Capítulo 9.

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A acusação dele doeu — e muito mais porque não era verdade. Ela não bebeu! Mas antes que pudesse dizer isto, ele continuou rudemente:
— Você não está refletindo bem, Lucy. O tipo de mu¬lher Bridget Jones de trinta e alguma coisa e levemente embriagada já passou. A moda agora é a mãe compro¬metida com o trabalho, marido e dois filhos — e se você não acredita em mim, olhe para suas próprias amigas. Carly e Julia estão casadas, e as duas são mães.
Como se ele precisasse lembrá-la disto!
— Não tenho trinta e alguma coisa — disse-lhe zan¬gada. — E, caso você tenha esquecido, fui casada.
— Esquecido? Como alguém poderia esquecer disso?
— E eu não bebi demais — acrescentou Lucy vigoro¬samente.
O olhar de Marcus fez com que seu corpo inteiro queimasse.
— Não? Bem, tudo o que posso dizer é que se era esse o estado em que você se encontrava quando Nick Blayne ganhou você, não é de se admirar...
— Não é de se admirar o quê? — Lucy interrompeu-o. — Não é de se admirar que eu tenha ido para cama com ele? Bem, para sua informação, eu fui para cama com ele porque...
— Poupe-me de seus comentários, Lucy. — Marcus disse-lhe categoricamente. — Blayne viu você chegan¬do e se aproveitou, financeiramente, emocionalmente e, que eu saiba, sexualmente também. Ele usou você, Lucy, e você deixou. Você não percebeu quem ele era? — perguntou exasperado. — Acho que até mesmo uma virgem de dezesseis anos teria percebido que o homem era um aproveitador.
— Virgens de dezesseis anos provavelmente têm uma visão melhor do que as solteiras de mais de vinte — retaliou Lucy. — Eu amava Nick — mentiu.
— Amava? Ou apenas queria ir para cama com ele?
— Uma garota não tem de casar com um homem para transar com ele, Marcus. Nem mesmo precisa amá-lo. Tudo o que precisa fazer, é simplesmente fazer.
Ela podia ver o desprezo cintilando em seus olhos en¬quanto a olhava.
— Você faz idéia de como sua declaração foi provo¬cativa? Ou de como você está vulnerável?
Lucy encarou-o.
— O que você quer dizer com isso?
— Quero dizer que nesse exato momento qualquer homem poderia levá-la para cama.
— Isto não é verdade!
— Não? Quer que eu prove para você?
— Você não conseguiria. — Lucy fez objeção.
— Não?
Ele pegou-a tão de repente, que ela nem mesmo teve tempo para pensar em livrar-se dele. Um minuto estava de pé no hall da sua casa, no seguinte, estava nos braços de Marcus. A boca dele veio até a sua, firme e confiante, quente do orgulho e da raiva masculinos. E ela não se importou, não se importou nem um pouquinho. Um sen-timento muito mais forte do que as bolhas de milhares de garrafas de champanhe atingiram suas emoções. Ele estava beijando-a. Marcus estava beijando-a.
Marcus estava beijando-a.
Marcus estava beijando-a!

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