Dominic Barbieri
No meio do caminho eu ligo para os médicos da minha confiança. Eu não sei o que eu vou encontrar naquela casa, eu espero que não seja o pior.
Saulo mal estaciona o carro e eu desço do carro, o portão de ferro grande estava fechado, mas não trancado. Me assusto com o cenário, todos os nossos homens mortos com tiros certeiros. Amauri não está aqui e sei que aquele infeliz vai cumprir a promessa.
-Filho da puta! - xinga Saulo atrás de mim.
Eu não paro para olhar vou diretamente pra dentro da casa, onde vejo meu nonno desacordado no chão, me ajoelho diante dele e vejo se ele tem pulsação, mas não.
Cheguei tarde demais.
-MALDITO!
-Dominic seu pai. - grita Saulo mais a minha frente.
Eu vou até ele que está desacordado, me fazendo entrar em pânico.
-Ele tem pulso? - pergunto de pé sem me mexer.
-Tem, mas está fraco. Eles não atiram nele para matar, seu nonno foi certeiro. - fala Saulo.
Eu fico te pé sem dizer nada, os médicos que chamei chegam e colocam meu pai numa maca, o levando direto para o centro de comando da máfia onde pode ser considerado melhor que muito hospital público nesse país.
-Dominic sobre seu avô o que faremos? Ele morreu não podemos meter policia nisso, nada! - fala Saulo.
-Podemos sim, vamos limpar área e chamar a policia e dizer que foi um... Um assalto, pegue algumas coisas de valor e leve daqui. - falo friamente. - Meu pai está indo para um lugar seguro e ninguém vai fazer ligação a isso.
-Vai pra lá junto com seu pai, Dominic. - Saulo me adverte.
-Mas eu tenho que te ajudar...
-Eu já sou bem grandinho e desculpe o atrevimento, mas sou mais velho que você e quando você estava indo com a farinha, eu já volta com o fubá. - ele coloca a mão no meu ombro. - Eu sei de tudo, sei o que passou com seu pai, mas ele precisa de você. Deixa tudo aqui que eu resolvo. Pega o carro e depois eu vou com um dos nossos homens.
Ele joga a chave para mim.
-Tudo bem... Obrigado!
Antes de sair, eu vejo no sofá da sala um diário grosso e não preciso abrir para saber do que se trata. Pego e levo comigo para o carro, abro a porta e entro, jogo ele no banco do passageiro.
Meu assusto com o toque no meu celular e vejo o rosto de Anne aparecer, atendo sem pensar.
-Dominic pelo amor de Deus, onde você tá? - pergunta aflita. - Eu fui atrás de você e seus seguranças não me deixaram nem pisar o pé pra fora. Isso aqui tá pior que a casa branca.
Depois que saímos Saulo deu o alerta, nunca que iria deixar minha mulher e filha sem proteção. Não seria Dominic se fizesse isso.
-Meu nonno morreu e meu pai está em estado grave por culpa de Andreoli... Olha faz tudo que mandarem, mas qualquer coisa estranha me liga e qualquer coisa na gaveta do criado mudo ao lado da cama, tem uma arma carregada.
-Meu Deus! - ela exclama assustado. - Quer que eu vou com você?
-Não, quero que você fique ai, Violetta precisa de você. - falo ligando o carro. - Minha mãe está no meu apartamento, está segura lá.
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Nos Braços De Dominic
RomancePLÁGIO É CRIME. Anne, quarenta e quatro anos, casada, mãe de dois filhos. Uma mulher batalhadora, que com muito esforço conseguiu pagar a faculdade do filho, e vê-lo se formar em engenharia. Anne é professora de uma colégio infantil, mas pra complet...