Rebeka Taylor Steven é uma jovem que busca desde nova a liberdade. Sua vontade é de viajar por aí, conhecendo gente nova e arrumando encrencas. Antes existia o medo, e a culpa pela morte da Mãe e Irmã mais nova... Mas agora não existe mais medos, nã...
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Victor nos contou cada detalhe sobre sua convivência com os Alemães. Ele disse que nunca se deu muito bem com o pai, morando sozinho e arrumando seu próprio trabalho até os vinte e três. Só que depois disso muitas coisas aconteceram. Ele percebeu que não importasse por quantas pessoas ele se apaixonasse ou se envolvesse, seu avô sempre arrumaria um jeito para que afastasse as pessoas dele. Com isso, fez um acordo que, se morasse com eles e aceitasse suas condições financeiras, poderia se envolver com qualquer pessoa que quisesse. Então foi por isso que agora, com vinte e cinco anos, tem uma boa condição e pode fazer o que quiser, contando que use o dinheiro do tráfico e sempre volte para a casa.
Só que naquela noite, não foi isso o que aconteceu. Agora que Laura havia fugido e Victor não voltado para casa, a esse hora os alemães já sabiam que ele estava conosco e permaneceria até que sua facção estivesse terminada. Por isso dobramos a guarda no armazém naquela noite e mudaríamos de lugar no dia seguinte. Arrumaríamos algum lugar que Laura não fizesse nem noção de que fossemos pra lá e permaneceríamos até que fossemos atacar.
Era um ponto para cada um. Os alemães tinham uma pessoa nossa, e nós uma pessoa deles. Venceria quem fosse o melhor.
***
Eu e Víctor estávamos na frente com o plano, enquanto Daniel e Sam davam as instruções para os outros homens e Samy e Steven arrumavam o caminhão com as armas. Notei em Victor que outra cicatriz havia aparecido próximo ao seu queixo. Ela não existia antes quando nos vimos no hotel e marcamos o jantar. Foi causada dois ou três dias depois de nos despedirmos. Me apoiei na mesa de vidro onde um mapa da cidade estava estendido e olhei para ele. Quando me notou, abriu um leve sorriso.
--Gostaria que compartilhasse seus pensamentos. --Comentou.
Apenas me ajeitei, apoiando a cabeça entre as mãos.
--Que foi? --Ele riu.
Sorri com isso. Ele era bonito e divertido. Talvez abandonar tudo por ele fosse uma boa ideia.
--Qual lugar você gostaria de conhecer? --Perguntei.
Victor pensou por um momento, então deu de ombros e apoiou a cabeça nas mãos também.
--Ja visitei muitos. Mas sempre tive a curiosidade para conhecer Portugal e Brasil.
--Brasil? --Empurrei seu ombro com o meu --Gosta de calor?
--Gosto de tudo o que tem fogo.
Seus olhos brilharam para mim. Seu sorriso foi sumindo vagarosamente e seu rosto se aproximando. Fiquei sem saber o que fazer, então curvei meus lábios em um sorriso singelo e me endireitei.
