Capítulo 33

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Dominic Barbieri

Eu peguei pesado com Anne, falei com ela de um jeito horrível. Acabei descontando nela a raiva que estava sentindo, pelo que deu errado na minha missão com Saulo.

Acabei descontando nela que não tinha nada a ver com isso, fazendo a mesma se sentir triste e magoada comigo.

-Vamos Dominic Barbieri, estou esperando uma explicação. - ela fala de braços cruzados.

-Perdoa tá legal? Eu gritei, falei coisas pra você que não devia sim, descontei minha raiva em você por minha missão ter falhado.

-Que missão?- pergunta curiosa.

-Não quero falar disso. - digo. - Anne eu te amo, só que tem coisas que não vou te contar, pro seu bem. E essa é uma delas.

-Não precisa me dar satisfação de cada passo seu, mais eu também não vou dar. - murmura. - Eu fui ver a filha da minha amiga, fui dar uma força a ela. Muito diferente do que você fez. Me deixou em casa e saiu sorrateiramente na calada da noite, pra fazer não sei o que. - resmunga. - Na verdade eu até sei, mais não quero saber quem foi a vítima da vez.

-Eu não quero te preocupar.

-Não interessa Dominic, não sou criança. - fala brava. - Sou uma mulher de quarenta e quatro anos, mãe de dois filhos sei lidar com as coisas. Se quer sair na noite pra matar quem quer que seja, faça. Só não saia sem me dizer nada, como se tivesse fugindo.

-To perdoado? - deito minha cabeça na suas pernas.

Ela passa a mão no meu cabelo carinhosamente.

-E tem como não te perdoar? - pergunta rindo. - Eu só quero te avisar de uma coisa.

-O que?

-Sua mãe! - eu levanto a cabeça e sento. - Ela foi muito, mais muito desagradável comigo me ofendeu, e a coloquei no lugar dela.

-Como assim ela te ofendeu? - pergunto nervoso.

-Ela foi racista, assim como toda sua família comigo. - diz séria. - Eu deixei pra lá. Só que agora não vou mais aceitar, me ofendeu, vai responder na delegacia.

-Pode deixar que isso não vai se repetir, não vou deixar. - eu me aproximo e beijo sua boca. - Agora mocinha, vai tomar um banho, depois desce pra jantar.

-A propósito, o que estava fazendo na empresa em pleno domingo? - pergunta se levantando da cama.

-Fui pegar uns papéis, coisas normais. - falo com sinceridade. - Vou descer e te esperar lá... - eu não consigo terminar de falar, pois meu quarto é invadido pelo meu pai.

-VOCÊ ENLOUQUECEU? - entra gritando. - Como você se mete com Andreoli, se encontra com ele, mata dois capangas dele sem me avisar? Você não sabe fazer nada direito Dominic? Se estava com ele na mira, pode me explicar por que raios não matou aquele merda e livrou a mim e seu nonno do problema?

-Primeiro não grita comigo dentro da minha casa, segundo Andreoli não é um problema meu, e terceiro não menos importante, você não sabe o porque dele ter vindo atrás de mim. - falo levantado da cama calmamente. - Ele não morreu pelo tiro que dei nele, sugiro que ele esteja bem, já que ele mesmo ligou pra você marcando uma reunião de paz, certo?

-Como sabe de tudo isso? - pergunta visivelmente espantado.

-E que ele quer Guido junto com você. - eu sorrio. - Como eu sei que o senhor não vai, vou lhe contar um segredinho. - eu me aproximo dele. - Andreoli é tio de Guido, pai.

Nos Braços De DominicOnde histórias criam vida. Descubra agora