o que você tinha que fazer era: 1- lamber brevemente a pele entre o polegar e indicador ou as costas de sua mão; 2- espalhar uma pequena pitada de sal na área lambida. Pois de acordo com ele a saliva ajudaria a prender o sal na pele; 3- segurar uma fatia de limão com o dedão e o indicador, usando a mesma mão que contém o sal; 4- soltar o ar dos seus pulmões, lamber o sal, beber a dose de tequila e morder o limão;

Virei minha cabeça para trás e por alguns longos segundos senti algo quente descer em minha garganta. Repeti a mesma dose duas vezes e fui dançar juntamente com algumas pessoas desconhecidas.

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