©apítulo| 《26》

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Eu não resisto, amo de mais essa história para deixa-la parada por tanto tempo. Aproveitem <3

Olhando para aquela cena, finalmente as coisas começaram a se encaixar. Namorar um dos alemães explicava o porquê Laura era uma traidora. Ela devia amá-lo. Ou então temê-lo. E como assim Vicent era tio de Victor? Isso queria dizer que...?

Olhei para ele que também tentava entender a situação. Tudo devia estar menos longe da compreensão para ele. Certamente devia estar se sentindo um peixe fora d'água ali.

Victor devia ser o filho de um dos alemães, Victor, o tal traficante na época em que havíamos namorado. Mas, se... se ele era o filho de Victor, sobrinho de Vicent e neto do tal chefe... ah, que droga!

Daniel puxou sua arma, apontando para a cabeça de Victor, e por impulso me joguei na frente, impedindo que eles pudessem se olhar diretamente.

--Você não precisa fazer isso! --Falei.

Daniel riu, sacudindo a cabeça. Ele respirou fundo e destravou a arma. Agora bastava apertar o gatilho.

Eu não sei porque ultimamente eu andava tão burra, ou era Daniel que me fazia sentir assim já que ele era um filho da puta, mas peguei minha Taurus, apontando de volta contra ele.

--Estou dizendo, você não precisa. --Repeti.

Todos os seguranças, sete ou oito, também sacaram suas armas e apontaram-nas em direção a mim e Victor. Senti ele se encolher atrás de mim.

--Se isso é alguma dívida com meu pai, eu não tenho nada haver com isso. Eu não participo de nada e...

--Cala a porra da boca! --Daniel gritou para Victor.

--Daniel... Daniel... escute --Laura gaguejava, presa nos braços do segurança --porque você não me solta e vamos conversar em particular? Isso é um mal-entendido, eu tenho certeza!

--Cala a boca sua Vadia! --Gritei para ela.

Aquela cena estava um horror. Eu esperava que tudo fosse logo resolvido.

--Eu peguei a Laura conversando com o Vicent por celular, no alojamento, na noite em que saímos para jantar. --Falei para Daniel, que parecia estar mirando em Victor atrás de mim.

Ele respirou fundo, abaixando a arma. Um passo para trás e um suspiro pesado. Coçou sua nuca com o cano da píton e apontou para nós.

--Rapazes. --Quatro dos seguranças vieram para cima de nós. Logo, eu estava desarmada e presa em braços de aço. Foi tudo muito rápido! Victor também estava preso e ao meu lado. --Coloque Laura ao lado deles. --Daniel ordenou para o segurança que prendia aquela vadia em seus braços. Então aquela vadia estava logo ali, a um passo de minhas mãos em seu pescoço.

Daniel se aproximou, segurando seu rosto entre as mãos enquanto o segurança mantia os braços dela presos atrás do corpo.

--Eu não entendo, Laura. Estamos juntos desde o começo e... --Ele parou. --Porque?

--Porque é isso que vadias fazem. Ficam com cafetões que pagam mais. –Respondi sua pergunta.

Daniel apertou os olhos e suspirou.

--Rebeka, eu acho melhor você calar essa sua boca, ou então...

--Ou então o que? Vai me matar? --Ele me olhou, então logo estava na minha frente.

--Se não calar sua boca, vou enfiar uma arma dentro dela e descarregar as minhas balas. Uma atrás da outra.

Eu sorri de sua postura ameaçadora. Eu esperava muito que aquele segurança estivesse prendendo meus braços com força, ou então me soltaria e socaria aquele rosto perfeito daquele maldito desgraçado.

Liberdade PerigosaOnde histórias criam vida. Descubra agora