Bônus (Dulce)

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Dulce Lima 

Sabe quando você não tem animo pra nada? É assim que eu me sinto nesse momento, eu estou na sala de aula, olhando pro professor, só que não estou escutando nada do que ele fala. Minha cabeça está num certo alguém, que não consigo tirar da cabeça.

Saulo.

Quando eu vi ele pela primeira vez, eu não gostei dele de cara. Só que depois de tudo que aconteceu com minha mãe, descobrir que Dominic está metido com a máfia, fez com que eu me aproximasse dele. 

Nesses dois meses de aproximação eu consegui ver o verdadeiro Saulo, um cara gentil, brincalhão, mais também bruto, frio, e indiferente quando quer. O meu problema foi começar a sentir muito mais que uma amizade, e eu não sou uma pessoa que segura a língua. Digamos que sou sem filtro.

Eu não aguentava mais esconder os meus sentimentos dele, então fui e lhe disse na cara dura. Não vou dizer que não morri de vergonha de abrir meu coração pra ele, pois eu queria enfiar minha cara num buraco e me esconder lá pra sempre.

Só que infelizmente ele não corresponde aos meus sentimentos, não gosta de mim como eu dele. Mais também não tem como ser diferente, eu sou uma garota de dezenove anos que está na faculdade, nunca tive um namorado na vida, sou virgem. Eu saio pras baladas, festa, fico com muitos meninos, mas não passa disso.

Eu não tenho vontade de me entregar a eles, não quero ser só mais uma qualquer na cama deles.

-Dulce acorda. - Patrícia me dá um tapa no braço.

Eu volto pra realidade e vejo que a sala já está ficando vazia.

A aula acabou e nem percebi.

Também, fica pensando no guarda-costas de dois metros.

-Nossa já acabou? - eu arrumo minhas coisas.

-Tá a aula toda com essa cara de cu. - resmunga.-  O que você tem amiga?

Eu sinto minha garganta queimar e começo a chorar.

-Não sei, não sei. - dou de ombros angustiada. - Vamos embora logo.

Eu levanto e saímos da sala de aula, assim que chego do lado de fora o carro dos seguranças de Dominc, já estão a minha espera. Agora não posso mais andar sozinha, e nem quero estou com medo de tudo agora.

-Já vou amiga, até amanhã. - Pati me dá um abraço e eu retribuo. - Qualquer coisa me liga.

-Tudo bem, beijo.

Assim que me aproximo do carro, a porta do motorista abre e quem menos espero desce do carro.

-Ele não. - falo em pensamento.

Eu olho ele de cima a baixo e meu coração dispara.

Inferno ele tinha que ser tão bonito?

Inferno ele tinha que ser tão bonito?

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