Capítulo 46.

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— Estive tendo uma longa conversa com seu primo Johnny e ele me disse sobre como Andrew Walker pe¬diu que ele apresentasse você a ele, e como queria inves¬tir na Prêt a Party.
— Ele vai realmente para prisão?
— E vai ficar muito tempo, de acordo com George.
— George? O que ele sabe sobre isto? Achei que ele fosse funcionário público.
— E é. Trabalha no departamento responsável por emitir documentos de imigração — acrescentou ele.
— Fiquei com tanto medo. Andrew Walker queria Prêt a Party para lavar dinheiro e dar trabalho aos imi¬grantes ilegais que estava trazendo para o país. Nick também estava envolvido...
— Por que você não me contou? Para proteger Nick Blayne?
Lucy balançou a cabeça.
— Não me importo com o que aconteça com Nick — disse-lhe. — Nunca deveria ter me casado com ele. Só me casei porque...
— Por que o quê?
— Por que amava tanto você e você não me queria. Tinha medo de fazer uma tolice, tipo aparecer no seu es¬critório e implorar para você fazer amor comigo. Achei que se eu tivesse um marido, começaria a me comportar como uma adulta, e não como uma adolescente. E, além disso, me sentia uma idiota ainda sendo virgem, porque não queria fazer amor com outra pessoa que não fosse você... Marcus? — sussurrou ela com a voz trêmula. — Você está chorando.
— Lucy, Lucy. — Ele a segurava com firmeza, a voz abafada pelo cabelo dela enquanto a balançava em seus braços.
— Casar com Nick não funcionou nem um pouco — apenas fez com que eu quisesse você ainda mais. E quando Nick não quis mais transar comigo fiquei feliz.
— Lucy, por que você não me contou sobre Walker?
— Não parecia importante. Não a principio. Mas de¬pois...depois já era tarde demais. Não sabia no que ele estava envolvido antes de Dorland me dizer. Mas ele disse que queria a Prêt a Party, e me disse que não ia deixar que nada ou ninguém ficasse no caminho dele. Nem mesmo você... especialmente você.
— Ele sabia sobre Prêt a Party antes de John falar com ele. Nick falara com ele. Quando Nick me viu no aeroporto, me disse que ele e Andrew Walker tinham mandado aquele vídeo. Oh, Marcus. Fiquei tão assus¬tada.
— E eu vi você com Blayne e pensei...
— Teria pensado a mesma coisa — Lucy tentou con¬fortá-lo quando percebeu o quanto estava bravo consigo mesmo.
— Achei que você tivesse decidido que queria ele, não eu,
— Não. Eu nunca o quis.
— E você se casou com ele por minha causa.
— Sim, me casei—admitiu Lucy. — E foi uma coisa horrível fazer isto, Marcus. Porque eu o traía assim como ele. Nunca poderia amar Nick. Nunca o amei. Só casei com ele porque não queria ser um aborrecimento para você. E depois queria proteger você de Andrew Walker. Ele me disse que foi ele quem mandou te assal¬tarem em Leeds. Disse que mataria você se eu não dei¬xasse ele ser sócio da Prêt a Party... Oh, não, Marcus — protestou Lucy quando viu o brilho de emoção nos olhos de Marcus. — Por favor, não...
— Lucy, sou eu quem deve te proteger. Oh, Lucy, Lucy, meu amor.
— Seu amor? — repetiu Lucy maravilhada.
— Meu amor, meu único e eterno amor, Marcus con¬cordou ternamente. — Eu amo você. Independente de qualquer coisa, Andrew Walker, Nick Blayne, até mes¬mo nosso bebê, eu amo você. Sei disso agora. E também sei que sempre vou amar você. Nada vai mudar isso.
— Oh, Marcus!
EPÍLOGO
Um ano depois.
— Então, deixe-me propor um brinde, a minha esposa Lucy, a Empresária do Ano, mãe do meu filho, e dona do meu coração — acrescentou Marcus em uma voz mais baixa que só Lucy pôde escutar enquanto todos os outros levantavam as taças e brindavam.
— Nunca teria coragem de abrir um novo negócio se não fosse você — disse-lhe Lucy amorosamente.
— Não se subestime, Lucy. Você é uma mulher ex¬tremamente talentosa. Júnior Prêt a Party é a prova disto.
— Gostaria de saber o que Andrew Walker pensaria se soubesse como usei a idéia dele — disse Lucy com malícia. — Nunca passara na minha cabeça fazer uma franquia. E com um bebê, pude ver que havia uma ne¬cessidade real de as mulheres ajudarem umas às outras na organização das festas das crianças e batizados. Faz tanto sentido para as mães se reunirem e dividirem os gastos de tudo o que precisam, e planejar as festas em conjunto. Dessa maneira, cada criança dentro daquele grupo têm a festa que quer e todas as mães sabem que têm uma equipe de ajudantes a quem podem pedir ajuda.
— E tudo por um pagamento anual bem modesto.
— Bem, foi uma idéia brilhante chamar Carly e Ricardo e Julia e Silas. Com os fundos da instituição de caridade de Ricardo e Silas, e os jovens do orfanato de Ricardo que ajudam no trabalho, não estamos só dando festas para crianças, mas também educação e trabalho.
— Como eu disse, você é uma mulher muito inteli¬gente — repetiu Marcus.
— Fui certamente inteligente o suficiente para me apaixonar por você — concordou Lucy.

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