Ouço um barulho lá no fundo, mas eu não quero acordar. Fui dormir tarde depois que cheguei a Portland. Ana já estava com seus nove meses completos e eu não queria ficar longe dela agora, então me hospedei em um hotel. O barulho ainda continua, suspiro jogando o travesseiro longe. Bufo pois terei que levantar e ir na sala buscar o telefone que toca insistentemente. Pego meu relógio que deixei na cômoda e são quase três da manhã. Quem poderia me ligar uma hora dessas?
Levanto a contragosto e vou para sala. Acho meu celular jogado no sofá e vejo que tem várias ligações de Mia. Merda. Retorno a ligação e ela atende eufórica.
- Christian, o bebê vai nascer. Ela fala em um só sopro.
- Mia onde vocês estão? Questiono já ido para o quarto para me vestir.
- Estamos a caminho do hospital. Ela fala feliz.
- Você está com ela agora? Como ela está? Peço colocando o telefone no viva voz.
- Kate e José estão com ela no carro dela. Eu estou indo atrás. Ela estava sentindo fortes dores e a bolsa já tinha estourado.
-Ok, te encontro no hospital. Falo e acabo de me vestir.
Meu coração está acelerado. Meu filho vai nascer. Meu filho vai nascer. Pego as chaves do carro, pois não vou acordar Taylor uma hora dessa. Ao amanhecer precisarei bastante dele. Já chamei o elevador, que demorou uma eternidade. Na entrada do hotel já dei a chave para o manobrista pegar meu carro. Eu estava nervoso, muito nervoso. Esperava que ela me deixasse assistir o parto, tinha medo que ela e sua rejeição não me permitisse a ver esse momento único.
O manobrista trouxe o carro e eu quase o expulsei o mesmo de dentro dele. Peguei a direção e fui rumo ao hospital. Tantas coisas aconteceram depois da nossa última conversa. Não nos falamos, cinco meses que ela passou me ignorando e eu não pode fazer nada. A não ser dar o tempo que ela precisava. Mas o tempo não foi bom para mim, pois a inquietude do meu coração, um alarme na minha cabeça me diz que ela vai seguir em frente e eu vou sofrer pelo resto da vida. Eu a julguei por três anos e agora eu seria julgado pelo resto da vida, e sem direito a uma chance de me redimir.
Cheguei no hospital e estacionei mal, porém nem quis saber. Eu queria já ter chegado. Fui para a recepção e informei que Anastásia Steele tinha dado entrada para ganhar um bebê, e eu era o pai da criança. Ela me permitiu entrar e me disse que era no terceiro andar. Dessa vez não esperei o elevador, fui pelas escadas, subindo de dois em dois degraus. Cheguei no terceiro andar e já fui para recepção e dei meu nome, falei o de Ana e ela me disse a sala de espera. Na sala de espera Mia, Kate e José já estavam ali andando de um lado ao outro.
- Como ela está? Questiono mais querendo saber onde ela está para eu poder assistir o parto.
- A médica encaminhou a mesma para sala de parto. Mia diz.
- Eu quero assistir o parto. Reafirmo.
- A médica disse que daqui a pouco mandava uma enfermeira ou enfermeiro vim ver se você havia chegado. Kate diz não parando para me olhar. Comecei a andar de um lado a outro.
Já havia se passado dez minutos e nada. Estava com receio que ela tenha pedido para não me chamar. Mais quinze minutos e minha minha mente não estava fluindo muito bem. Ela não me quer perto nem para assistir o nascimento do nosso filho. Um enfermeiro chega na sala me tirando dos meus pensamentos.
- Anastásia Steele. Quem é o pai? Ele pede
- Sou eu. Christian.
- Venha comigo. O Sr quer assistir o parto? Ele pede.
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Do Sofrimento Ao Amor
FanficDuas pessoas desconhecidas. Um segredo que envolve ambos. Serão obrigados a se casar para manter o patrimônio da família. Porém mentiras faladas serão o ódio e sofrimento desse casal. Até se entenderem terão que derrubar as barreiras do coração e en...