Capítulo 40.

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Lucy estava enjoada. Lutava para respirar. Seus dedos tremiam quando pegou o telefone para ligar para Marcus.
Quando ele não atendeu, entrou em pânico e tentou convencer-se de que ele simplesmente redirecionara suas ligações. Mas, como um choque, ela ouviu uma voz estranha de homem perguntando,
— Quem fala?
— Quero falar com Marcus, meu marido.
— Quero falar com Marcus, meu marido. — O ho¬mem imitou-a cruelmente. — Bem, não tem nenhum Marcus aqui.
— Mas você está com o celular dele! Como? Onde?
Para seu desânimo a ligação foi interrompida, e as¬sim permaneceu, embora tentasse ligar repetidas vezes.
O celular de Marcus tinha obviamente sido roubado — mas isto não significava que alguma coisa tinha acontecido a ele. Celulares eram roubados o tempo in¬teiro.
Mesmo assim... Ela ligou para o banco freneticamen¬te pedindo para falar com o assistente de Marcus e per¬guntando com quem exatamente ele fora se encontrar, e como poderia entrar em contato com ele.
— Você tentou o celular dele? — perguntou Jerome.
— Sim, mas... mas um estranho atendeu. Jerome, eu acho que pode ter sido roubado e estou preocupada com Marcus.
— Fique calma. — Ele imediatamente tranquilizou-a. — Tenho certeza de que há uma explicação. Vou entrar em contato com o cliente e te ligo de volta.
Cinco minutos se passaram agonizantemente deva¬gar, e depois outros cinco. E então Lucy não conseguiu mais esperar.
Desta vez ligou diretamente para Jerome. Estava ocupado. Porque estava tentando falar com ela? Lucy desligou imediatamente. Se alguma coisa tivesse acon-tecido com Marcus, a culpa era sua.
O telefone começou a tocar. Atendeu e ouviu a voz de Jerome.
— Lucy?
— Sim, sou eu. Você falou com Marcus?
— Sim...
— Onde ele está? — perguntou ela nervosa.
— Houve um pequeno acidente, mas ele está bem, Lucy...
— O que você quer dizer com isto? Que tipo de aci¬dente? Jerome, onde ele está?
— No Hospital de Leeds.
— O quê? Por quê? O que aconteceu com ele? Vou para lá. Eu...
— Lucy, fique calma. Marcus está bem. Ele disse para eu dizer a você que volta para casa amanhã, como o planejado.
— Quero falar com ele! Quero vê-lo...
— Sinto dizer que você não pode, Lucy. Não neste momento. Não é nada de grave, apenas alguns machu¬cados e arranhões. Embora pelo que pareceu, poderia ter sido muito pior se a polícia não tivesse visto o que estava acontecendo, e não tivesse afugentado os bandi¬dos. No entanto, os médicos querem examiná-lo — ape¬nas por precaução.
— Jerome, por favor... Quero saber agora o que aconteceu exatamente — exigiu Lucy.
— Marcus foi agredido por um grupo de jovens, eu¬ropeus do leste, ele acha. De acordo com a polícia, de¬vem ser imigrantes ilegais, mas como não conseguiram prender nenhum, não podem confirmar. Obviamente, estavam atrás da carteira e do celular — roubaram os dois e o relógio. E é claro que Marcus não permitiu que fosse fácil para eles. Felizmente, a polícia chegou antes das coisas ficarem fora do controle. Marcus disse expli¬citamente que era para você não se preocupar, e que vai ligar para você assim que puder.
— Vou para Leeds agora — disse Lucy ao assistente.
— Não, Lucy — disse Jerome com firmeza. — Mar¬cus previu que você fosse dizer isto, e me disse para di¬zer a você que não há necessidade. Vai estar de volta amanhã à tarde.
Por favor, que isto não esteja acontecendo, Lucy re¬zou depois de colocar o telefone no gancho. Por favor, que isto seja apenas um terrível pesadelo.
Mas estava acontecendo — e estava acontecendo por causa dela. Marcus tinha sido atacado e roubado sim¬plesmente porque era casado com ela.

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