Sádica

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(NARRADORA ON) 

A floresta densa, a pequena tempestade que acabara de se sessar, a lua cheia que se estendia sobre a floresta, e ela estava de frente para a morte mais uma vez. Apesar de estar um pouco tonta e com as vistas um pouco embasada, ela sabia que era ele. E os malditos zumbidos estavam de volta, agora como claras rizadas de deboche, deixando a mulher mais tonta. 

- Sabe meu docinho, eu realmente não entendo sua burrice. O homem de cabelos verdes diz, enquanto dava voltas no corpo da mulher jogada ao chão. 

- Uma mansão daquelas, um quarto enorme, comida e banho quente, e você prefere ficar aqui na chuva. 

-Sabe o que eu acho? Que você gosta de sofrer. Você gostou dos meus tapinhas naquela noite, por isso queria me chamar atenção. hahaha.. Ele diz se aproximando do rosto de Harleen. 

- Sabe doutora, você tem um rosto muito angelical, eu gostaria de não desfigura-lo, mais eu preciso que você me ajude a te ajudar. Coringa diz a pegando pelo cabelo e a encarando nos olhos. A mulher que já chorava de desespero recupera sua lucidez, ou parte dela, não pensa duas vezes, e da uma joelhada certeira na intimidade do homem que estava começando a se animar. 

Ele solta um urro de dor, tirando as mãos de Harleen que no mesmo momento começa a correr o mais rápido que conseguia.

- Sua desgraçadaaa, volta aqui.... O homem grita, para a mulher que se embrenha pelas árvores.

A única coisa que se passava pela cabeça de Harleen, era que ela precisa sair dali, precisava se esconder. Ela corria, sem nem mesmo olhar pra trás. Minutos se passam, e Harleen a um bom tempo não ouvia os gritos do homem. Ela desacelera os passos, por conta do cansaço, os zumbidos ainda a atormentavam, fazendo com que a tontura voltasse. Ela olha pra trás e não vê e não escuta nada, então a doutora para de correr e se escora em uma árvore. A floresta era bem iluminada pela lua. Apesar da recente chuva, o calor estava insuportável. 

Depois de minimamente se acalmar, por achar que Coringa não iria acha-la. Harleen se senta ao chão, só então percebendo que havia um lago bem a sua frente. O brilho da lua refletia na água calma e silenciosa, enquanto a doutora a encarava. Harleen pensava na loucura que estava fazendo, fugindo de um psicopata, mais era preciso faze-lo. Depois de minutos só ouvindo o som da água, Harleen que estava com a unica camisa suja de barro pela queda, sente uma vontade enorme de entrar na água, se levanta, olha para os lados verificando se não havia ninguém. 

E no mesmo momento que ela coloca os pés na água, Harleen sente uma forte pancada na cabeça, fazendo com que ela caia no lago. 

- Achou que ia a se livrar de mim tão fácil assim docinho? Coringa diz pegando Harleen pelo cabelo e dando uma joelhada na barrigada dela que grita de dor.

- Isso é doloroso não é mesmo? HAHAHAHAHAHA.... O homem de cabelos verdes diz e da um soco na cara da mulher  a soltando na parte rasa da água. Harleen cospi um pouco de sangue e se arrasta pra tentar sair do rio. 

- Eu to muito chateado com voce doutora. Coringa a pega novamente pelo cabelo, colocando a cabeça da mulher de baixo d'água tentando a afogar. Harleen gritava desesperadamente por socorro, enquanto tentava falhamente se soltar do homem. Ele a puxa de volta, e a mesma puxa todo ar que conseguia. 

- Primeiro voce foge da mansão! Ele coloca a cabeça da mulher mais uma vez. 

- E depois voce me da um chute no saco! E novamente ele a puxa de novo, e mais uma vez Harleen puxa todo o ar que conseguia. 

- E depois foge mais uma vez!! 

- Para por... Harleen tenta falar mais Coringa empurra a cabeça da mulher contar a água mais uma vez. A mulher se debatia ao máximo, e rezava para que ele a puxasse de volta, mais dessa vez ele estava demorando. Ela conseguia ouvir a risada estridente do homem. E naquele exato momento, ela achou que ele a mataria. O ar faltava, e ela já não aguentava mais se debater, não aguentava mais os joguinhos de morte de Coringa. Ela para de se debater e mais uma vez iria receber a morte de bom grado, mais depois de segundos Harleen se lembra de seu passado, se lembra que não podia morrer, não antes de fazer o que tinha que ser feito. 

Fifty shades of Joker (Em Pausa) Onde histórias criam vida. Descubra agora