©apítulo| 《16》

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Eu via em seus olhos como Daniel estava assustado

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Eu via em seus olhos como Daniel estava assustado. Confesso que eu também estava. Estava com medo de sua resposta, ou então de sua reação. A única coisa que fez foi me soltar e se distanciar. Ok, isso devia ser um não. Abaixei a cabeça, envergonhada comigo mesma e por eu ter pedido isso a ele. Envergonhada sim, arrependida não. E se ele não aceitasse, eu também não o ajudaria. Era sim ou sim, mas sem colocar pressão, esperei. Três, quatro, cinco, dez, quinze minutos. A única coisa que ele vazia era olhar para o chão, agora encostado na geladeira, enquanto eu balançava as pernas no ar, sentada na bancada. O silêncio me matava. Era tão impossível ele querer tirar a minha virgindade? Ele não me achava bonita? Ou atraente? Ou então, não sei... Ele me acha burra? Incapaz? Repugnante?

Chega, eu o mandaria voltar para Laura e seus capangas e arranjarem outro plano sem mim, mas quando desci da bancada e abri a boca para falar, ele disse:

--Eu não imaginei que você ainda fosse virgem. É sempre muito falante e... --Ele suspirou --Tudo bem. --Observei ele se aproximar, até que estivesse a cinco centímetros de mim --Vamos.

Olhei sua mão estendida para mim.

Não, isso não era certo. Ele se quer olhava para meus olhos. Eu não queria que fosse assim, então bufei, indo para o outro lado da bancada.

--Não quer mais que eu foda você?

Senti minhas bochechas quentes. Era a primeira vez que me sentia constrangida diante a qualquer situação referente a Daniel. Ótimo!

Fiquei sem o que dizer. A raiva crescendo novamente. Ele era um idiota, claro. E eu uma besta, de achar que isso seria fácil.

--Não vou fazer sexo com uma pessoa que eu odeio. Não sei onde eu estava com a cabeça. Posso arranjar qualquer uma outra pessoa.

Ele estreitou os olhos.

--Rebeka...

--Não, é sério. Pode ir agora.

--Mais e quanto ao Vincent?

Olhei para ele. Seus ombros tensos mostravam um desconforto.

--Eu me entendo com ele, caso apareça novamente.

--Novamente? Tem algo que não me contou?

--Ah, sim! –Sorri –Esqueci de te contar que nos encontramos, e que ele me disse o quanto sou bonita e o quando ama me ouvir, sabe? –Me recostei sobre a pia –Ele aparecerá a qualquer momento, te segurando para que eu enfie uma faca em seu peito.

--Não acho graça nisso.

--Eu...

Parei de falar. Um barulho ensurdecedor perfurou meus ouvidos. Algo como um pim agudo me deixou surda. Em um instante eu estava em pé com ódio de Daniel, no outro eu estava caída no chão, lutando para ter minha visão de volta. Estava escurecendo, tudo girava e eu pude ver um borrão de alguém lutando com Daniel, antes de outro alguém me puxar e me jogar sob suas costas. Foi a última coisa que vi antes de perder meus sentidos de vez.

Liberdade PerigosaOnde histórias criam vida. Descubra agora