Eu já estava no último mês da minha gravidez. A qualquer momento eu ganharia meu bebê. Estava feliz em poder vê-lo, conhecê-lo e senti-lo em meus braços.
Esses últimos meses foi bem mais tranquilos do que pensei. O tempo que pedi a Christian foi para eu colocar minha mente no lugar. Estava passando por muitas coisas com a gravidez, que mal tinha tempo para pensar em mim, em nós. Pode parecer que eu não me importo com ele, com os sentimentos dele, mas eu não queria que ele ficasse em cima de mim tentando algo que para mim neste momento não irá acontecer. Estava sim ressentida com ele, ainda não tinha apagado totalmente o que havia acontecido entre a gente. E o tempo era melhor para mim neste momento. Ele pode não entender, porém eu necessitava desse afastamento dele, desse tempo para curtir a gravidez, sem a pressão dele.
Já era hora de deixar as mágoas de lado e manter uma relação de amizade com ele, afinal de contas eu não posso criar nosso filho nessa relação tão fria.
Mia estava vindo para cá ficar comigo. Nesses últimos meses temos nos aproximado muito. Ela estava esperando o ano terminar para poder ingressar em uma faculdade. Ela queria fazer direito para agradar o pai morto, mas eu disse a ela para escolher algo que goste de fazer, e não só para agradar o pai. Se que ela pensa que Carrick ficaria feliz, mas eu acredito que ele ficaria mais feliz de vê-la fazendo o que gosta, o que ela ama, e não algo que só agrade a ele. Ela ficou pensativa e ainda não sabia o que gostaria de fazer. Disse a ela que a mesma teria tempo para decidir tudo. E a nossa amizade estava ótima porque ela não ficava me pressionando para perdoar o irmão, na verdade ela não falava nada sobre ele, e isso já era um ponto a favor dela.
Eu havia comprado uma casa em Seattle. Fui para lá quando ainda tinha oito meses e a casa era grande. Eu não poderia criar Noah longe do pai, e então tomei essa decisão para pai e filho terem contato sempre. E também eu quero montar a minha galeria. Chega de adiar isso. Assim que meu filho nascer, e eu mudar para Seattle colocarei em prática a ideia da galeria. José disse que vai me ajudar e também será meu sócio. Ele está indo e voltando da França, não vendo a hora de Jack também poder voltar de vez.
A tarde eu estava deitada no meu quarto. Minha barriga já está pesada e mal. consigo ficar de pé. Espero que tudo dê certo. Que meu bebê nasça bem. Ouço uma batida na porta e peço para entrar. Amélia aparece sorrindo.
- Srta, chegou essa carta. Ela diz me entregando. Não tem remetente.
- Obrigada Amélia. Falo sorrindo.
- A Srta deseja alguma coisa para comer ou beber?
- Não, estou bem. Obrigada!
- De nada, qualquer coisa estou lá embaixo. Ela fala saindo do quarto. Abro a carta.
" Oi Anastásia, como você está? Sabe eu não queria te mandar uma carta, mas como eu não te vi em Seattle pensei que você estava nesse fim de mundo que chama de casa.
Bem, eu só queria te avisar que Christian está tentando uma aproximação com você mais por causa do filho. Ele mesmo me disse que tudo que importa na relação de vocês é o filho. Não sei se você sabe, mas ele era louco para ser pai, e então ele não quer que você suma com o filho dele, ele tem medo que você por raiva e vingança o afaste do bem mais precioso que daqui a pouco ele terá. Já te digo que quando essa criança nascer, ele fará de tudo para ficar com a guarda dele, e assim poderemos nós dois criarmos ele.
Eu já tinha te avisado que ele era meu, e que o casamento de vocês não passava de uma fachada. Talvez você foi até usada para ter o filho que ele tanto queria, já que eu não posso ter filhos. E ele precisava de uma mulher qualquer para dar isso a ele.

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Do Sofrimento Ao Amor
FanfictionDuas pessoas desconhecidas. Um segredo que envolve ambos. Serão obrigados a se casar para manter o patrimônio da família. Porém mentiras faladas serão o ódio e sofrimento desse casal. Até se entenderem terão que derrubar as barreiras do coração e en...