Mas o carro foi parando de acordo com o quão perto estava. Olhei para o chão, se eu morresse realmente ali não faria falta para ninguém, disso eu podia ter certeza, além do fato de que eu morreria.
Senti ele parar perto demais e apertei os olhos. Pelos segundos que se passaram, duvidei que realmente fosse passar com o carro por cima do meu corpo.
--Vem, entra aqui. --A voz de Daniel estava meio embargada e quando levantei os olhos finalmente o vi, nitidamente. Seu rosto estava muito machucado e o canto de seus lábios sangrando. Fiquei assustada com aquilo, não é bem o que eu esperava. Isso significava que Victor estava morto? --Eles virão atrás de você se não entrar aqui, Rebeka. Não temos mais muito tempo. --Ou não.
Soltei o ar que eu estava prendendo e me levantei devagar.
--Nao vai mesmo me matar?
--E porque eu o Faria? --Hesitei, E isso fez com que ele revirasse os olhos --Nao acha que eu ja teria te matato se eu quisesse?
É verdade. Certamente eu ja teria partido dessa pra melhor, com toda a habilidade e força de Daniel.
Quando estava com uma certa postura, comecei a andar em direção a porta do carona bem lentamente. Ele não teve muita paciência, acelerou o carro fazendo com que o motor gritasse, então me assustei e corri para dentro. Era melhor com ele do que do lado de fora sozinha sendo perseguida.
--Não vou me desculpar por você ter passado por isso e pelo que ainda vai passar. --Daniel disse, com os olhos focados na estrada -- Acho que era o que você procurava quando...
--Nunca procurei a morte. --Interrompi ele, já nervosa. Será possível que eu não conseguiria ficar um segundo perto dele sem querer enforca-lo?
--Pode ser verdade. Mas agora, a morte te procura e, se não acharmos ela primeiro...
--O que? Tá dizendo que devemos nos matar?
Ele sorriu e começou a dirigir. Meu coração parecia querer explodir. Ele nos mataria? Era um doente!
--Bom, digamos que seria interessante. Tem um lugar que devemos ir agora.
Bufei, contendo o ódio.
--Pro necrotério, seu idiota?
--Eu diria... Purgatório.
Gelei, porém, me mantive calada. Esse era meu destino, talvez desde quando eu nasci. Ao menos agora eu estaria com mamãe e Sophia. E quanto ao meu pai... Tenho certeza que nenhuma notícia relacionada a mim e minha morte, o abalaria.Seis meses depois
Sorri, achando aquela situação um pouco engraçada.
Eu estava morta fazia bons meses, não procurei nenhuma chance de voltar a vida depois disso. Aquilo era o meu destino, minha escolha, Meu caminho. Era tudo o que eu sempre esperei, mas não sabia. Então, toda a minha vida escondida atrás de quem eu não era, toda minha vida fazendo o que eu não devia, só me fez ansiar mais por aquilo que eu me tornei.
Ali, no meio de onze homens adultos com pesos de noventa a cento e setenta quilos, Eu sorria como uma criança ganhando seu presente de natal.
Apertei minha luvas de couro nas mãos e fechei os olhos, respirando fundo. Então prestei atenção na respiração de cada homem. Puxei minha faca com apunhadora de soco-inglês FE-95, e soltei o ar. Essa era a melhor parte.
O primeiro foi derrotado antes que levantasse a mão para me acertar um soco. O outro foi mais demorado, tive que me esquivar uma ou duas vezes para depois lhe furar no ombro esquerdo. Então veio, acho que Robert e Steven, e me fizeram sorrir depois de derruba-los. Acertei um chute na nuca de um outro e uma facada na coxa do outro e quando dei por mim, os onze estavam caídos gemendo de dor, e outros desacordados.
Eu adorava o que me tornei, meus novos cabelos curtos roçando de leve em minhas orelhas, as novas cicatrizes ao longo do corpo... Eu era uma assassina e a sensação que isso me dava era mais que êxtase ou adrenalina. Era felicidade, alegria... Anseio. Era vida!
--Não acha que já está na hora? Olha pra isso! --Murmurei, limpando o sangue que estava na minha faca e a guardei --É ridículo.
--Você precisa passar por mais uma pessoa antes de ter o que quer. --Essa era Laura Walker. Nos conhecemos a seis meses atrás, quando eu era uma piada e até sentia um pouco te inveja. Ela e Daniel sempre foram bem... Próximos e ela sempre foi bem eficiente. Me ensinou a segurar em um revólver e a usar armas brancas.
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Liberdade Perigosa
Chick-LitRebeka Taylor Steven é uma jovem que busca desde nova a liberdade. Sua vontade é de viajar por aí, conhecendo gente nova e arrumando encrencas. Antes existia o medo, e a culpa pela morte da Mãe e Irmã mais nova... Mas agora não existe mais medos, nã...