Liberdade Perigosa

©apítulo| 《38》

Grandão pra vocês 😍
( Sem revisão)

***
D

aniel

Não a encontrei.

Passei horas procurando, mas nada.

Meus nervos estavam a flor da pele, minha mente esbanjando maneiras diferentes de corrigir Rebeka, assim que ela aparecesse.

E era isso que me deixava aflito.

E se ela não aparecesse?

Cerrei os punhos enquanto os homens, todos vestidos de preto,  se colocaram ao meu redor. Eu não queria proteção,  só queria encontrar Rebeka.

Mas ao ouvir o som de disparos e os gritos desesperados das pessoas,  correndo e se refugiando em seus quartos, automaticamente os meus homens procuraram me servir. Aquilo doeu. Esses disparos, saber que Rebeka pôde ter sido a vítima... Não pude evitar, empurrei meus homens e corri para a direção em que o disparo foi dado. Um alívio me tomou ao ver que Rebeka não estava ali, mas não pude evitar sentir remorso em perceber que Sam estava deitado e sua camiseta Branca, manchada com sangue. Ninguém mais ali, apenas ele.

--Vão,  encontre Natanael, vão!

Me abaixei, segurando sua nuca enquanto ele lutava para manter seus olhos abertos.

--Sam... --Conferi o ferimento, uns dois centímetros longe de seu coração.

Apertei os olhos.

Mesmo assim ele não teria chance.

--Só me-me escute. --Falou, com dificuldade tentando em vão encontrar ar que ele não tinha. -- obrigado... por tu-tudo. Você me... deu uma família.

Peguei na sua mão, incentivando-o a continuar. Meus dedos agora manchados com sangue.

--Desculpe me apaixonar pela sua garota. --Falou, quase em um sussurro   --Cuide... de-dela, D-aniel. Quando isso... tudo... acabar, quando vo-ccê finalmente matar aquele... desgraçado, a l-eeve para um lu gar tranquilo, único... não deixe... sua... sua garota escapar.

--Vou vingar você,  Samuel. Eu juro por Deus. --Prometi, enquanto observava ele arqueado as costas, dando seus últimos suspiros.

E então ele morreu.

Fiquei um tempo assim, segurando-o. Então me levantei, ignorando as manchas de sangue em meus braços, mãos e roupas. Eu vingaria Sam, nem que isso fosse a última coisa que eu fizesse na vida.

Rebeka

Olhei minhas mãos,  vermelhas por encontrar o chão tantas vezes.

Estava sendo difícil,  mas nada era impossível.

--Imagine quando isso acabar, querida. Você vai morrer, Daniel vai morrer e todos os que você já conheceu morreram também.

Levantei o olhar, sorrindo de lado.  Nada era mais doce do que matar alguém depois de tanto ser provocada.

--Mas é claro que, se isso acontecer, você não estará viva para presenciar. --Murmurei, me levantando.

A cadela me acertou tantas vezes que acabei perdendo a conta. Tinha absoluta certeza de que Natanael havia provado sua fidelidade e a treinado muito mais do que Daniel a tinha treinado, antes de descobrir que ela era uma traidora.

Estávamos no terraço. Eu só queria acabar com ela, estragar aquele rosto abusado que ela achava bonito.

--Tem certeza disso? --Perguntou, avançando em mim.