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Cadu: Coé, vai me contar qual é da parada? - ele me entregou uma água de coco, em seguida se sentou do meu lado.

Estávamos na praia, era o único lugar que eu confiava de ficar a "sós" com ele. Limpei as lagrimas do rosto, já um pouco mais calma, então olhei para ele.

Samantha: Problemas em casa. Mas já estou melhor! - dei um sorriso forçado.
Cadu: Pô, to ligado que esses lances de familia é mó bronca! - me olhou de canto - Quer que eu te deixo no barraco?
Samantha: Não, se você tiver algum compromisso, pode ir. Eu estou bem, de verdade!
Cadu: Vou te deixar aqui não, pô. Eu... É, to afim de me desculpar por causa daquela treta no Antares, fiquei boladão, e pisei feio na bola! - ele falou entre murmúrios, como se fosse a morte se desculpar.
Dei risada.
Cadu: Qual foi, caralho? Ta rindo de que?! - me empurrou de leve.
Samantha: Nada! To rindo de nada, eu hein! - fiz careta.
Cadu: Iala, ta sim! - falou debochado - Consegui te fazer rir, sou pica, rapa!
Samantha: É trouxa, rapa! - revirei os olhos.

Passamos a manhã inteira na praia, ficávamos conversando, sobre coisas aleatórias, nada de interessante. Mas a maior parte do tempo, o silêncio predominou.

Samantha: Me leva pra casa? - me levantei, limpei a areia da calça.
Cadu: Demorou! - se levantou em seguida.
Seguimos em direção ao carro, em dez minutos chegamos.
Samantha: Obrigada, viu - sorri.
Cadu: Sem neurose! - retribuiu o sorriso - Tem como tu passar seu id? Pô ta foda, ficar escoltando sua mansão! - coçou a cabeça.
Samantha: Muito sem vergonha! - dei risada - Me passa o seu, e eu te mando um Whats.
Cadu: Jaé, sei que tu não vai mandar mermo! - me olhou de canto, com cara de cachorrinho sem dono.
Salvei seu número, nos despedimos com um aperto de mão e desci do carro.

AO SUBIR O MORRO (F!)Onde histórias criam vida. Descubra agora