PLÁGIO É CRIME.
Anne, quarenta e quatro anos, casada, mãe de dois filhos. Uma mulher batalhadora, que com muito esforço conseguiu pagar a faculdade do filho, e vê-lo se formar em engenharia. Anne é professora de uma colégio infantil, mas pra complet...
Solto a mão daquele homem de forma apressada, pelo choque que nosso contato causou. Não sei porque mais olhei pra sua mão esquecer e vi sua aliança de ouro.
-Sente-se por favor. - aponto para a cadeira.
-Olha eu devia ter chegado mais cedo... Não tem problema conversamos agora? Não vou te atrapalhar?
-Não claro que não. - me sento.
-Bom porque queria tanto minha presença aqui? - questiona de cara amarrada.
-Bom senhor Dominic, sua filha é uma aluna maravilhosa. Porém, ela é uma menininha muito triste, tá sempre sozinha, não brinca com os coleguinhas... Nunca percebeu como ela está sempre quieta?
-Olha pra te ser sincero eu não fico muito em casa então... Quem pode saber muito disso é a babá dela... - fala pensativo.
-E a mãe dela?
-Giulia? É capaz dela não saber nem a idade da própria filha. - diz com amargura. - Olha eu vou conversar com ela, com a mãe dela e a babá. - levanta. - É só isso?
-Comigo só, com a diretora eu já não sei... - levanto também. - Não vou atrapalhar mais o senhor.
-Não me chame de senhor, só tenho trinta anos. - fala me olhando. - Dominic basta.
-Tudo bem... - falo sorrindo. - Bom qualquer coisa eu mando um bilhete e espero que sua esposa me responda melhor da próxima vez.
-Ela te respondeu? O que ela disse?
-Que não tem tempo. - murmuro.
-Ela terá, por bem ou por mal. - fala duramente. - Foi um prazer, Anne.
-Prazer foi meu, Dominic.
Ele não sorri, mais fica me olhando por um tempo e depois, balança a cabeça saindo da sala.
Eu solto o ar que não percebi que segurava e sento na cadeira tonta. Ok, eu não esperava que o pai da Violetta fosse tão... tão bonito! Não, bonito é pouco. Ele é maravilhoso! Entretanto é jovem demais. Não sei nem porque estou pensando uma coisa dessas, jamais me meteria com ele ou outro homem. Com diz o ditado, vê com os olhos e lambe com a testa.
Eu saiu da minha sala fechando a porta, já que meu dia hoje está acabado pois não tem aula. Eu levo minhas pastas para a diretoria e vou pra sala dos professores. Entro e vejo minha amiga Elisa sentada a mesa tomando um café.
-Chego atrasada. - resmunga. - Esqueceu que me prometeu que faria as minhas unhas hoje? Sabe que quando o encosto do meu marido chega, a janta tem que estar pronta.
-Eu sei desculpa, um pai me prendeu depois da reunião. - falo. - Vamos logo então.
Eu saio na frente deixando ela pra trás.
-Me espera sua vaca. - fala pegando no meu braço. - O que você tem?
-Eu? Nada! - digo olhando pra ela. - Estou bem, você que está com pressa, então vamos.
Assim que saiu do colégio vejo o pai de Violetta do outro lado da rua, ao lado de uma carro preto que vale mais que minha casa. Ele gesticula muito e percebo que está irritado.
-Anne, acorda. - Elisa me bate mais não dou atenção.
Ele desliga o celular e olha na minha direção.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
