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- Harley??? 

- O que fizeram com você?  Harleen pergunta, ainda chocada com seu estado.

- M.r J?.... m.r J?.... Harleen o chamava e homem nada mais respondia, só a olhava. Provavelmente ainda estava sob o efeito da sessão de eletrochoque, e dos vários remédios que eram obrigatórios a tomar antes de toda sessão. Remédios fortes, capazes de derrubar um lutador de sumô.  

Um olhar intenso e impossível de ser decifrado, Harleen sentia todo o seu corpo arrepiar, nunca ninguém em toda a sua vida a olhara daquela maneira. A jovem doutora sentira pena do homem, mesmo sabendo ser errado, por todas as atrocidades que ele fazia, e ate mesmo a maneira possessiva e rude como ele a tratava, mais nada disso justificava a crueldade com a qual ele fora tratada. Harleen acreditava, que ninguém nascia podre, elas se tornavam podres, e na maioria dos casos essa podridão vinha de traumas e abusos. Ela não sabia da história do Coringa, mais sabia que provavelmente ele fora uma pessoa muito sofrida no passado. 

- Vem, eu vou tentar levantar você e te colocar na cadeira de rodas, mas eu preciso que você se esforce um pouco. A doutora diz colocando um dos braços do homem em volta de seu pescoço, e com toda a sua força o levantando. O homem escorado na doutora, caminha com dificuldade até ser colocado na cadeira de rodas.  

Segundo a enfermeira, Coringa fora eletrocutado na tarde de ontem, e ainda estava sob o efeito da sessão, que pelo visto fora muito forte. Harleen nunca vira um paciente ficar tanto tempo sob o efeito de uma sessão, pra falar a verdade nunca tinha visto um paciente ser eletrocutado por um dia todo.   

Ela caminha pelos corredores escuros do asilo, empurrando a cadeira de rodas do paciente, que permanecia calado e com o olhar vago. Por conta da saleta gélida, a pele suja do homem estava completamente fria, Harleen percebendo a temperatura do corpo do paciente, se desfaz de seu casaco, cobrindo o homem nu. 

Já na enfermaria, Harleen vai até o banheiro e encontra a banheira já cheia com água morna, com certeza fora Mary. A doutora vai até Coringa, que ainda estava na mesma situação, ela nunca o vira tão serio e tão calado. Ela pega em sua mão, o trazendo em direção ao banheiro, ele ainda caminhava com muita dificuldade, por conta dos machucados. Harleen cuidadosamente o coloca dentro da banheira. Seu corpo estava tão sujo, que no mesmo momento em que ele entrara na água, a mesma manchara de tons de preto e vermelho, por conta da sujeira e do sangue. Harleen pega sabonete e uma bucha, e com muito cuidado, ia ensaboando toda a pele pálida de Coringa. 

Eles se mantinham calados. Ela passava a bucha no corpo pálido do homem, com todo cuidado do mundo, e ele continuava com o olhar vago, sentindo os toques suaves de Harleen. Ela não entendia, mais estava triste de velo assim. 

- M.rJ? Harleen sussurra perto do rosto de Coringa que continua imóvel olhando pro nada. 

- Diz alguma coisa por favor. Harleen suplica, e nada.  Ela suspira derrotada pensando o quão duro foi o seu dia. Estava cansada por tudo e principalmente da viajem, já que passara a madrugada inteira na estrada, sem falar n anoite mau dormida do dia anterior, por conta do.... sonho. Aquele maldito e esquisito sonho, que fazia a arrepiar dos pés a cabeça. 

 Harleen termina de enxaguar Coringa, e ajuda levantar o mesmo. Ela paralisa na hora, o homem estava nu o tempo inteiro, mas a saleta era escura de mais, sem falar que depois ela dará seu casaco a ele, tampando sua nudez, ele estava tão sujo, que a sujeira tampava todo seu corpo.

- Eeeeh, vem, eu vou te deitar na maca. Harleen diz saindo de seu transe, completamente desconcertada.  

O corpo da doutora começa a reagir ao ver a imagem de Coringa despido na maca, era tudo tão perfeito, e o fato de ser tão proibido pensar em seu corpo, só a fazia pensar mais. 

Fifty shades of Joker (Em Pausa) Onde histórias criam vida. Descubra agora