Capítulo 3

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Dominic Barbieri

Ontem depois de sair do colégio da minha filha, eu recebi uma ligação que me deixou muito puto. Amanhã terei que dar uma olhada num construção que está com a porra de um problema. Mais assim que desliguei e vi aquela mulher parada do outro lado da rua me olhando é como se minha raiva tivesse desaparecido na hora.

Eu vi que ela ficou perturbada tanto quanto eu, eu vi.

Agora estou deitado na minha cama depois de transar com minha mulher. Ela tenta deitar no meu peito, mas não deixo. Não gosto de carinho e ela sabe disso.

-Sem melação Giu. - falo sentando na cama.

-Já devia ter me acostumado que com você é assim. - levanta emburrada indo pro banheiro.

Eu sei que posso parecer insensível, mas só eu sei porque sou assim.

Depois de tomar um banho, eu coloco uma roupa normal já que só vou resolver problemas fora da empresa e hoje é sábado, não preciso ser tão formal.

Encontro minha filha na sala assistindo desenho

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Encontro minha filha na sala assistindo desenho.

-Bom dia filha. - falo.

-Bom dia papai. - sorri pra mim. - Vai sair?

 -Vou... Mais quando eu voltar, eu prometo que vamos sair pra fazer alguma coisa. - ela levanta animada.

-Jura papai? Promete? - me olha com os olhos cheios de esperança.

-Prometo! - me abaixo pra olhar diretamente pra ela. - Eu sei que não sou bom pai, mais vou tentar melhorar, filha.

-Não precisa papai. - ela agarra meu pescoço e fico imóvel. - Eu sei que o senhor me ama, não é como a mamãe. - se afasta triste.

Sinto minha garganta queimar.

-Eu te amo querida.

Ela sorri e volta a sentar no sofá.

-Também amo papai.

Eu saio de casa completamente arrasado.

Mesmo ela falando que me ama, não alivia a culpa que estou sentindo nesse momento. Eu nunca liguei pra ela e não percebi o quanto isso a afetava. Eu estou fazendo como meus pais, agindo com Violetta, como eles agiam comigo.

Não posso permitir isso!

Não quero que minha filha seja como eu, não quero que ela seja distante como sou dos meus pais. Sei o quanto isso pode afetar a vida de uma pessoa.

Eu ligo o som do meu carro onde começa a tocar Michael Bublé.

Eu vou até a casa do Felipe escutando esse cantor de voz incrível. Chego na frente da casa dele e vejo que é um bairro mais o menos, nem rico ou pobre demais. Sua casa é grande, dois andares com um portão branco de ferro. Saiu do carro e vejo um homem alto, branco entrando na casa e atravesso a rua antes que ele entre.

Nos Braços De DominicOnde histórias criam vida. Descubra agora