AO SUBIR O MORRO (F!)

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O que? Ele disse que me ama? Um sorriso se abriu em meus lábios, foi como um choque, me dando forças para lutar e sair daquele inferno. Eu precisava me concentrar, precisava agir com cautela. O primeiro passo seria sair pela janela, corri até a porta, pegando a chave que a Ju havia deixado cair no chão, e tranquei a mesma.

A janela era grande, daria para mim passar tranquilamente, o único problema seria a chave. Subi em cima de uma comoda, e meti o pé na janela, não sei quantas vezes eu chutei, mas depois de muito esforço a fechadura se quebrou, deixando a janela trincada.

XxXx: JULIANA? TU TÁ AI? - era a voz do Tiago.
Me desesperei, voltei a chutar a janela, fazendo a maior barulheira, mas consegui quebrar.
Tiago: JULIANA! ABRE ESSA PORTA, PORRA! - ele batia na mesma, tentando abrir.
Terminei de tirar os vidros, abrindo passagem para eu passar. Coloquei o celular da Ju no meio dos seios, e me ajeitei de lado, para pular. Um estrondo me assustou, o Tiago arrombou a porta.
Tiago: JU?! - ele olhou espantado para a irmã - SAMANTHA! VAGABUNDA! - veio correndo na minha direção.
O mesmo me puxou pelo vestido, fazendo rasgar um pedaço.
Samantha: ME SOLTA, ME SOLTA! - berrei, mirando meu pé em seu pau, lhe dando um chute.
Tiago: DESGRAÇADA! - gritou, em meio a gemidos, caindo no chão.

Pulei pela janela, totalmente assustada. Comecei a correr, a correr e correr. Sem direção nenhuma, sem conseguir enxergar nada, só via muito mato em minha volta.
Peguei o celular, liguei para o meu número novamente, o Cadu atendeu no primeiro toque.

IDL:
Cadu: Samantha, consegui?
Samantha: Sim! Eu não sei onde eu to, tem muito mato... Eu to com medo, Cadu! - falei entre lágrimas.
Cadu: Meu amor, relaxa. Tudo vai ficar bem, me escuta, eu já rastreei o lugar. Tu fica escondida num canto, e eu vou até tu! Eu já to saindo da Rocinha!
Samantha: Ta bom. Não demora!
Cadu: Eu juro que...
FDL.

Senti pegarem o celular da minha mão, jogando o mesmo no chão.
Dodô: Te achei, gatinha! - sussurrou no meu ouvido, pressionando minha cintura.
Samantha: ME SOLTA, DODÔ! - me afastei dele, tentando correr.
Dodô: VOLTA AQUI, MINHA PUTA! - suas mãos me puxaram pelo cabelo, me segurando.
Samantha: Me deixa, o Cadu tá vindo pra cá! - soltei um gemido.
Dodô: É isso mermo que eu queria! Vou matar aquele pela saco! - falou maldoso, segurando meu rosto.
Samantha: Por favor Dodô, não machuca ele! - meu corpo tremia.
Dodô: Machucar?! - falou cinicamente - Não, eu vou MATAR ELE! Mas antes, quero te provar, delicia! - suas mãos desceram pelo os meus seios, rasgando o decote do meu vestido.
Samantha: NÃO! - gritei.
Dodô: Shiu! - murmurou, colando seus lábios nos meus.

Iniciei o beijo, por mais nojento que fosse, suas mãos apertavam meu corpo com brutalidade, já sentia seu pau duro. Quando ele menos esperava, cravei os dentes em seu lábio inferior, com toda a minha força, sentindo o gosto do seu sangue.

Dodô: AAH! VADIA! - ele berrou, virando um tapa no meu rosto.
Samantha: VADIA É A MÃE! SEU DESGRAÇADO! - gritei, acertando uma joelhada em seu membro.
Ele caiu no chão instantâneamente, aproveitei para lhe acertar com vários chutes no rosto, tentando descontar pelo menos um terço da minha raiva.
Samantha: EU TE ODEIO, DODÔ! TU NUNCA MAIS ENCOSTA UM DEDO EM MIM! - continuei chutando seu rosto.
Dodô: Eu vou te matar, sua vagabunda do caralho! - ele segurou meu pé.
Samantha: Eu pago pra ver! - acertei outro chute em seu pau, em seguida peguei o celular no chão e comecei a correr.

Liguei a lanterna do celular, pra iluminar o lugar, foi então que vi uma rodovia. Estava passando alguns carros, provavelmente teria uma base da policia militar, ali por perto. Corri pela trilha de mato, até chegar na estrada, onde comecei a acenar para todos os carros.

Samantha: SOCORRO! - eu gritava, gesticulando com as mãos.
Não adiantou, me joguei na frente do próximo carro que estava passando, o mesmo freiou em cima da hora.
XxXxX: TU TÁ MALUCA?! - o cara abriu o vidro.
Samantha: Moço por favor, eu... - desabei a chorar, novamente.
XxXxX: SAMANTHA?!