73

8.3K 571 11
                                    

Continuação.

Bati as costas com tudo na mesma, fechei os olhos por um instante, tentando controlar o choro.

Cadu: Caralho, olha o que tu me fez fazer! - se abaixou, tentando colocar a mão no meu rosto.
Samantha: Tira as mãos de mim! - o empurrei, com os olhos semi cerrados.
Cadu: PORRA, SAMANTHA! COLABORA! - cerrou os punhos.
Samantha: NÃO! - gritei com a voz embargada - VAI FAZER O QUE?! ME BATER? - o desafiei.
Ele me olhou com raiva, eu estava tremendo de medo, e ele conseguia enxergar isso, Cadu fechou a mão para me dar um soco, fechei os olhos.
Cadu: DESGRAÇA! - deu um soco na parede.
Abri os olhos assustada, ele virou as costas e voltou para sua sala, me levantei e fiz o mesmo.
Cadu: EU VOU FAZER ISSO POR VOCÊ! - falou, desamarrando o Torvic.
Samantha: EU NÃO QUERO QUE TU FAZ MAIS NADA POR MIM! ACABOU, CADU! - falei, soluçando.
Cadu: O que?! - olhou desacreditado, com a voz falha.
Samantha: Isso mesmo! Nunca nenhum homem relou em mim, e não vai ser você que vai fazer isso. Vai lá com a sua amante!
Cadu: Que amante?! Tu ta louca?! - olhou confuso e, veio na minha direção, segurando meu braço.
Samantha: EU JA SEI DA PALOMA! JÁ SEI DE TUDO! - falei, me soltando do mesmo.
Cadu: PORRA - riu irônico - Eu não tenho nada com ela! Eu to contigo, Samantha!
Samantha: ESTAVA, CARLOS EDUARDO! - finalizei, e me virei para ir embora.
Cadu: SAMANTHA! - pegou minha cintura.

Me virei rapidamente, e dei um tapa em seu rosto, agindo totalmente por impulso. Cadu colocou a mão no local onde acertou e, me olhou incrédulo. Não falei mais nada, e fui embora.

Cadu narrando:

Porra, minha mente deu um nó, treta demais pro meu sistema. Eu não iria perder a Samantha, agi como um otário, mas com ela eu me resolvia depois.

Cadu: LF! - berrei.
Não deu dois minutos, ele apareceu.
LF: Diz, chefe!
Cadu: Parça, solta o desgraçado ai! Vou resolver um B.O! - suspirei, pegando minha pistola.
LF: Deixar ele vazar? - franziu o cenho.
Cadu: Não porra! Só não deixa ralar, com ele me acerto mais além! - falei, saindo da boca.
Subi na minha R1 e, pilotei em direção a casa da Paloma. Já fui entrando, arrebentei a porta no pé, a mãe dela estava na sala, e me olhou assustada.
Mãe: Jesus! - colocou a mão no peito.
Cadu: Não! Cadu mermo! - ri irônico - Cadê a cadela da Paloma?!
Mãe: Eu não sei... O que aconteceu com a minha filha? - perguntou, já entrando em choque.
Cadu: Nada... AINDA! CADÊ PORRA?! - perguntei impaciente, apontando o revolver pra cabeça da velha.
Mãe: Meu filho, por favor! - começou a chorar - Ela... Ela foi no tal baile!
Não falei mais uma palavra, voltei para a moto e acelerei até a quadra. Quando entrei os vapor já veio cumprimentando, e as puta se oferecendo. Já mostrei que tava pra poucas ideia.
Cadu: Maicon, acha a Paloma pra mim! - ordenei para um vapor.
Ele assentiu e foi na busca. Eu fiquei tomando um whisky no aguardo, não demorou muito os dois apareceram.
Paloma: Oi, chefinho. Tava me procurando? - veio cheia de insinuação, passando a mão em mim.
Cadu: Tava sim! - assenti - Valeu Maicão, agora vaza!
Vapor: Jaé! - saiu.
Paloma: Sentiu saudades? - me olhou.
Cadu: SENTI SIM! CADELA DOS INFERNO! - dei um tapa forte em seu rosto.
Paloma: Cadu! - me encarou, colocando a mão no rosto.
Cadu: ISSO É PRA TU NUNCA MAIS ARRANJAR BUXIXO COM O MEU NOME, VAGABUNDA! - segurei em seus cabelos, e apertei seu rosto - OLHA PRA MIM!
Ela me encarou com os olhos lacrimejados, apertei sua bochecha com mais força, e fixei meu olhar no seu. O baile inteiro estava olhando, mas ninguém era louco de interromper.
Paloma: Por favor, Cadu! Eu não fiz nada, tu tá doido!- balançou a cabeça.
Cadu: EU SEI QUE TU DISSE QUE É MINHA AMANTE, E ISSO CAIU NO OUVIDO DA MINHA FIEL! - berrei alterado.
Paloma: E isso é mentira?! - engoliu em seco, com um sorriso cínico.
Cadu: LOGICO QUE É! VADIA! - lhe dei um murro na boca, ela cambaleou e se escorou na parede.
Meu sangue estava fervendo, minha vontade era de matar a Paloma, mas eu não podia fazer isso na frente de geral.
Cadu: Olha aqui - me aproximei da mesma, passando as mãos no rosto, totalmente impaciente - Se tu atravessar meu caminho ou da Samantha mais uma vez, eu mato sua mãe! - falei com um tom calmo.
Paloma: Tu não seria maluco de fazer isso! - murmurou, limpando o sangue da boca.
Cadu: Se tu quiser pagar pra ver, por mim suave! - dei de ombros.
Paloma: Tu vai me pagar caro por isso, pode esperar! - me encarou. Ela saiu esbarrando em mim, e foi embora do baile.

AO SUBIR O MORRO (F!)Onde histórias criam vida. Descubra agora