Primeiro Arco (da Cidade) : Fim

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Quando saímos da casinha, pela outra porta, estávamos na floresta. De volta à Cidade.
Tarsa disse que eles tinham ido para lá ao meio dia só que quando entraram na cabana era apenas uma casa comum, mas quando uma pessoa suspeita saiu de lá eles o imobilizaram e descobriram que ele tinha uma das antigas chaves. Ele me mostrou a chave prateada. Explicou que as chaves eram as que abriam os portais, disse que aquela era específica, que só abria aquele portal em especial, mas que existiam três douradas que abriam qualquer um.
Quando ele saiu de perto de mim puxei o cordão que tinha no pescoço e tirei a chave de dentro da blusa, sempre mantinha escondida. Ela era dourada. Senti o peso da importância do objeto que carregava comigo. Aquela era uma das três chaves. Três chaves que abriam qualquer portal. Entendi porque minha mãe dizia que era importante. Puxei o cordão do medalhão também e o observei. Ainda não sabia qual a importância dele, mas entendi que era tão precioso quanto a chave, se não mais, já que minha mãe nunca o tirara do pescoço até aquela noite. Envolvi os dois objetos na mão e os apertei até chegar em casa.

◇•°•◇

Claren me abraçou desesperada quando me viu. Brittany tremia quando cheguei perto dela.
- Achamos que tinha sido você!
Eu entendi. Me afastei de Claren, parecia que nunca mais iria me soltar, antes que ela realmente decidisse fazer aquilo.
- E eu fui. Mas agora todos estão em casa. Todos.
Afirmei e nenhuma pareceu entender de imediato. Britta foi a primeira a falar.
- Quer dizer que tudo...
- ...acabou.
Completei para ela que suspirou aliviada.

◇•°•◇

No dia seguinte Liang veio à casa com um jornal. Nele havia a notícia que o terror dos desaparecimentos estava acabado. Que uma turma de alunos da Academia Unique havia derrotado as criaturas que agora sabia-se que se tratavam de succubus. Ainda não eram sabidas as intenções deles quanto aos sequestros. As vítimas diziam que realizavam diversos exames neles frequentemente, mas sempre que faziam algo diferente estavam desacordados.
O alívio foi universal. Agora todos estavam de volta às suas casas, mas ainda havia o luto pelos que retornaram da pior forma possível. Durante a noite as pessoas se uniram todas com lanternas antigas e velas e as depositaram nos locais onde foram encontrados os corpos e depois pode-se escutar por toda a cidade uma canção, cantava-se uma melodia triste que remontava a solidão que foi deixada pelos que se foram, era em uma língua estranha. Depois de um tempo me uni a eles, tentando cantar por vidas perdidas.
Tarsa entregou a chave ao conselho que premiou a todos nós com medalhas, um brasão prateado com asas cruzadas, o símbolo do Conselho.
A paz voltou a correr em apenas três dias. Todos voltaram a trabalhar e eu voltei a estudar. A aula havia começado para os calouros. Na Calipers havia três novos alunos: Lan, Min e Cameron.
Fiquei feliz por ter conseguido resolver ao menos um problema. Marian estava de volta. Eu havia conseguido.
Mas ainda haviam enigmas a serem resolvidos, perguntas a serem respondidas e lugares a ir.
Minha jornada naquele novo universo havia iniciado, e eu não esperava por tudo o que ainda viria a seguir, era muito mais do que jamais poderia imaginar.

Fim...

...do primeiro volume de Cidade de Magia.

* Contos de espinhos já disponível. A aventura continua. Não esqueçam de adicionar às suas bibliotecas!

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Shun foi escolhido para o capítulo de curiosidades com 2 votos. A seguir...

Cidade de Magia - Marcada por EspinhosOnde histórias criam vida. Descubra agora