©apítulo| 《31》

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Capítulo sem revisão

Durante a tal festa, eu e Daniel ficamos deitados em sua cama e foi lá que dormimos até às quatro da manhã, quando os rapazes voltavam para os quartos. Fizeram mais barulho do que o necessário, me acordando rapidamente. Corri para o quarto e me deitei antes que Samy se deitasse. Ninguém pareceu notar.

E Victor também não foi embora. Notei ele sentado no canto tomando seu café na manhã seguinte. Ele estava com cara de quem havia acabado de sair de um puteiro. Cabelos bagunçados e roupas amassadas.

Eu teria de resolver logo isso. Ele me chamou para ir embora e, apesar de que boa parte de mim quisesse ir, outra parte bastante orgulhosa, não queria abandonar tudo o que conquistei. Nem abandonar Daniel, ainda mais depois do que ele me contou... Seu passado era mais pesado do que imaginei. A morte de seus pais foi causada por Natanael que era o pai dos alemães. Eu nem imaginaria, nunca na minha vida, nem por um segundo que toda aquela pose de machão tinha, no final, algum motivo.

Noite passada ele contou também que Natanael o treinou pessoalmente, ganhando após dezessete anos sua confiança. Mas tudo acabou depois que Daniel tentou matá-lo. Naquela noite seus "irmãos" Victor e Vicent não permitiram, por mais que os três fossem bastante ligados, os dois preferiram Natanael á Daniel. E isso acabou com outra parte de seu coração.

E eu pretendia reconstruí-lo. Para o bem dele mesmo e para o bem do que isso podia significar.

Eu já sabia, naquele momento, que aquela chave que ele me deu era uma cópia de um apartamento que Daniel possuía no Alabama. E o apartamento seria meu também. Eu poderia entrar e sair quando quisesse e, inclusive, manter minhas relações com ele a flor da pele, e escondido dos outros. Amei a ideia, mas ao mesmo tempo me senti um pouco culpada. Não culpada pelo fato de que aquilo era errado, mas eu não podia dar essa facada em Victor. Apesar de tudo isso, ele foi disposto o suficiente de abandonar sua família e ficar do lado certo, mesmo percebendo minha relação com Medisker. E tudo estava mais confuso do que devia estar, totalmente fora de ordem.

***

Um alguém em algum ponto da cidade

Local, hora e dia estavam pendentes. Hoje seria um começo para uma vingança não muito bem atribuída. Já a alguns meses eu e meu pai andamos ocupados trabalhando esperando esse momento chegar. O momento em que tudo mudaria. Tudo seria nosso.

Prendi meus cabelos em um rabo de cavalo, puxei o zíper do meu macacão de couro até a metade do pescoço e calcei minha bota rasteira preta, em seguida amarrei meu cinto na cintura e me armei. Preparada para essa noite, fui para o carro onde meu pai me esperava.

--Está confortável?

Sorri de canto quando quando ele me perguntou isso.

--Felizmente confortável.

Ele assentiu e mandou que o motorista ligasse o carro. Essa era a última vez que aquela menina se entrometia nos planos de papai, aliás,  era pra isso que havia sido  treinada.

 Essa era a última vez que aquela menina se entrometia nos planos de papai, aliás,  era pra isso que havia sido  treinada

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Rebeka


Essa noite foi longa e nada dormida. O sol chegaria em alguns poucos minutos e eu estava ansiosa para o que o dia me reservaria.

Com a mudança de planos, eu estava ciente de que ficaria em uma das casas na cidade com Daniel enquanto os rapazes faziam a Guarda. Sendo um deles, Victor.

Talvez agora as coisas se encaixassem. Aquela raiva e suposição que algo entre eu e Daniel existia, tivesse um motivo real no final das contas. Isso se dava ao óbvio que todo mundo podia ver: eu e Daniel tínhamos uma ligação. Desde aquela época em que ele me deu carona, sabíamos que no final nós sempre nos esbarrariamos. Foi isso o que nos levou a estar ali e nos levaria mais tarde a estar juntos, dentro da mesma casa, dormindo na mesma cama. E eu esperava excitante por isso.

Olhei para o lado, onde Sammy dormia. O quarto ainda estava escuro e todos em transe, curando-se de uma ressaca ou do corpo dolorido por causa das horas de pé dançando. Foi isso o que aquela' festa' trouxe. Bêbados e choramingos...

Um mínimo barulho me deixou atenta. As ordens eram de que ninguém poderia se levantar a essa hora, a não ser Sammy ou Daniel. Essa ideia me fez torcer os lábios em um sorriso. Se Sammy estava ali ao meu lado dormindo,  Daniel era quem estava andando por aí.

Me preparei para me levantar, mas antes que eu o fizesse, ouvi outro barulho, agora próximo ao quarto.

Peguei o celular que ele havia me dado é mandei uma breve mensagem.

"Amanhã nos falamos.  Vá dormir!"

Esperei pela resposta enquanto prestava atenção em qualquer outro tipo de barulho.

"Estou tentando, e você pare de andar por aí. "

Franzi a testa. Se ele estava deitado e eu não estava andando por aí ...

No momento em que me preparei para levantar, ouvi um barulho bastante familiar. Olhei para a porta assustada, já sabendo o que a pessoa faria.  Me virei bruscamente para pegar minha Taurus, mas fui surpreendida com dois disparos de silenciadora e um gemido abafado vindo da cama a minha direita.

Arfei, com ira fervente querendo saber o motivo e quem havia matado Sammy. A pessoa seguiu andando pelo corredor assim que efetuou os disparos e eu segui atrás.

Sua roupa era preta, e logo vi que era uma mulher. Primeiro pensei em Laura e em seguida, notei que era mais magra que a diaba. 

Mirei e, antes de atirar,  ela se virou me notando ali e correu, virando o corredor. Apesar de não parecer, nenhuma de nós fazia barulho. Eu esperava ouvir apenas o disparo da minha Taurus no final das contas. Mas assim que virei o corredor, a mulher me acertou. Minha arma foi lançada do outro lado do lugar e eu contra a parede. Ela parou antes de me golpear no rosto e ficou me olhando. Por um segundo ela hesitou, e eu também. 

Percebi que seus olhos brilhavam. Um cinza escuro quase indecifrável. 

--Era pra.você estar morta. --Falou entre os dentes e então ela correu.

Perdi o foco por alguns segundos e então busquei minha Taurus seguindo novamente atrás dela que já estava em cima de sua moto quando a encontrei do lado de fora.

--Quem é você?  --Gritei.

Seus olhos pelo retrovisor brilharam novamente e então ela acelerou.

E eu me perguntei. Porque ela me mataria e porque não matou quando teve a oportunidade?

Segui para dentro do lugar, chutei as portas de cada alojamento e encontrei Daniel no meu quarto quando cheguei. Ele me olhou, seus olhos cheios de fúria e tristeza e então se levantou.

--Me diz que você matou o desgraçado.

Permaneci calada, por respeito. Eu sabia o que Sammy significava para ele.

Daniel gritou, um grito alto e dolorosamente furioso, então os rapazes apareceram.

--Vamos matar Natanael e aqueles filhos da puta! Seguiremos o plano de Rebeka.

Ele passou por mim e pelos outros caras que pareciam revoltados por ver Sammy morta em cima da cama. Olhei para o lado, Victor me olhava. Respirei fundo.

--Vamos levar ela daqui.

***

Olá pessoal! Estavam com saudades desses dois?
Venho pedir desculpas pelo tempo sem postar capítulo e adiantar que precisei desse tempo para resolver algumas coisas.
Coisas resolvidas e agora é só foco na história que já em breve será concluída. Ansiosos? O que acharam do capítulo?  Coitada da Sammy, mas não me matem por eu ter matado ela.
Em fim
Beijos e queijos*

\Próximo Capítulo domingo ou antes de domingo /

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