©apítulo| 《6》-Daniel

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Capítulo grandão.  Especial pra vocês.  Aproveitem.

Daniel:

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Daniel:

Não era justo uma garota inocente terminar daquele jeito. Se dependesse de mim isso não aconteceria, claro. Mas é que, na maioria das vezes, ela era tão irritante. Aquela boquinha perfeita seria muito melhor calada por algumas longas horas.

Mesmo assim, se alguém tinha o direito de tirar a vida dela, esse alguém não seria Victor, ou Vincent, e nem eu. Seria ela mesma, assim como um dia quase fui capaz de fazê-lo comigo. Por isso gesticulei com s olhos silenciosos até que ela entendesse meu plano de fuga e, apesar de ela não tê-lo executado da forma exata como eu pretendia, deu certo. Victor era um miserável, seu pai certamente me procuraria, ou seu irmão. Mais eles seriam apenas menos um dos alemães traficantes.

O esquema era meu, eu nasci para isso, não eles.

Por mais que eu também tenha tentado alcança-lo e conseguido sim matar um de seus capangas, -Aquele que fugiria com ele- Victor foi ágil. Ele subiu em um dos triciclos que os levaram até ali e desapareceu na mata. Certamente dentro de um dia Victor teria contado para o irmão Vincent e seu pai o que acontecera. Não só eu teria que ficar mais atento do que nunca em relação a ser fuzilado a qualquer momento, mas também Rebeka. Ela tinha seus dezenove, certamente uma família também, já que minha certeza era que tinha fugido para uma aventura. Foi o que encontrou.

No momento em que cedi carona a ela, em alguns dias, minha intenção era apenas entreter Victor até que Laura ou Samy descobrisse sua localização.

Elas eram minhas mais fieis amigas. Laura já havia servido o exército. Ela fora do quartel-general a quase quatro anos. Nos conhecemos em uma cafeteria Starbucks. Ela amava café, isso só me fez gostar mais dela. Já Samy, ela foi treinada por Laura até o décimo primeiro mês, foi difícil, mas ela é ótima no que faz.

Sai de meus devaneios quando acelerei na estrada, depois de deixar a floresta. Avistei Rebeka encolhida no chão, parecia rezar algum tipo de prece. Eu não a deixaria para trás novamente, não depois dessa situação ter saído do controle desse jeito. O máximo que eu poderia fazer, era ajuda-la a se defender sozinha, aí sim poderia seguir sua vida como antes. Ou pelo menos até que os alemães a esquecessem, o que não garanto que fosse tão rápido.

Parei o carro devagar quando cheguei bem perto dela, ainda ajoelhada, agora olhava para o chão, como se esperasse alguma coisa.

Demorei um tempo para entender que ela era apenas uma jovem assustada. Era difícil alguém passar pelo que ela passou e ainda estar viva.

--Vem, entra aqui. –Minha voz vacilou um pouco pelo fato de meus lábios estarem ardendo, depois da surra que havia tomado dos quatro maiores homens quando Victor me pegou. –Eles virão atrás de você se não entrar aqui, Rebeka. Não temos mais muito tempo.

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