Um silêncio, se formou logo apos a mulher confirmar a minha pergunta. Era ela, Alma Turner. A mulher na qual sabia a minha verdadeira história. Varias coisas passavam na minha cabeça na quele momento, como a imagem dela saindo pra se divertir com a minha mãe. As duas confidencializando segredos uma da outra. Saindo pra ir ao shoping juntas. E eu confesso que senti uma pontada de inveja, pois sempre quis fazer essas coisas com uma mãe, já que a mulher que eu chamei de mãe a minha vida toda, não conseguia nem mesmo olhar pra mim, sem expressar ódio.
- Você é a cara da Lucy. A mulher diz emocionada. Não contive uma lagrima ao ouvir aquele nome pela primeira vez. Lucy... Meus ''pais'' omitiram ate mesmo o nome dela. Com um impulso me levantei, e nós nos abraçamos. Eu acho que de uma certa forma, era como se ela estivesse abraçando a minha mãe. E comigo era a mesma coisa, era como se eu estivesse abraçando a mãe que me deu a luz, a mãe que eu nunca tive. A mãe que nunca brigou comigo,após eu chegar tarde em casa. A mãe que nunca me deu conselhos amorosos. A mãe que mesmo eu não conhecendo, eu sentia que sempre me amou.
Depois de minutos com ambas não permitindo se soltar do braço uma da outra. Nós nos sentamos e começamos a conversar sobre nossa vidas. Eu disse que estava noiva, e que o meu farsante casamento seria daqui poucos dias. E que se ela quisesse vir, seria recebida de braços abertos em Gotham. Ela também me contara sobre a sua vida em Metropolis, e que estava trabalhando como faxineira na Lex Luthor. E que apesar da vida miserenta, ela estava muito feliz vivendo com o homem que amava. Eu prestava toda a minha atenção, na sua história de amor, imaginando como é ser amada verdadeiramente e intensamente por alguém. Ate que a mulher com olhar de sonhadora apaixonada, para de repente e olha pra mim seria.
- Eu conheci a Lucy em uma briga de rua. Ela começa a falar com o pensamento longe. - Eu estava brigando por um ponto de prostituição na esquina da Boulevard no centro de Gotham. Isso era, é e muito comum no dia a dia de quem leva a vida a noite como eu e sua mãe levávamos. Ela trabalhava como striper na boate mais famosa de Gotham na época. Eu apanhei feio na quela briga, e se sua mãe não chegasse a tempo, a outra vadia teria me matado. Eu ganhei uma facada no abdome. A sua mãe sem nem mesmo me conhecer, arriscou a própria vida pra me defender. Ela me levou pro seu apartamento que ficava em beco escuro ali perto. Cuidou dos meus ferimentos por quase 1 mês, e durante esse tempo viramos melhores amigas. Logo depois a sua mãe conseguiu um emprego como striper pra mim na mesma boate que ela trabalhava. Juntamos dinheiro e conseguimos alugar um apartamento maior pra dividirmos, já que não tínhamos nenhuma intenção de nos apaixonarmos e construir uma família com alguém. Era só eu e ela. Duas descomplexadas. Duas mulheres da noite, sem sonhos, sem dinheiro,sem amor, mas... felizes.
- Foi em uma noite de abril de 1995 que a sua mãe conheceu John Quinzel. Seu pai. Ele era alto, moreno, corpulento, tinha olhos azuis como os seus, homem bonito. A sua mãe se apaixonou na hora, e com ele não foi diferente. Naquela noite o seu pai fez questão de alugar a sua mãe durante toda a madrugada. Depois da primeira noite dos dois, sua mãe me contara que pela primeira vez na vida não fara só sexo, e sim entrega, desejo, paixão... amor. Eu ainda lembro dos seus olhos brilhando a cada vez que falava ou lembrava dele. Todos os dias, as 22:00 da noite o seu pai chegava na boate, e reservava a minha amiga durante a noite inteira. Mas depois as frequentes visitas foram diminuindo, por falta de grana. O seu pai devia dinheiro a traficantes, e começou a viver escondido na casa do seu irmão Leonard. Homem ambicioso e egoísta, junto a sua esposa, também não tão diferente, Bethy Quinzel.
-Na mesma noite em que sua mãe descobriu que estava grávida, ela perdeu o emprego na boate, por conta de uma briga causada pelo seu pai. Ele sairá do esconderijo pra visitar a sua mãe na boate, mas ela já estava com um cliente, e não poderia ficar com ele. Ele saiu com raiva e foi comprar droga. Depois de umas horas ele chegou na boate totalmente louco e drogado, gritando pela sua mãe. Ele já sabia que ela estava grávida, e pensou que o filho não era dele. Com certeza fora alguma vadia invejosa que contara e colocara besteira na cabeça dele. Eles brigaram muito feio naquela noite, tanto que seu pai chegou a bater na minha amiga. A relação dos dois não era nada saudável. Sua mãe era uma recente vadia desempregada e gravida, e o seu pai era um viciado em heroína que não fazia nada da vida a não ser fugir de traficantes e agiotas. Mas eles se amavam de uma forma louca, viciante e suicida.
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Fifty shades of Joker (Em Pausa)
FanfictionUma ginasta recém formada em psiquiatria, de casamento marcado com uns dos homens mais ricos da cidade, David Collins. A Dr. Harleen Quinzel, jovem e bonita era conhecida por todos por ser uma mulher muito sortuda. Tinha 25 anos, era independente e...