Capítulo 38

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Já havia se passado uma semana e ainda não tínhamos notícias dos nosso filhos. Como duas crianças desaparecem assim do nada e ninguém viu nada? Era impossível acreditar nisso. Alguém deve ter visto algo ou alguém com nossos filhos. Eu já não sabia mais o que fazer. Principalmente com Ana, pois a mesma não queria comer, não dormia e saia pelas ruas a procura dos nossos filhos. Ela e Kate estavam mais unidas do que nunca. Porém não se ouvia nada dela. Tentava conversar com ela, mas ela não queria conversar sobre nada.

Gail sempre levava comida no quarto do nosso filho para ela, mas Ana não queria nada. Ela se estava em casa ficava no quarto do nosso filho, talvez para amenizar a dor dela. Enquanto isso minha mente não parava de pensar onde eles poderiam estar ou quem poderia ter sequestrá-los. Mas nada vem a minha mente. Se eles tiverem perdidos podem estar em qualquer lugar de Seattle, porém já olhamos embaixo de cada lugar, cada bairro e nada. Essa procura está me deixando louco, essa falta de notícias está me deixando desorientado. Eu preciso achá-los.

Vou até o quarto do nosso filho e me parte o coração ver Ana tão debilitada dessa forma. Estou fazendo tudo para ela tenha nosso filho em seus braços novamente. Cheguei perto do sofá que ela está sentada olhando para fora. Pego as mãos frias dela e beijo.

- Conversa comigo. Precisamos um do outro neste momento. Você não pode continuar se isolando. Precisa comer.

- Será que algum dia ele vai aparecer? Ela diz depois de uma semana sem falar.

- Não vamos perder as esperanças. Precisamos acreditar que ele vai voltar para nós, passe o tempo que passar. Digo a puxando para meus braços. Vejo lágrimas sair do seus olhos.

- Eu quero meu filho Christian. Ela pede chorando mais. Ela não aguenta e se derrama em. lágrimas. Chora muito e eu abraço forte, querendo que ela tire pelo menos um pouco dessa angústia que ela está guardando dentro dela.

Não digo nada. Só fico abraçado ao seu corpo deixando ela chorar o que não chorou antes, e isso só aumenta a dor em mim. Prometi fazê-la feliz e não estava cumprindo. Não pude manter meu filho seguro, apesar de toda equipe de segurança que tenho a minha disposição. Ela de tanto chorar acaba dormindo. Espero mesmo que ela descanse um pouco, talvez seja melhor para que ela se renove, renove suas forças. A levei para o nosso quarto, e a deitei na cama. Cobri a mesma. Ao sair do quarto meu celular tocar. É um número desconhecido. Atendo.

- Grey. Digo firme.

- Christian Grey? A pessoa pede.

- Sim, quem fala? Indago sem paciência.

- Estou com seu filho e sobrinha. Ele diz e eu fico parado na ponta da escada.

- Onde eles estão? Como eles estão? Peço já pegando as minhas chaves do carro para buscá-los.

- Neste momento estão dormindo. Seu filho chora muito, tivemos que fazer ele calar a boca. Ele fala e um arrepio e raiva sobe a minha cabeça.

- O que você fez com ele? Cadê minha sobrinha?

- Ainda não fiz nada com nenhum deles, mas farei se você não me dar o que quero. Ele diz e eu tenho certeza que ele quer dinheiro.

- Quanto você quer para libertá-los? Questiono.

- Um milhão de dólares. E não queremos a polícia envolvida. Ele pede.

- Tudo bem. Te dou o que você quiser. Só quero meus filhos sãos e salvos.

- Ótimo. Vamos fazer assim. Daqui dois dias vamos ligar novamente e marcar de fazer a troca.

Do Sofrimento Ao AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora