©apítulo| 《33》

3.7K 298 17
                                    

Toda cheia de si, certamente era o que ela era. Magra, esbelta e suavemente em um tom avermelhado de quem exigia respeito e maestria.

-Que dúvidas você iria querer tirar comigo, afinal? --Falei, depois de recuperar parte do fôlego --Não estaria atrás de Daniel?

Ela riu e se apoiou na porta.

--Primeiro, comece me dizendo como conheceu o Sr. Adams.

--Sr. Adams? --Bufei. --Quem você acha que ele é? O poderoso chefão?  E que diabos eu tenho a ver com essa merda? 

Ela suspirou, mostrando quase uma impaciência. Engatilhou a arma e a segurou com ambas as mãos. Se afastou da porta e se abaixou próximo ao meu rosto, deixando sua arma apoiada no meu queixo.

--Vamos tentar de novo. Como conheceu o Sr. Adams?

Revirei os olhos, satisfeita de como a conversa acabaria. Depois do que notei ali, conosco, Daniel se sentiria vingado após isso.

Depois de perceber que eu não estava disposta a parecer  colaborativa, a mulher empurrou meu rosto com o cano de sua arma.

--Me dê um único motivo para que eu não te mate nesse exato momento.

Aparentemente nervosa por eu a ter ignorado, a mulher se inclinou, tentada a atirar, e esperou novamente minha resposta.

Sorri, apoiando-me sobre meus cotovelos.

--É que você está sozinha no meu território.

Ela franziu a testa.

--E eu não.

No momento em que eu disse isso, a mulher se virou ao escutar também Sam atrás de nós, já com a arma apontada para ela.

Uma hora mais tarde

--Vocês oque?

Abaixei a cabeça. Depois de quase três minutos em um confronto com a crush do demônio , Sam foi ferido levemente no antebraço e eu golpeada,  caindo dois andares e chocando com o chão de terra, certamente fazendo com que a mulher fugisse novamente. Se Daniel estava nervoso? Digamos que sua pele estava despontando lava de um vulcão em erupção.

--Me desculpe,  isso não vai se repetir. Eu só preciso...

--Mas é claro que não vai pôr que eu mesmo vou pega-lá! Agora saia daqui!

Dei um passo a frente, tentando em vão acalma-lo.

--Daniel, ele não tem culpa, era eu quem devia...

--Eu mandei Que saísse, Sam!

Sam mostrou impaciência e saiu de seu quarto, batendo a porta com fervor. Eu ia seguindo, mas Daniel me segurou, levemente. Olhei para seu rosto, agora ele estava mais calmo.
Se isso foi um comportamento Bipolar? Não,  imagina!

--Eu só queria que tivesse me avisado.
--Seu olhar estava cabisbaixo, como se a raiva toda tivesse ido junto com o Sam.

--Quero que confie em mim, me deixe resolver essa situação, porque é a minha vida que está em jogo nisso.

Ele suspirou.

--A Sammy estaria aqui se essa mulher tivesse...

Liberdade PerigosaOnde histórias criam vida. Descubra agora