Capítulo 27.

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Hoje era o lançamento da nova chuteira de futebol — o último grande evento da Prêt a Party. Estava contente com as respostas das pessoas aos convites que mandara e até mesmo Dorland estaria lá. Embora eventos corpo¬rativos, não importando o quão pródigos fossem, real¬mente não fizessem seu estilo.
Seu celular tocou, e seu coração deu um salto quando viu que era Marcus que estava ligando.
Embora ainda não estivesse morando oficialmente com ele, estava passando mais noites na cama de Mar¬cus do que na sua.
— A sua mãe já mandou os convites de casamento? — perguntou ele.                                                           
— Foram enviados ontem — disse-lhe Lucy. — Em¬bora também tenha telefonado por causa da falta de tempo. Você sabe quantos convidados teremos em nos¬so casamento, não sabe, Marcus? — Ela o precaveu.
— Duzentos — e isto não inclui meus primos de se¬gundo grau.
— O quê? Não, Marcus. — Lucy entrou em pânico.
— Está mais próximo de...
— Duzentos cada. Quer dizer, minha mãe está plane¬jando convidar duzentas pessoas e sua mãe não pode ter uma lista com menos de duzentos e cinqüenta.
— Oh, Marcus — lamentou Lucy. — Dissemos que queríamos um casamento discreto.
— Fale com sua mãe — disse-lhe Marcus secamente. Lucy suspirou.
— Graças a Deus não estamos no verão. Mamãe dis¬se que se fosse, seria uma boa idéia construir um toldo no jardim da sua casa.
— É.
— Bem, acho que nós dois estamos de acordo que queremos um casamento simples em algum lugar como o Lanesborough, não quinhentas pessoas eu um salão no Ritz.
— Bem, talvez nós estejamos de acordo, mas não so¬mos nossas mães. Pare de se preocupar com isto — Marcus aconselhou-a — e deixe que elas dêem prosse¬guimento a isto e se divirtam. Não quero você exausta e sem poder curtir a nossa lua-de-mel.
Lucy sentiu seu rosto começar a queimar.
— Se eu estiver, não vai ser por causa das prepara¬ções do casamento — disse-lhe corajosamente.
— Já está exausta? — Marcus perguntou-a direta-mente.
— Totalmente — concordou Lucy. Não havia senti¬do desejar que ele tivesse falado mais amorosamente. — Quando você volta?
— Oh, não tão exausta que não vai querer mais?
— Estava perguntando por causa do batismo — dis¬se-lhe Lucy com uma voz séria.
— Uh-huh? Bem, não se preocupe, não esqueci que temos o batismo na quinta.
Julia e Silas iam batizar o filho de três meses no fim de semana e Lucy fora chamada para ser uma das madri¬nhas com Carly. O batizado ia ser em uma pequena ci-dade onde os avós de Julia tinham uma casa.
— Melhor eu ir, se cuida — disse-lhe Marcus calma¬mente, antes de desligar.
Se eu te amo... Mas como? Marcus não a amava.
— Estou indo, Sra. Crabtree — Lucy gritou para a governanta, segurando as lágrimas.
A governanta deixara claro que gostava da idéia de Marcus se casar, e ela e Lucy passaram várias tardes alegres conversando sobre como renovar a cozinha.
— Acabou de chegar um embrulho para você, Lucy — disse ela de volta.
— Oh? — Lucy correu até a cozinha e olhou para a grande caixa que havia na mesa.
Havia um bilhete com a letra de Marcus. "Espero que isto faça com que nossas manhãs juntos valham a pena."
Levemente corada, Lucy começou a abri-la. Era difí¬cil imaginar como ele poderia fazer a manhã deles ainda mais sexual do que já eram.
Mas percebeu que estivera errada quando abriu a cai¬xa e viu que não era algum tipo de brinquedo sexual, mas sim uma máquina de café expresso.
— Oh, Marcus — sussurrou ela, de repente domina¬da pelas emoções que tivera tentando suprimir.
Queria desesperadamente ligar para ele e agradecê-lo, mas se contentou simplesmente em passar-lhe uma mensagem de texto — caso ainda estivesse com seu cliente.
Lucy respirou aliviada. Parecia que a noite iria ter o sucesso que seus clientes estavam esperando. Ter aqui meia dúzia de estrelas da Primeira Liga do futebol certamente fora uma boa sacada, e as modelos aglomeradas em volta deles estavam trazendo invasões de pessoas no coquetel listrado de vermelho e laranja inventado para combinar com o vermelho e laranja das chuteiras que estavam sendo promovidas.
— Lucy!
— Dorland — sorriu Lucy afetuosamente quando o dono da revista pegou seu braço e levou-a até uma das mesas.
— Você é uma garota muito levada... não me falou nada sobre você e Marcus — disse-lhe, levantando o dedo para ela. — Tive de ler sobre seu noivado.
— Culpe Marcus por isso, Dorland, não eu. Mas você vem ao casamento, não vem?
— É claro.

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