©apítulo| 《23》

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Respirei fundo já sabendo que havia uma grande possibilidade do stress subir no meu sangue.
Eu poderia simplesmente ter me despedido de Victor e deixado passar a chance de ambos se conhecerem e então me entender com Daniel novamente mais tarde. Mas a desgraça ja estava feita. Ali estávamos os três.

Olhei para Turco. Maldito segurança linguarudo!

--Achei que ia ao toalhete. -- Daniel se quer me olhava. Estava mais focado no homem à minha frente.

--Encontrei um amigo antes disso. --Falei.

Eu não lhe devia explicações, de todo o caso. Mas explicaria, se isso fizesse com que Daniel largasse se quer por um segundo essa expressão estressada.

--Victor, esse é Daniel Medisker, o amigo do jantar. --Contive um riso quando Daniel arqueeou a sobrancelha para essa explicação --E Daniel, esse é Victor, um... Antigo amigo.

--E vale ressaltar que sou um ex namorado também. --Sorriu Victor, ao cumprimentar Daniel que por sua vez, nem tocou em sua mão estendida.

Ok, o clima não ia ficar bom dali em diante.

--Victor? --Daniel riu elegantemente -- Esse nome chega ser um sarcasmo, uma vez que todos os destinados a ele vale menos que comida podre em caminhão de lixo.

Arregalei os olhos quanto a essa comparação. Jesus, eu esperava menos, muito menos.

Victor, ao contrario, não pareceu abalado, nervoso ou chateado. Ele apenas sorriu e balançou a cabeça.

-- Basta ainda ser no mínimo inteligente e então talvez saberá as próprias palavras que diz.

Daniel passou um dos braços pela minha cintura e me puxou para ele suavemente, apesar de eu sentir seus dedos apertando contra meu quadril.

--Eu adoraria ficar e conversar, mas eu e ela temos o resto da noite para resolvermos coisas... Peculiares. Então até mais.

Prendi a respiração para isso.
Eu não podia acreditar que Daniel havia simplesmente me puxado de volta ao elevador sem que eu ao menos me despedisse de Victor.
Ah, mas que baita grosseria!

--Foda-se. Quando diz que vai a um lugar, tem que ir a essa merda de lugar ou então não diz que vai!

Eu joguei suas mãos para longe de mim. Notei que os seguranças não estavam conosco. Em algum momento Daniel mandou que eles ficassem.

--E o que foi tudo aquilo sobre lixo? Que porra você acha que esta fazendo?

--O que você acha que esta fazendo!? Eu dou ordens, você as segue. Parece dificil pra você?

Não estávamos conversando. Estávamos gritando e gesticulando para o outro. Coisa que nunca fizemos antes.

--Vá a merda, Daniel. --Eu disse, abaixando o tom da minha voz. Não queria estourar meus tímpanos com essas gritarias.

--O que foi que disse?

Bufei, revirando os olhos. Ele queria mesmo brigar, era isso.

--Eu disse para ir a merda!

Ele riu. Na verdade, sua gargalhada me causou algum arrepio. Ele apertou um botão no elevador que fez com que ele parasse e socou as paredes de vidro do elevador. Então ele segurou meu pescoço, prendendo meu corpo contra o vidro e empurrou sua perna no meio das minhas.

--Você vai aprender a me respeitar. --Falou, entre os dentes.

--Ou então o que? Vai me bater? --Provoquei.

Liberdade PerigosaOnde histórias criam vida. Descubra agora