- Primeira: eles não podem sair ao sol, os originais ao menos, híbridos podem cantar e dançar debaixo de um sol de meio dia que eles continuam vivinhos. Segunda: eles não podem se disfarçar quando a pessoa realmente ama alguém e - ela deu bastante ênfase ao e - é amada na mesma intensidade. O que é praticamente impossível. Todo mundo fraqueja sabe. - ela riu de lado - A maioria das vezes é só atração. Enfim... - ela deu de ombros - Terceira: ferro, o que atrapalha todo mundo. Quarta: fogo.
Ela se silenciou por uns instantes com um sorriso nos lábios que indicava divertimento.
- Espera! Você não está...
Adam falou do nada. Serafine o interrompeu ainda sorrindo.
- Estou sim, meu caríssimo senhor Furler. Nós temos disponível uma das fraquezas dessas coisas e vamos usar nossa carta.
Entendi o que ela estava falando.
- Não. - ela olhou para mim - Eu não posso. Não consigo!
Ela pareceu confusa.
- Maika, não é uma opção. Você acha que temos alguma outra possibilidade? Eu estou presa aqui. - ela chutou as barras - E aquele ali, - apontou para Adam - pelo que aquelas coisas disseram, ele é inútil. De que serve um lobo se ele não pode morder?
Adam avançou contra Serafine, mas foi impedido pelas barras. Ela estava provocando ele e eu estava bem no meio daquilo.
- Posso não morder agora, mas acredite, não vai querer me ver rosnando para você.
Serafine riu.
- Posso não morder, mas posso mexer os dedos muito bem.
Ela juntou o indicador e o médio apontando para ele.
- E acredite, a maldição de uma Larren não é fácil de quebrar.
Ela parou de provocar Adam e olhou para mim novamente.
- Falando em maldição, o que é isso mesmo?
Ela indicou minha mão direita. Meu instinto foi escondê-la atrás de mim.
- Não sei. Apenas apareceu.
Serafine riu com escárnio.
- É exatamente desse jeito que uma marca de maldição aparece. Diga, Maika, - ela se inclinou em minha direção - Você andou provocando uma bruxa? Se ela fez isso deve ter ficado irada.
Serafine expressava incredulidade nos olhos, ela não era minha amiga, nem realmente próxima a mim para que eu quisesse tentar explicar que aqueles espinhos surgiram depois de eu queimar um corpo de um estranho enquanto me escondia de um assassino, mas queria me defender.
- A única bruxa que eu conhecia quando isso apareceu era a Britta e ela nunca - etonei o nunca dando destaque - iria me amaldiçoar.
Serafine suspirou indicando que tinha aceitado uma derrota.
- Acho melhor criarmos um plano logo então.
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Cidade de Magia - Marcada por Espinhos
Fantasy" Houve um tempo em que o que se chamava fantasia coexistia com o que chamavam realidade. Durante séculos a humanidade afetou drasticamente seu mundo, criou coisas que não se pode nem imaginar. Essa habilidade humana se tornou uma ameaça... " Tiry...