©apítulo| 《41》Final

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Sem revisão *

***

Arqueio as costas, apertando com força minhas unhas em suas costas, contendo um grito com uma mordida nada sutil em seu ombro. Podia sentir o suor escorrer pelo meu corpo, fazendo com que nossos corpos se grudassem como se fossem um.

Daniel cai ao meu lado na cama, levando junto o cobertor e deixando meu corpo exposto a luz lá fora. Vamos voltando aos poucos nossa respiração,  enquanto seus lábios mostram aos poucos um leve sorriso travesso. Então,  depois de uns trinta segundos, ele se apoia em um cotovelo e começa a beijar suavemente a pele sensível abaixo da minha orelha.

--Temos que ir tomar banho --Resmungo, mas mantenho os olhos fechados, apenas saboreando aquele momento.

--Não,  Srta. Medisker. Nós não temos que ir.

--Mas eu quero aproveitar a praia, quero conhecer cada parte desse lugar. --Faço biquinho.

Daniel se afasta e me olha com aqueles olhos cerrados intensos.

--Mas estamos em lua de mel, será possível que não posso apreciar o corpo da minha esposa?

Reviro os olhos, divertida.

Nos casamos a dois dias,  mas não na igreja. Apenas levamos algumas poucas pessoas, tipo umas três incluindo Sophia e Vincent, e o Dr. Paulo Neto como testemunha. Então,  sem ao menos arrumar as malas, corremos para o aeroporto e voamos rapidamente para o Caribe.

--Pela quarta vez seguida?

Ele bufa, se sentando.

--Quantas vezes seguidas eu quiser. Você é minha mulher, não é?  Que culpa eu tenho de querer foder você?  Deus, você é gostosa! --Ele soltou tudo de uma vez, o que me fez gargalhar alto.

--Amor, vamos ir tomar um banho, ok? Voltamos antes de entardecer.

Pulei da cama, ficando de pé virada para ele. Senti a ardência em seus olhos enquanto encarava a tatuagem que envolvia minha perna, começando na costela esquerda. Era uma fênix,  com seu corpo envolto do meu fêmur. Uma escolha digna de tudo o que passei.

--Só se você me der banho.

Mordo o lábio inferior. Eu sabia como isso ia acabar. Ele estaria dentro de mim, me apertando contra a parede até que nosso corpo entrasse em combustão,  juntos.

Caminhei para o banheiro, pegando meu biquíni pelo caminho.

***

Seis meses depois

--olha, eu já disse que estou bem. Todos estão me olhando. --Sussurrei, enquanto Daniel corria, me segurando em seus braços pelo corredor do hospital.

Não era nada demais. Eu estava descendo as escadas, fiquei tonta e cai os dois últimos degraus. Daniel se levantou do sofá e, sem ao menos colocar uma camisa, me agarrou pelo colo e me enfiou dentro do carro. E aqui estávamos nós, com todos nós olhando.

--Que se foda todo mundo. --Resmungou, quando avistou um médico --Minha mulher precisa de ajuda. Ela caiu alguns lances de escada, desmaiou.

Olhei para ele com os olhos arregalados. Deus! Como ele podia inventar aquilo?

Para um ex-assassino, Daniel estava se saindo como um ótimo marido. Eu até que ia rir da situação,  mas trouxeram uma maca, caminhando as pressas para alguma das numerosas salas. Olhei com cumplicidade para meu marido. Aquele olhar matador. Ele sabia que mais tarde ia se ver comigo. Sério?  Não precisava de tudo isso!

--Estão casados a quanto tempo? --O médico me perguntou, ignorando a tensão de Daniel ao seu lado.

--Seis meses.

Ele assentiu, mostrando uma fileira de dentes branquinhos.

--Possibilidade de estar grávida? 

Arregalei os olhos, ainda mais. Não que filhos não seriam bem vindos, mas Deus! Eu queria aproveitar um pouco mais meu casamento.

--Am... usamos camisinha. --Daniel interveio --Ela... eu... nós não...

O médico riu, balançando a cabeça. Daniel estava aflito, pálido como uma massa de trigo, o que me fez rir também.

--Vamos fazer alguns exames em você. --Explicou, e se virou para Daniel --  Pode esperar lá fora, Sr?

Ele hesitou, mas me deu um beijo rápido e saiu.

O médico se virou para mim.

--Faremos um teste, de qualquer forma.

Meia hora depois

Daniel apertou minha mão,  enquanto eu entregava o exame para que o doutor Tomás Elijah analisasse. Depois de todo esse suspense, ele finalmente nos olhou.

--Está com oito semanas e meio de gestação. Parabéns,  papai e mamãe.

Observei, meio surda, Daniel ficar tenso ao meu lado. Ele se virou para mim, olhou para a minha barriga,  depois para mim e me atacou com beijos e abraços. Mas eu estava aturdida,  estava perplexa demais para retribuir. Vi o Doutor Tomás de afastar e tive vontade de agarra-lo pelo braço e obriga- lo a dizer que era uma piada, mas não o fiz.

Eu estava grávida,  seria mãe,  teria um filho!

--Eu te amo, Rebeka e... céus!  Eu te amo, meu pequeno-- Daniel se abaixou e beijou minha barriga.

Seus olhos me analisaram, quando se voltou para cima. Depois de uns segundo perdida, pude sorrir. A ideia de formar uma família com Daniel Medisker não podia ser mais perfeita.

Comprariamos uma casa em Seattle ou em New York e criariamos nosso filho. Daniel ia trabalhar, apesar de termos dinheiro para três gerações,  então chegaria a noite, me beijaria e pegaria nosso filho do sofá,  que dormiu a sua espera. O levaria para a cama, depois tomaria um banho e me amaria, até que eu dormisse exausta depois de um dia inteiro cuidando do nosso filho.

Pisquei, saindo de meus devaneios quando Daniel me beijou. Só aí notei que eu chorava.

Eu não podia ter uma vida mais perfeita.

***
Fim

***

Ahhhh acabou 😭😭😭
Foi bom enquanto durou,  Heusheus espero que tenham se contentado com o final. Espero comentários.

Beijos e queijos, meus amores.

Liberdade PerigosaOnde histórias criam vida. Descubra agora