Sophia
Suspirei, esperando por Natanael.
Suas coisas estavam limpas sobre a mesa. Íamos partir logo que amanhecendo, em um par de horas.Só de pensar que aquela era a minha irmã... Contrai a raiva por ela, tentando não pensar tanto, assim como meu pai Natanael me ensinou.
Ele era adorável. Me batia as vezes, tentando me ensinar da maneira mais correta, porém ainda assim era adorável.Ele entrou no quarto, pegando suas coisas que eu havia limpado e guardando no bolso terno. Me beijou suavemente e depois me bateu.
Eu sabia que ia apanhar, também sabia que eu merecia.
--Nunca mais se aproxime dela novamente, ou então vou ter que te matar --Ele beijou minhas mãos que agora estavam juntas em sua palma --E eu não quero fazer isso.
Se afastou, deixando espaço para eu passar.
Limpei o sangue do canto da minha boca e me recompuz, sorrindo para ele.
Não era como se minha vida dependesse disso, mas saber do meu grau de parentesco por aquela que tanto mal me fez, me despertou certa curiosidade. Eu fui proibida de me aproximar dela, mas eu não consegui.
Tive que perguntar, tirar conclusões, fazê- la se lembrar de mim. Fazê-la saber que não havia me matado como minha mãe e, depois de anos, meu pai.
Sai para o corredor amplo do hotel. Tinha ordens de comandar a última operação antes de ser mandada para a Alemanha junto com Laura e meu namorado, Vincent.
--Está bonita com esse vestido.
Sorri de canto, lhe beijando rapidamente.
--Ei --Vincent segurou meu queixo com as mãos, analisando meus lábios- -Que motivo teve dessa vez?
--Não temos tempo para isso, Vincent. --O empurrei levemente, voltando a andar --Vamos, preciso acabar com isso de uma vez.
Íamos encontrar Natanael, Victor e Laura quando acabassemos.
E não ia demorar.
Logo Rebeka e Daniel estariam mortos assim como a mente deles, Sammy e nós os alemães estaríamos longe de tudo isso.
Rebeka
Eu estava com insônia. Talvez isso por que eu sabia que era fácil Sophia entrar pelo quarto assim que quisesse e, quando ela o fizesse, eu queria estar acordada para olhar no fundo de seus olhos só confirmando oque eu já sabia, que ela era minha irmã.
Quando o relógio marcou as quatro da manhã, Daniel se levantou, foi ao banheiro e voltou para a cama, me beijando levemente.
Eu não tinha visto Natanael, Sophia ou qualquer outro membro deles durante todo o dia. Isso significava silêncio e silêncio significava perigo. Daniel também estava um amor em pessoa e eu, com pensamentos longes.
Se algo acontecesse, digo, se Natanael tentasse algo, seria de surpresa. Eu não tinha contado nada sobre meu encontro com ele no elevador ou meus outros vários encontros com Sophia que, inclusive, foi quem matou Sammy e é quem Daniel queria tanto matar.
Eu amava Sammy, mas Sophia era a minha irmã. Eu não ia permitir que alguém a matasse, seja Natanael ou Daniel.
--Pode dividir seus pensamentos?
Olhei para Daniel que estava ajoelhado ao meu lado na cama.
Eu teria coragem de mata-lo?
--Ei, o que foi?
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Liberdade Perigosa
ChickLitRebeka Taylor Steven é uma jovem que busca desde nova a liberdade. Sua vontade é de viajar por aí, conhecendo gente nova e arrumando encrencas. Antes existia o medo, e a culpa pela morte da Mãe e Irmã mais nova... Mas agora não existe mais medos, nã...