©apítulo| 《39》

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Rebeka

Andei "nas sombras" até o quinto andar.
O hotel não era de todo tão grande assim, mas eu me perderia fácil ali dentro se não fosse a planta do mesmo na lateral da escada.

À dez minutos enquanto conversava com Sophia, ouvi disparos que me fizeram pedir mentalmente a Deus que não tivesse relação nenhuma com Daniel.

Andei na ponta dos dedos, ouvindo alguns sussurros de quem estava trancado nos quartos, provavelmente ligando para a polícia, até ver o corredor amplo. Uma mancha de sangue havia situado o carpete persa do hotel. Um aperto se instalou no meu coração.

Fui surpreendida por dois capangas de Natanael quando virei no corredor, mas consegui socar o nariz de um e chutar a bola do outro, chocando em seguida a cabeça de ambos, deixando-os inconscientes. Isso tudo em silêncio.

Tirei a munição de suas armas e as joguei para os lados. Um ato inútil, mas eu me sentia mais segura assim, se fosse atacada por trás.

--Ei, gracinha! --Um homem gritou. Esse era grande e musculoso.

Choraminguei quando ele me pegou no colo e me lançou contra a parede.
Laura tinha e esgotado, eu estava quebrada, porque isso agora?

Ele me levantou pelo pescoço e me segurou assim. Soquei sua articulação, na altura do cotovelo, mas ele não soltou. Quando estava ficando roxa é com o rosto formigando, ouvi alguém dizer:

--Lute com um do seu tamanho.

O homem me soltou de modo nada gentil e, sorridente, atacou o Turco. Eu ia ajudar, mas antes que eu me recomposse e me aproximasse, o segurança de Daniel já tinha batido com a cara do gigante na vidraça da porta de saída de emergência.

--Obrigada. --Falei, sem fôlego.

Sua camisa estava manchada de sangue. Tnha abandonado o paletó engomadinho e pude notar algumas tatuagens enroscando-se em seus grandes braços.

--Vou te levar até o Medisker.

Ele se virou e eu já ia fazer um comentário sarcástico sobre ele ter ignorado meu agradecimento, quando um tiro atravessou seu crânio, lançando sangue para a porta do elevador e o fazendo cair contra o corpo mole do gigante que a pouco ele tinha derrubado.

Olhei para de onde veio o disparo e fui surpreendida com o homem tatuado a me olhar divertido.
Eu sempre tive curiosidade para saber, por fim, como ele era pessoalmente e não por foto, então olhe ele aí!

Seus passos decididos o levaram até a mim em poucos segundos. Não recuei, não estava com medo.

--Precisamos de você para pegar o Medisker --Sua língua tinha um sotaque engraçado. Ele falava como o Daniel.

Sua grande mão apertou meu braço e me puxou. Sai de meus devaneios e me soltei, me afastando e apontando a arma para ele.

Seu sorriso brincou em seus lábios, sua língua passou lentamente nos dentes, me fazendo parar um pouco.

--Me avisaram que você era complicada.

--Sério, Victor? Soube que seu comportamento é tão malcriado quanto o meu.

--Malcriado? -- Sorriu --Meu filho tentou te corrigir pelo menos?

Estava claro que ele era do tipo de homem que tentava 'ensinar' boas maneiras às companheiras. Vi isso no peso que disse aquela última frase.

Ele deixou a arma de lado, me induzindo a fazer o mesmo e deixando claro que lutariamos ao invés de resolver a tiros, porém antes que eu pudesse alcançar com a mão no chão senti a ponta de seu sapato chocar contra minha mandíbula. Cai para trás, mas acho que ele não apostou toda sua força, por querer. Talvez tentando durar mais tempo ali.

Liberdade PerigosaOnde histórias criam vida. Descubra agora