Depois de muito encara-lo, sempre contendo o ódio por vê-lo, uma ideia surgiu em minha mente, então abri espaço para deixa-lo passar, ainda não muito convencida de que era ele mesmo ali na minha frente depois de eu pensar nunca mais vê-lo.Daniel analisou a casa por trás de mim e entrou. Tranquei a porta logo em seguida e, assim que ele se virou o surpreendi com uma bela joelhada no abdômen. Ele gemeu de dor, e eu ri. Sim, ele estava ali, e levaria uma bela surra de mim agora.
Essa era a sensação de acertar Daniel? Era maravilhosa! Viciante!
Eu sabia que ele tinha um motivo específico para ele estar ali na minha casa, mas não estava interessada em descobrir qual. Só queria machucá-lo. Machucá-lo tanto que os meus nervos chegavam a se contrair pela ansiedade.
--Qual o motivo pra isso? --Perguntou, não tendo muito fôlego para falar.
Deixei a mochila no chão e caminhei lentamente até o objeto mais próximo. Uma estrela azul repleta de furinhos brilhantes, tinha cinco pontas e era um enfeite típico da casa desde quando me lembro. Mais eu não queria nenhuma ligação com esse lugar e, francamente, era um ótimo motivo para usá -lo.
Acertei com toda a força na cabeça dele e o observei, quase desacordado no chão. Não bastava, porém eu o queria lúcido! Queria que ele me enfrentasse para eu mostrar minhas habilidades reais. Mas eu sabia que ele não o faria só porque eu queria, então daria motivo para isso.
Me abaixei, aproximando meu rosto do seu.
--Não vai levantar? --Sussurrei.
Ele não respondeu. Em vez disso, com o dedo indicador, me chamou para mais perto, para que eu pudesse ouvi-lo.
Fiz o que ele queria. Não imaginei que naquele estado ele ainda fosse capaz de me acertar, pois eu estava um passo a frente agora.
--Vou derrubar você primeiro. --Murmurou.
Não entendi muito. Sua voz estava baixa, embargada. Então me aproximei mais, novamente perguntando.
Coisa que eu não devia ter feito.
Daniel agarrou meus cabelos com força e chocou meu rosto contra o chão. Apenas vi ele se levantando, com a mão na cabeça como se estivesse morrendo de dor.
Desgraçado, eu ainda o pegaria.
Voltei a me levantar, observando seus passos recuando lentamente. Não, não, não! Ele ia lutar comigo, por bem ou por mal.
--Não vou fazer isso, Rebeka. Sei que está com os nervos a flor da pele por causa do que fiz e do seu pai. Vim apenas passar uma informação...
--Não, Daniel. Eu esperei muito tempo por isso -- O interrompi, sabendo muito bem o que eu queria --Não vou deixar esta oportunidade passar.
Para impedir que ele continuasse a falar, rapidamente o ataquei. Usei uma sequência de chute, acertando um ou dois em sua costela. Mas não o abalou tanto, uma vez que Daniel me afastou, segurando minha perna e empurrando para longe.
--Não vou lutar com você.
--Não me trate como uma garotinha!
Voltei a atacar. Desta vez, com minhas facas.
Tentei acertar a altura de seus ombros, Não conseguindo. Então mudei a posição das mãos para o pescoço e rosto. Daniel se desviou rapidamente de todos os golpes, pegando das minhas mãos as facas e as jogando para longe.
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Liberdade Perigosa
ChickLitRebeka Taylor Steven é uma jovem que busca desde nova a liberdade. Sua vontade é de viajar por aí, conhecendo gente nova e arrumando encrencas. Antes existia o medo, e a culpa pela morte da Mãe e Irmã mais nova... Mas agora não existe mais medos, nã...