Capítulo 11.

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Logo se livrou da intrusão indesejada de seu vestido. Simplesmente, abaixou os braços e deixou que o vestido caísse até o chão. Agora que estava livre, levantou os braços e colocou-os em volta do pescoço de Marcus, apenas com um sapato, uma camisola de seda e calci¬nha. Talvez fosse ridículo, mas uma das primeiras coi¬sas que fizera depois da traição de Nick, e o subseqüente divórcio, foi entrar em uma loja de lingerie e comprar o que toda mulher sensual tinha o direito de usar — mes¬mo se seu marido a tivesse rotulado de assexual.
Marcus estava tentando dizer-lhe alguma coisa, ela percebeu, enquanto esfregava o nariz no pescoço dele com um prazer sexual evidente. E ela podia sentir os de¬dos dele apertando a pele de seus antebraços. Mas ela estava totalmente nas nuvens para prestar qualquer atenção no que ele estava tentando dizer. Por que falar? Lucy decidiu enquanto criava ao seu redor a fantasia fa¬miliar que confortara a falta do corpo de Marcus por tanto tempo. A fantasia na qual Marcus não conseguia resistir a ela e nem mesmo queria. Pobre Marcus. Ele provavelmente estava muito desconfortável com todas aquelas roupas e, com certeza, cabia a ela ajudá-lo a tirá-las?
Ela tentou primeiro a gravata.
— Lucy!
— Mmm? — Ela usara gravata na escola, como parte do uniforme, então, com certeza, desatar o nó desta...?
— Lucy... — as mãos de Marcus cobriram as dela. Lucy olhou-o e sorriu. Obviamente ele compartilhava da mesma ansiedade para livrar-se das próprias roupas e queria ajudá-la. Ela tinha a intenção de dizer isto, mas de repente ficou distraída olhando para a boca dele e de¬pois não conseguia olhar para outro lugar.
— Marcus — ela sussurrou o nome dele com deleite olhando e desejando sua boca.
Erguendo o corpo, pressionou sua boca suavemente na dele. Os lábios dele estavam firmes, e ela deu beiji¬nhos neles, mordidinhas que ficavam mais fortes à me-dida que o gosto dele fazia com que precisasse de mais. As mãos de Marcus largaram os braços de Lucy e segu¬raram sua cintura.
Era bom ser segurada com tanta firmeza, reconhe¬ceu, mas seria ainda melhor se ele tocasse em seus seios. Com certeza, muito mais fácil, pois ela simplesmente ti¬raria sua mão e a colocaria sob a seda de sua camisola e a deixaria lá enquanto a língua dela movia-se excitada em sua boca.
— Lucy!
O que Marcus estava fazendo? Ele não podia estar afastando-a. Freneticamente, ela esticou-se para alcan¬çá-lo, mas perdeu o equilíbrio e começou a cair na cama que havia atrás dela.
Marcus tentou segurá-la imediatamente, mas já era tarde demais... lá estava... deitada na cama, com Marcus sobre seu corpo. O peso do corpo dele a pressionava no colchão, e era gostoso. Na verdade, era como... ele era como o céu... Ela suspirou de prazer, e colocou os bra¬ços com firmeza em volta do pescoço de Marcus pres¬sionando sua boca contra a dele. E depois as mãos deles estavam nos cabelos dela, seus dedos firmes e calorosos em seu couro cabeludo e sua boca movia-se na dela.
Ela achava que sabia o que era um beijo? Mas não sabia nada — menos do que nada, admitiu Lucy, com bolhas de champanhe emocionais explodindo de prazer e descrença dentro dela, bolhas que corriam por suas veias a todas as partes de seu corpo. Mais especialmente aquelas partes de seu corpo que eram particularmente receptivas a este tipo de prazer.
Então era assim sentir-se completamente excitada? Estava presa ao que Marcus estava fazendo com ela; precisava e queria mais. A ponta da língua dele provo¬cava a sensibilidade de seus lábios com pequenos e ator¬mentadores carinhos antes de entrar em sua boca com força, não apenas uma vez, mas repetidas vezes, até que seu corpo inteiro começasse a tremer em resposta a es¬ses estímulos.
Lucy refletiu que pedira por um milagre, mas na ver¬dade estava tendo dois! Era assim que os milagres fun¬cionavam? Uma vez que você tivesse afinada com os milagres, eles continuavam vindo?
Pequenos milagres, aqui, ali e em todos os lugares?
— Oh, eu realmente espero ter mais — suspirou em êxtase quando Marcus largou sua boca.
— O quê? — perguntou ele, olhando-a, impaciente de desejo.
— Mais — repetiu docemente, sorrindo de forma beatífica — queria mais, Marcus. Muito mais — enfati¬zou.
Por que ele estava olhando para ela daquela forma? Como se não acreditasse no que estava ouvindo. Como se o pulsar forte de sua ereção não existisse?
Lucy não ia permitir-se sair da fantasia.
— Oh, sim — concordou ela. Agora que ele a beijara e ela sentira o gosto dele, seu corpo estava tão fixado nele que provavelmente se rebelaria se ficasse sem Mar-cus agora. Ela o queria e iria tê-lo, decidiu. Ela merecia tê-lo.
— Faz tanto tempo — disse-lhe. E fazia muito, muito tempo desde a primeira vez que o olhara e o quisera. E agora o milagre estava aqui, fazendo com que fosse pos-sível tê-lo. É claro que ela queria mais. Mas, nesse exato momento, ela não tinha tempo para explicar tudo isso a ele porque nesse exato momento... nesse exato momen¬to ela tinha coisas muito mais importantes e excitantes a fazer.
Ela olhou nos olhos dele e depois cedeu à tentação de passar sua língua no pescoço dele. Ela ouviu-o gemer, sentiu-o tremer e depois as mãos dele estavam no corpo dela, como ela tanto desejara que estivessem, segurando seus seios enquanto ela tirava a gravata dele e seus dedos ocupavam-se em desabotoar a camisa. Seus dedos acariciaram seus mamilos túrgidos até ela gemer de pra¬zer com o efeito que seu carinho na seda de sua camisola tinha em sua pele sensível.

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