--Joga a bola pra mim! Vai, aqui.... Ah, não! --Os dois caíram no chão, rindo como dois irmãos que se amavam.
Ele apoiou a mão no meu ombro, fazendo com que eu me encolhesse um pouco e me conduzindo para dentro da cabana enquanto eu me virava para ver os dois jogando bola.
Ele tirou minhas roupas, me colocou virado para a parede e mandou que eu fechasse os olhos. Eu não o fiz. As lágrimas caiam pelo meu rosto, enquanto ouvia seus passos. Logo após, uma música alta começou a tocar. Algo como Beethoven ou Mozart. Um barulho me deixou alarmado, eu sabia que ia apanhar.
--Seus pais não vão voltar.
Olhei para ele. Algumas rugas no canto de seus olhos enquanto falava me distraiam um pouco. Eu mal tinha idade para entender.
--Vire-se! --Gritou. Obedeci. --Você é o meu filho agora... Agora você é meu.
Daniel
Eu nunca consegui dormir no primeiro dia de mudança. Sempre que me mudava, arrumava um jeito de me interter e ficar acordado caso alguém aparecesse.
Mas essa noite foi a pior.
Eu não tinha com o que me interter, não tinha o que fazer. Apenas esperar o dia chegar e isso aconteceria dentro de um par de horas. Mas me lembrei de um jogo que eu gostava bastante de jogar pelos bares, quando era adolescente.
Fui até a parte de trás do lugar, onde ninguém estaria dormindo e me sentei no chão, encostando a porta. Peguei do bolso minhas pequenas armas com ponta de ferro e mirei, antes de acertar o alvo em cheio, pendurado na porta.
Jogar dardo, querendo ou não, era uma boa distração.
Continuei recolhendo os dardos e os arremeçando até ouvir um barulho seguido de outro. A porta se abriu, no seguinte instante em que arremecei o último dardo.
--Ai! Meu Deus, você me assustou!
Samy estava com roupas largas, ficou vermelha quando tirou os dardos da porta e os entregou para mim.
--Obrigado... O que foi? --Perguntei, voltando a jogá-los na porta.
--Nada... só estava conferindo os... guardas. --Ela se sentou ao meu lado.
Olhei para ela. Era a mais inteligente de todos, calculista e planificalista.
--Como estão os guardas?
--Em seus... devidos lugares. --Comentou, então se virou para mim --O Sam e a... Rebeka estão... juntos?
Suspirei, olhando para ela de volta.
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Liberdade Perigosa
ChickLitRebeka Taylor Steven é uma jovem que busca desde nova a liberdade. Sua vontade é de viajar por aí, conhecendo gente nova e arrumando encrencas. Antes existia o medo, e a culpa pela morte da Mãe e Irmã mais nova... Mas agora não existe mais medos, nã...