Bônus(Saulo)

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Saulo Pellegrini

Não sou um homem de muitas palavras, gosto da minha vida, meu cantinho, sou um cara caseiro. Não gosto de festas, boates e nada que seja ligado a isso. Gosto da minha paz, do meu sossego. Eu sou assim!

Depois da minha separação a exatos dez anos, eu não namorei com mulher alguma. Nesses dez anos se fiquei com três mulheres, foi muito. Eu não tenho tempo pra namoros e pra dizer a verdade, não tinha saco pra isso. Eu cuidei dos meus filhos depois da separação, já que a mãe deles sumiu no mundo.

Sim filhos, eu tenho uma filha também, que pra dizer a verdade só me da dor de cabeça.

Giovanna de dezessete e Eurico de dezenove anos.

Eu passo mais tempo fora de casa, que meu contato com eles acaba sendo o mínimo possível. No começo eu tinha deixando eles na Itália, só que os dois quase imploraram para virem morar comigo aqui.

Então deixei.

Nossa relação não é das melhores, sei que parte disso é culpa minha. Eu além de um bom matador, sou médico. Eu pretendo sair dessa vida, quero mudar de vida, dar mais atenção pros meus filhos.

-Saulo tá meu ouvindo? - Dulce toca no meu braço me fazendo voltar a realidade. - Você ficou quieto de repente.

Outro problema na minha vida, essa garota que tá me fazendo perder a sanidade.

Esse jeito delicada de ser, atenciosa, linda, engraçada, tímida, a lista é longa. Eu disse a ela que pensaria em tudo isso, só que eu não consigo pensar tendo ela tão perto de mim assim.

Sua mãe quase nos pega hoje.

-Desculpa, tava pensando aqui... - falo descruzando os braços. - Já viu sua amiga? - pergunto me desencostando da parede.

-Já, ela ainda está desacordada. - fala triste. - Belo domingo esse...

Hoje é domingo, dia que prometi pros meus filhos que ira almoçar em casa... Mais não, estou no hospital com Dulce por livre e espontânea vontade. De repente tenho uma ideia maluca, mais que pode salvar minha pele.

-Quer ir almoçar na minha casa? - pergunto e ela arregala os olhos.

-Eu? Mais... e seu filho? - ela não sabe que tenho uma filha, nunca contei. - E já são três da tarde...

-E minha filha. - ela me olha chocada.

-Filha? Você tem uma filha? Porque nunca contou? - pergunta chateada.

-Também não sei, mais agora você sabe.

Ela fica me olhando sem entender, depois sorri.

-Você maluco Saulo, ela tem que idade?

-Dezessete, ela é uma boa menina. - pego sua mão. - Topa ir na minha casa?

-Se eu disser que vou, você promete pensar de verdade sobre a gente? - eu fico sério. - Eu gosto de você Saulo, quero você na minha vida, mais como homem, namorado, não amigo.

-Dulce depois falamos sobre esse assunto, poder ser? - ela afirma triste. - Aceita?

-Tá, tá eu vou. - diz sorrindo.

-Esse minha garota. - pisco pra ela.

Merda o que eu to fazendo? Levando uma garota de dezenove anos, pra conhecer meus filhos. Garota essa que mesmo que eu tente negar, quero como mulher.

Nos Braços De DominicOnde histórias criam vida. Descubra agora