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Doutor: Você é parente do paciente Carlos Eduardo? - perguntou.
Samantha: Sim, sou noiva dele! - assenti rapidamente.
Doutor: Bom - ele deu uma pausa, para ler o prontuário do Cadu - Por sorte, a bala acertou de raspão no abdômen, fora as escoriações no corpo, ele está fora de perigo!
Samantha: Ai, graças a Deus! - sorri agradecida - E eu posso vê-lo Doutor?
Doutor: Ainda não, ele ainda está sedado, está dormindo. Só por precaução, vou liberar visitas a partir de amanhã! - falou.
Samantha: Ah - suspirei - Mas tudo bem. O importante é que ele está bem!
Tainá: Te falei, neguinha - me abraçou de lado - O Cadu é guerreiro!
Doutor: Sem mais observações, com licença - fez um gesto com a cabeça e, se retirou.
Não consegui conter a emoção, abracei a Tainá com todas as forças que ainda me restavam.
Samantha: Graças a Deus, amiga - falei com a voz embargada.
Tainá: Eu te disse - alisou meu rosto - Agora, bora pra casa. Tu precisa descansar, Sam!
Samantha: Tá, vamos sim - me separei dela, abaixei e peguei meu salto.
Tainá: Vou ligar pro LF vir buscar - falou, pegando o celular.

Apenas assenti, peguei meu celular, também e fui ligar para a minha sogra. Liguei na casa dela, a Mariana atendeu e disse que ela não havia chego ainda, e ela nem conseguiu dar a noticia. Mas ficou super feliz quando eu disse que não precisava, que o Cadu estava fora de perigo.
Saímos do Hospital e, ficamos esperando o LF perto de um ponto de ônibus, não demorou muito ele chegou. Me deixou em casa, depois subiu o morro com a Tainá.

Respirei aliviada ao abrir a porta e, adentrar na minha casa, não dá nem pra acreditar que á quase nove horas atrás, eu estava me descabelando de medo, que baile horrível. Enquanto tomava banho, fui digerindo o que havia acontecido, tanto o Dodô, quando a Bia e o Tiago, mereciam ter tomado uma punição, mas eu não consigo me alegrar com a morte de ninguém.

Ao terminar o banho, passei hidratante corporal, desodorante, vesti meu pijama, limpei meu rosto com demaquilante e apenas penteei os cabelos, optei por deixar secar naturalmente. Preparei dois mistos-quentes, e comi com suco de laranja, apos escovar os dentes, cai na cama.

(...)

Acordei na segunda-feira ansiosa, eu estava morrendo de saudades do Cadu, queria vê-lo. Tomei um banho rápido, passei hidratante corporal, desodorante, vesti uma calça jeans de lavagem clara, uma camiseta cinza, minha jaqueta de couro por cima e, calcei meu par de coturnos pretos. Apos tomar o café da manhã, escovei os dentes, optei por prender o cabelo em um rabo de cavalo alto, e passei apenas um batom nude.
Fui de ônibus para o Hospital, no caminho avisei minha chefe que só iria trabalhar depois do almoço.

Samantha: Bom dia - cumprimentei a recepcionista, assim que adentrei no hospital.
Recepcionista: Olá - sorriu.
Samantha: Vim visitar o paciente Carlos Eduardo Nogueira - falei.
Recepcionista: Só um minuto, por favor - ela pegou o telefone e, ligou para o ramal de alguém, tendo uma conversa rápida - Quarto 206, no segundo andar!
Samantha: Obrigada! - assenti.
Peguei o elevador, parando no segundo andar, caminhei apressadamente até o quarto 306. Abri a porta sem cerimônia e, logo fui entrando. O Cadu estava deitado, com o rosto virado para a parede, fui me aproximando.
Samantha: Amor - murmurei, tocando seu peito.
Ele se virou rapidamente, me olhando surpreso.
Cadu: Samantha? - sorriu.
Samantha: Oi, que saudades, amor! - me debrucei em cima de seu corpo, lhe dando um beijo no rosto.
Cadu: Ai, ai! - gemeu de dor.
Samantha: Ah! - me levantei rapidamente - Desculpa!
Cadu: Suave, gata! - riu - Tu demorou pra vir, porra!
Samantha: O médico só liberou visita hoje! - expliquei.
Cadu: Pô, quando eu vou poder voltar pra casa, cara? - perguntou, se sentando na cama.
Samantha: Não sei, amor. Como você tá?
Cadu: To bem, pô. Tava morrendo de saudade, cara! - disse, segurando minha mão.
Samantha: Eu também! - sorri - E o nosso bebezão mais ainda!
Cadu: Ei, moleque - alisou minha barriga - Papai ta pronto pra outra!
Samantha: Vira essa boca pra lá - falei séria - Tu escapou de uma!
Cadu: É... - assentiu pensativo.
Samantha: Tu sabia que o Dodô não tinha morrido?
Cadu: É... Eu sabia, amor! - murmurou.
Samantha: Sabia?! - falei indignada - E por que não me disse nada, Cadu?
Cadu: Eu queria te proteger, cara... - falou sério - Tu sabe que tudo que eu faço é te proteger!
Samantha: Mas tu se arriscou... Ele poderia ter te matado!
Cadu: Jaé, pô. To ligado, mas já foi! - suspirou - O safado morreu e, ta tudo certo!
Samantha: É, quanto a isso... - sorri forçado.
Cadu: Psiu - se aproximou de mim.
Samantha: Oi - o encarei.
Cadu: Eu te amo! - riu, alisando meu rosto.

Aproximei meus labios dos seus, iniciando um beijo, sem malícia, apenas amor. Suas mãos passearam nos meus seios, começando a se empolgar. Então a porta se abriu, nos assustando.

XxXxX: Carlos Eduardo Nogueira? - um homem alto, adentrou no quarto, sem cerimônia.
Cadu: Eu mermo!
XxXxX: Polícia Federal do Rio de Janeiro! - disse, mostrando o distintivo - O senhor está preso!
Samantha: Preso?! - murmurei perplexa.
XxXxX: Porte ilegal de armas, 157, tráfico de drogas, e homicídio!

AO SUBIR O MORRO (F!)Onde histórias criam vida. Descubra agora