Anne Lima
Sou acordada com meu celular tocando insistentemente, pego ele dá criado mudo. Olho pra tela e o nome de Elisa aparece.
Ligação On:
-Anne que bom que você atendo, to a horas querendo falar com você. - diz chorosa.
-O que foi que aconteceu Eli? - pergunto preocupada me sentando na cama. - Porque está chorando?
-Nilton me bateu, e minha filha não aguento me ver apanhar e partiu pra cima dele... - ela faz uma pausa. - Ele empurrou ela, fazendo ela cair no chão e bater com a cabeça. - ela soluça. - Estou no hospital aqui, preciso de você amiga...
-Meu Deus! Eu vou pra ai agora, vou colocar uma roupa e vou. - eu levanto correndo. - Já já to ai. - desligo.
Ligação Off.
Lá fora ainda está escuro, são cinco e meia da manhã e Dominic não está no quarto. Onde será que ele foi? Eu ligo pro táxi, já que não tem quem me leve a essa hora. Na verdade, não quero ninguém na minha cola, não hoje.
Eu me troco rapidamente, tirando a roupa de ontem que não tinha tirado. Eu pego minha bolsa e celular, desço as escadas as pressas, enquanto ligo pra Dominic. Toca, toca e ele não atende.
Merda!
Assim que estou pronta pra sair, um homem entra na minha frente.
-Senhora vai aonde? - pergunta calmamente.
-Pro hospital, tenho uma amiga que precisa de mim, agora me de licença. - falo tentando passar, mais ele me barra. - DÁ PRA SAIR? - grito nervosa.
-Não posso deixar a senhora sair, o chefe proibiu.
Não me falta mais nada...
-Ele está aqui? Não, ele não está então saia da minha frente.
-A senhora vai como?
-De táxi, já chamei. - digo irritada. - Olha eu vou e você diga pro seu chefe me ligar, já que ele não me atende.
Eu saio apressada, o portão de ferro gigante é aperto pra mim e saio em disparada pro táxi, que já me esperava.
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-Elisa! - eu corro na sua direção e a abraço. - Como ela tá?
-Não sei... - ela chora. - Ela estava desacordada..
-Onde está aquele bosta? - pergunto do Nilton.
-Eu chamei a ambulância, ele fez a merda e saio de casa nós deixando lá. - ela soluça. - Eu odeio ele, eu suportava ele me bater, mais na minha filha não. - ela está revoltada. - Eu não quero aquele cara perto de mim, eu vou denunciar ele Anne cansei dessa vida.
Eu olho pra ela com atenção e vejo seu rosto com marcas roxas, seu pulso está enfaixado, eu não suporto ver ela dessa forma, pois eu sei o que ela está sentindo. Eu passei por isso anos e anos, a humilhação, a vergonha de ser espancada pelo próprio marido.
-Eu vou com você, não vou deixar você fazer isso sozinha. - beijo seu rosto. - Pode contar comigo, eu vou te ajudar sabe que te considero uma irmã.
-Eu sei, por isso te chamei.
Nós ficamos não sei quanto tempo sentadas naquelas cadeiras esperando, minha cabeça voa até onde Dominic possa estar. Ele me deixou um casa e saiu, só não sei porque tanto segredo...
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Nos Braços De Dominic
RomancePLÁGIO É CRIME. Anne, quarenta e quatro anos, casada, mãe de dois filhos. Uma mulher batalhadora, que com muito esforço conseguiu pagar a faculdade do filho, e vê-lo se formar em engenharia. Anne é professora de uma colégio infantil, mas pra complet...