Capítulo 18.

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Ter Marcus fora de sua visão, ao invés de parado a sua frente fazendo-a pensar na noite passada, era uma boa idéia. Lucy aceitou a ajuda. Então balançou a cabe¬ça para Marcus e entregou-lhe uma bolsa que usava para isto.
Lucy começou a dobrar suas roupas com determina¬ção.
— Lucy, e suas pílulas? ~— perguntou Marcus do ba¬nheiro.
As pílulas! Graças a Deus ele a lembrara. Ela apren¬dera a nunca ir a lugar algum sem suas pílulas para aler¬gia.
— No gabinete — respondeu ela. — Segunda prate¬leira de cima para baixo, lado direito.
Ela ouviu-o abrir o gabinete, e depois ele disse:
— Não consigo achá-las.
Colocando o saco que segurava em cima da cama, Lucy entrou no banheiro.
— Estão aqui — disse-lhe, pegando a carteia de remédios de alergia da prateleira.
— isto não é pílula anticoncepcional — Marcus fez objeção.
Pílulas anticoncepcionais?
— Não. Não tomo pílulas anticoncepcionais. Não preciso. Nunca precisei. Nick sempre usava camisinha. Era obcecado com isso. Ele disse para mim que nunca transaria sem usar.
Este não era um assunto sobre o qual queria discutir com Marcus. Mas não podia evitar de pensar se o fato de ter sido tão bom ter ele dentro dela noite passada não fora porque ele estivera dentro dela peie na pele, e ela adora¬va essa intimidade.
Quando Lucy apressou-se de volta ao quarto, Marcus franziu a testa. Noite passada, com uma falta de cuidado s.em precedentes, a última coisa que passara em sua ca¬beça fora a necessidade de qualquer tipo de contracepti¬vo ou prevenção de doenças. Ele tinha de admitir que ouvir que o ex-marido de Lucy insistira em usar camisi¬nha era muito bom.
Ele observou-a terminar de fazer suas malas. Podia sentir seu corpo tencionando-se e um desejo muito es¬pecífico agarrando-o. Ele a queria.
Era para ele se concentrar em fazer com que ela o quisesse, e não se permitir querê-la.
— Pronta? — perguntou ele concisamente. Lucy balançou a cabeça em consentimento.


CAPÍTULO CINCO

O aeroporto de Palma estava sempre cheio, e hoje não era exceção. Lucy esforçava-se para acompanhar Mar¬cus que, apesar de estar segurando suas malas, conse¬guia fazer com que as pessoas abrissem caminho.
Marcus alcançara a saída, onde duas mulheres boni¬tas aproximaram-se dele vestindo uniforme de uma cer¬ta companhia de aluguel de carros.
— Estava explicando a estas senhoritas que o hotel mandou um carro nos buscar — disse ele a Lucy.
— O hotel? Que hotel? — perguntou Lucy enquanto ele começava a andar em direção aos motoristas que es¬peravam com placas com nome de clientes. — Pensei que fossemos ficar com Beatrice.
— Pensou? A cidade é muito pequena e remota, e como Beatrice está lã para supervisionar umas obras nos banheiros, não acho que seria uma boa idéia esperar que ela nos acomodasse. Fiz uma reserva no hotel. Fica em Deia, muito próximo de Residência. E não se preo¬cupe com a conta. Vou pagar. Ah, lá está nosso moto¬rista.
Se ficasse nas pontas dos pés, poderia ver um moto¬rista uniformizado segurando uma placa que dizia "Ho¬tel Boutique, Deia".
Lucy conhecia muito bem Maiorca, pois recente¬mente tornara-se o lugar para se ficar, e muitas celebri¬dades compraram casas em um encrave exclusivo de re¬sidências luxuosas e hotéis de alta qualidade. A Resi¬dência era o lugar para se ficar e, pelo que tinha ouvido, o novo Hotel Boutique era ainda mais especial.
Do lado de fora do aeroporto, o calor da noite envol¬veu-a como um macio cashmere.
O motorista abriu as portas da enorme limusine Mer¬cedes.
Marcus sentou-se ao lado dela e o motorista fechou as portas.
— Onde exatamente fica a casa de Beatrice? — per¬guntou a Marcus.
— Nas montanhas, fora de Palma.
— Mas fica longe de Deia — Lucy fez objeção. — Não teria sido melhor ter ficado em um lugar mais pró¬ximo?
— O Boutique tem uma reputação excelente e achei que fosse preferir ficar aqui.
— Quanto tempo vamos levar para chegar lá? — per¬guntou Lucy.
— Não muito. Por quê?
— Preciso de mais uma dose de cafeína. Estou deses-., perada por uma xícara de café.
E ele estava desesperado por ela, Marcus se viu pen¬sando,
— Você quer que eu peça ao motorista para parar em algum lugar?
Lucy balançou a cabeça.
— Não, eu espero.
Ela estava começando a se sentir cansada, mas apesar do conforto da Mercedes, não conseguia relaxar de for¬ma adequada — não com Marcus exatamente ao seu lado.
O carro subia e fazia curvas em volta das montanhas, e depois começou a descer novamente. Abaixo delas, Lucy podia ver as luzes das casas, e abaixo delas um pe¬queno porto. Um cartão postal.
O Mercedes entrou em um túnel estreito. Em segun¬dos, ou assim pareceu, estavam no foyer com cheiro de jasmim, um enorme ventilador girando e os tradicionais azulejos terracota sob seus pés, e a decoração ecoando o melhor dos tradicionais interiores de Maiorca. As pare¬des brancas com quadros chamativos e tapetes em cores de terra.
— Se vocês seguirem José, ele lhe mostrará as suítes. — A recepcionista sorriu entregando a Marcus os dois cartões, e um maiorcano muito jovem e bonito apareceu para dar-lhes assistência.
Enquanto estavam no elevador, José disse-lhes com orgulho;
— Vocês estão com as melhores suítes do hotel. O rei da Espanha ficou lá com sua família.
O elevador parou, havia um largo corredor à frente dela, as paredes pintadas de branco com vários quadros pendurados.
Havia apenas duas portas no corredor. José parou na primeira delas e abriu-a, convidando Lucy a entrar.
Quando assim o fez, seus olhos arregalaram-se. A sua frente havia um quarto enorme de teto alto, mobilia¬do com a tradicional madeira escura que incluía uma enorme cama de dossel. Persianas do chão ao teto preen¬chiam a parede e quando José abriu-as, Lucy ficou sem ar. As persianas escondiam janelas de vidro além das quais havia um terraço particular com sua própria pisci¬na, e além dela uma vista ininterrupta de mar e céu.
— Obrigada, José — sorriu Lucy e deu-lhe gorjeta para que saísse e mostrasse a Marcus sua suíte.
Assim que fechou a porta, Lucy pegou o telefone e ligou para o serviço de quarto. Só quando pedira seu tão inigualável café, começou a olhar a suíte detalhada-mente.
Uma tela de madeira que podia ser dobrada separava o quarto da enorme e luxuosa banheira redonda que fi¬cava exatamente de frente para as janelas do pátio para que se pudesse deitar nela e olhar para o terraço e além dele.

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