Capítulo 19.

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Ela ouviu uma batida na porta de seu quarto. Seu café! Maravilha! Mas quando foi abrir a porta, era Mar¬cus.
— Trouxe isto para você — disse-lhe, entregando-lhe uma chave-cartão. — Vou ligar para Beatrice em um minuto e marcar um encontro com ela amanhã. Quanto ao jantar, parece que tem um excelente restaurante próximo ao porto. São oito horas agora, e se eu re¬servar uma mesa para às dez,..?
— Tudo bem — concordou Lucy, aliviada quando viu o garçom vindo pelo corredor.
Dez minutos depois, com seu nível de cafeína reabas¬tecido, Lucy explorou o resto da suíte.
Além de seu quarto-banheiro, também tinha um quarto de vestir e um segundo banheiro com outro chu¬veiro, mais bidê e privada.
Teria de se trocar antes de sair para jantar. Uma chuveirada seria mais rápido, mas não conseguiria resistir à tentação de entrar na banheira.
Lucy estava de molho na banheira com água morna e espuma, deleitando-se na sensualidade da experiência. Deixara as persianas abertas para que assim pudesse aproveitar a vista, até o mar se tivesse energia o sufi¬ciente para levantar a cabeça do encosto da banheira. Ao invés disso, no entanto, ela abriu os olhos e olhou para o espelho que havia a sua frente. Havia algo irresistivel¬mente sensual na combinação de uma enorme banheira e um espelho. Esta era definitivamente uma suíte para amantes.
Amantes. Havia apenas um homem que ela queria como seu amante. Apenas um homem que sempre quis, e ponto final. E este homem era Marcus.
Marcus.
A suíte dele era como a sua? Nesse momento, estaria ele descansando em uma banheira de água corpo nu sob a espuma de sabão? Sentiu um tremor de prazer sexual.
Mas ela suspeitava que era mais provável que Marcus tivesse preferido um banho de chuveiro. E ele ainda não dissera uma palavra sobre a noite passada.
Lucy fechou os olhos e passou a água com sabão so¬bre seu corpo, imaginado que ainda era a noite passada, e que Marcus estava lã com ela, tocando-a, acariciando-a. Um calor úmido que não tinha nada a ver com a água invadiu seu sexo. Isso estava ficando perigoso. Mas ela não conseguia resistir à tentação de ficar ali fantasian¬do, imaginado e se lembrando. Fechou os olhos...
Quase caíra no sono na banheira! E olha a hora! Já passavam das nove. Lucy saiu da banheira e pegou uma das toalhas. O espelho refletia a sua imagem — a espu¬ma branca escorria pelo seu corpo, cobrindo seu sexo e depois o revelando. Podia sentir o calor de seu próprio desejo. Seus dedos tocaram seu próprio corpo, acari¬ciando a espuma que havia em seu monte e depois des¬cendo. Ela observava seus movimentos pelo espelho, incapaz de olhar para outro lugar. Seu coração começou a disparar, um desejo feroz preenchendo-a. Lenta e de¬licadamente, com a ponta de sua língua pressionando seus dentes, Lucy colocou um dedo sobre seu clitóris.
Marcus... Imediatamente sua carne ficou inchada, o coração batendo com força...
Em algum lugar fora de sua concentração, ela ouviu um barulho que parecia uma porta abrindo...
Uma porta abrindo! Ela tirou imediatamente sua mão de onde estava e pegou a toalha, e percebeu que Marcus estava em seu quarto.
Por quanto tempo ele estava ali? O que ele vira? Atrás dele, ela viu o que devia ser uma porta que ligava as duas suítes. Ele deve ter batido, mas ela obviamente estava preocupada demais para ouvi-lo.
— Mais quanto tempo você vai levar para ficar pron¬ta? — perguntou-lhe. — Já são quase nove e meia.
Lucy percebeu que ele já tinha trocado de roupa.
— Estou quase lá — respondeu ela, ficando verme¬lha ao perceber o duplo sentido de seu comentário.
— É uma longa caminhada até o porto, então pedi que o hotel providenciasse um carro com motorista. — Marcus anunciou enquanto entravam no foyer, e Lucy olhou paras as suas sandálias. As mesmas que havia usado na noite passada...
Ela não era fã de salto-alto, mas o vestido que usava pedia um belo sapato.
O porto em si era pequeno e repleto de iates luxuosos — assim como os restaurantes a sua frente.
Deram apenas alguns passos depois de saírem do car¬ro e ela vira no mínimo uma dúzia de rostos famosos en¬tre os grupos de pessoas que já estavam sentadas nas mesas do lado de fora dos bares e restaurantes.
— O lugar que reservei para nós tem uma reputação por servir um peixe de alta qualidade — disse-lhe Mar¬cus. — E, sabendo o quanto você gosta de peixe, achei que você fosse preferir este a um restaurante mais tradi¬cional.
— Sim, prefiro — concordou Lucy, dando um pe¬queno bocejo.
— Está com sono?
— Não. Acho que meu banho deve ter me deixado cansada — respondeu Lucy sem pensar e depois sentiu seu corpo inteiro tencionar-se, temendo escutar Marcus dizer que sabia exatamente porque ela devia estar se sentindo cansada.
Realmente não havia razão para ela se sentir enver¬gonhada em relação a uma coisa tão natural. Meu Deus, ela não conhecia mulher alguma na sua idade que não estava preparada para trocar opiniões sobre os últimos vibradores. Mas de alguma maneira, o fato de Marcus ter visto ela quase no meio de um ato tão íntimo e pes¬soal a fazia realmente se sentir envergonhada. Especial¬mente depois da noite passada. Agora ele iria pensar que era o seu desejo por ele que a levara a tal ação.

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