45. porque eu amo você.

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Justin Bieber.

Antes de encerrar a ligação escutei meu nome ser berrado por ela sendo acompanhado por um grunhido de raiva. Ri em deboche pela ousadia e voltei a puxar e soltar a fumaça ainda com os pés sob a mesa dali. Deveria ser o que? Dez e meia da manhã? E eu aqui como um fodido com essa merda de cigarro. Parabéns, Bieber. O ecrã do meu celular reserva sob meu colo piscou e nele aparecia o nome de Candice juntamente com a foto dela que eu tinha colocado, deslizei o dedo sob a tela e recusei a chamada. Insistência da porra.

Traguei mais uma vez e me levantei da cadeira jogando o cigarro fora. Aquela estava sendo uma situação foda, porque pela primeira vez, em meses, eu fiquei realmente irritado com Candice. Pela segunda vez meu celular reserva vibra, mas dessa vez não era Candice. Respirei fundo e deslizei meu indicador aceitando a chamada.

— Bom dia, Bieber! - sua voz grossa e debochada gritou. - Soube que andou brigando com aquela garota - completou.

Como merda esse desgraçado já estava sabendo?

— Não enche meu saco, porra! - esbravejei chutando a porta. - Vai cuidar um pouco mais da tua vida que nisso você ganha mais.

— Uau, brigaram mesmo. - riu irônico - Seria uma pena se eu piorasse um pouco mais essa situação, não?! - questionou e eu sabia que ele tinha um sorriso maldoso.

— Se antes eu não te matei, agora eu mato - rosnei alto e ele riu do outro lado - Está me ouvindo? Abra a porra da sua boca e eu quebro a sua cara.

— Oh, que medinho... - brincou ainda com seu tom debochado. - Você não teria coragem, pequeno Bieber.

— Você não sabe o quanto... - ironizei.

— Que corajoso, Bieber. Admiro isso. - disse - Espero que tenha essa mesma coragem pra falar tudo para ela. - completou.

— Maldito de merda! - gritei logo em seguida - Você não ous...

— Tic-Tac, Justin. Seu tempo está acabando, e você sabe disso. - interrompeu-me - Quinze dias, duas semanas e quero todas as cartas na mesa, ou eu mesmo conto tudo.

— Quinze dias?! - gritei - Vai tomar no cu.

— Sinto muito, Bieber. Mas esperei tempo demais. - e desligou.

Maravilha. Eu tinha quinze dias pra abrir a porra do jogo para ela. Malditas duas semanas para contar exatamente tudo! Por Deus, eu estou com medo do que possa vir depois disso. Com muito medo.

Chutei a porta mais uma vez e voltei para o meu celular reserva, onde eu tentei ligar para Candice mais três vezes e em nenhuma delas ela me atendeu. Ótimo.


Candice Clarkson.

Eu estava puta com a reação impulsiva e ridícula de Justin. Ele mal tinha me deixado explicar e ainda queria se achar o dono da razão após todo o ataque. Eu não vou dizer que estava certa, porque eu realmente não estava. Eu podia muito bem ter negado aquela porra de lap dance, mas isso não significa que Justin pode chegar me chamando de vagabunda e ainda por cima gritando com três pedras na mão. Por Deus! Ambos estavam errados, e eu decidi fazer a minha parte, indo na casa de Justin me desculpar. Péssima ideia. Fui ignorada pela quinta vez ou mais desde que ele estava aqui no apartamento. Justin age de maneira ridícula quando está de cabeça quente. Ele não escuta ninguém, apenas a si mesmo, e isso é horrível. Eu tentei conversar como duas pessoas civilizadas, mas a única que ganhei foi uma perfeita ignorada e gritos. Certo, se era assim que ele queria... Eu ficaria com meu orgulho. Pelo menos tentei fazer a minha parte.

Bufei pisando fundo saindo da calçada de Justin e fui para dentro do táxi, onde cheguei em meu apartamento em menos de vinte minutos. Obrigada, trânsito. Tirei meu tênis, calça, blusa e me joguei embaixo do chuveiro, na água fria. Eu estava precisando. A porta do banheiro foi aberta bruscamente e após isso o rosto curioso de Lucy aparecia.

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