Prático! Ela não queria praticidade. Ela queria amor eterno e promessas de que seria banhada com beijos dia e noite,
Mas Marcus não a amava, Lucy lembrou a si mesma.
Ela não podia casar-se com ele. E não podia não se casar com ele.
Ela nunca havia amado Nick, ou havia? Mas amava Marcus de verdade — e, além disso, Marcus era um ho¬mem completamente diferente. Marcus declarara firme¬mente que o casamento dos dois seria um compromisso eterno. E ela queria isto. Queria muito. Queria acordar todas as manhãs em uma cama que dividia com ele, que¬ria conceber os filhos dele, e queria envelhecer com ele.
O amor poderia nascer, não poderia? E Marcus a queria. Ao contrário de Nick, Marcus queria transar com ela. Ao contrário de Nick, Marcus gostava de tran¬sar com ela -— ele dissera isso.
— Marcus, se nos tornássemos um casal, você não acha que as pessoas poderiam achar um tanto estranho e começarem a fazer perguntas?
— Por quê? Se fizerem isto, vou simplesmente dizer que sempre planejei me casar com você.
Lágrimas começaram a arder em seus olhos. Se ao menos isso fosse verdade.
— Então, você vai aceitar minha proposta? Juro que acho que um casamento entre nós dois daria muito cer¬to, Lucy, e vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para assegurar que dê certo.
— Não sei. Estou tão confusa.
Marcus soava mais como se estivesse fazendo um ne¬gócio do que a pedindo em casamento. Mas para ele, sem dúvida alguma, o casamento entre eles era um tipo de negócio, pensou ela com tristeza.
— Talvez devesse levar você de volta para cama — murmurou Marcus. — Isto pode ajudar você a se de¬cidir.
Ela derreteu-se e, então, de alguma maneira, esta¬va balançando a cabeça para ele, e Marcus dizia com frieza.
— Ótimo, então está combinado. Não vamos dizer nada oficialmente até que eu tenha a chance de falar com seu pai — e, além disso, preferiria que esperásse¬mos até voltarmos para Londres para escolher seu anel. Há uma jóia de família — tão feia, de acordo com minha mãe, que ela ameaçou não se casar com meu pai a não ser que ele deixasse que ela escolhesse algo para ela — mas, pessoalmente, acho que é mais pessoal o casal es¬colher o anel, do que um anel de família.
— Concordo com você — interrompeu-o Lucy. Isso estava realmente acontecendo? Estava aqui sentada to¬mando café da manhã com Marcus e conversando sobre casamento e anel de noivado, depois de ter passado uma noite maravilhosa com ele?
— Estamos quase em outubro — continuou Marcus
— Meu aniversário é no início de dezembro. Gostaria de me casar antes do fim de novembro, se fosse possí¬vel. Algo simples — tudo bem para você?
— Oh, claro. Uma cerimônia simples no cartório...
— Não. — Marcus sacudiu a cabeça, silenciando-a.
— Não, eu prefiro a cerimônia na igreja, Lucy. Afinal de contas, acho que nós dois concordamos que isso é para a vida toda. Já que você e Blayne não se casaram na igreja, não há, na minha opinião, razão alguma, legal ou moral, para não nos casarmos na igreja. E mesmo que o casamento oficial tenha de ser no cartório, gostaria da bênção da igreja. Acho que o Oratório Brompton seria a: melhor opção...
Lucy olhava-o fixamente. O Oratório era uma igreja grandiosa escolhida por várias noivas da sociedade. Marcus olhou para seu relógio.
— Já são quase onze horas e vamos encontrar Beatrice meio dia e meia em Palma para almoçarmos com ela. Temos meia hora para ficarmos prontos.
Os dois levantaram-se e, como por impulso, Lucy co¬locou a mão no braço de Marcus e puxou a manga do roupão dele, e ele encostou a cabeça dele na dela. Le-vantando-se pelas pontas dos pés, beijou-lhe a boca sua¬vemente.
Ela podia sentir a rigidez dos músculos de Marcus, e o rosto dela queimou quando o soltou e passou na frente dele.
Marcus observou-a. Ele não tinha certeza da intensi¬dade com a qual a queria. Caberia muito bem aos seus objetivos se ela perdesse o controle em seus braços, mas ele certamente não queria que seu autocontrole fosse perdido — e não gostava de admitir que poderia perder — especialmente por Lucy.
No entanto, não podia arriscar-se a parecer estar re¬jeitando-a.
Lucy ficou chocada quando Marcus alcançou-a e pu¬xou-a de volta para seus braços.
Como e quando as mãos de Marcus deslizaram para dentro de seu roupão e tocaram seu corpo nu? — ela de¬sejou saber, quando de repente percebeu que a sensação da boca dele não era o único prazer sexual que sentia.
Instintivamente, ela aproximou-se dele e descobriu, para seu prazer, que ele estava excitado. Ela soltou um pequeno gemido de prazer e aprovação quando se apro-ximou ainda mais — e, então, relutantemente, lembrou-se de Beatrice.
— Você disse que deveríamos nos arrumar para en¬contrar sua irmã — lembrou-o, as palavras meio abafa¬das sob a crescente paixão do beijo dele.
— Dane-se a Beatrice — ouviu-o responder, mas ele começou a soltá-la, dando-lhe um beijo intenso quando assim o fez. — Sim, você está certa. É melhor nos mo-vimentarmos.
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NO CALOR DA SEDUÇÃO
Lãng mạnA atraente Lucy Blayne desapareceu da mídia desde que foram reveladas as traições e as trapaças de seu marido. Mas ela está determinada a reestruturar sua vida e, para isso, conta com a ajuda do conselheiro Marcus Carring, um banqueiro rico e famoso...