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Dodô narrando:

Terminei de contar os malotes de cem, depois preparei cinco cabeças pra mandar assaltar a pista, dessa vez eu não iria, ainda tava me recuperando dos tiros.

Bia: Amor, quer comer alguma coisa? - perguntou, entrando na minha sala.
Eu tinha aceitado a Beatriz de volta. Ela voltou pro Antares no aguardo na minha morte, mas ficou feliz quando viu que eu to vivão, ai percebi que ela fecha comigo de verdade. Dessa vez sem trairagem, no fundo, ela é a unica pessoa que se importa comigo.
Dodô: Suave, nega - falei - Pô, o playboy te procurou? - falei, me referindo ao Tiago.
Bia: Nem sinal, cara - balançou a cabeça negativamente.
Dodô: Jaé, agora vaza, to trampando - mandei.
Bia: Fui! - assentiu.
Não demorou muito pra baterem na porta de novo.
Dodô: Mas que foi, porra? Entra! - falei alterado.
A porta se abriu, e a Paloma entrou. Caraca, quase cai da cadeira, parecia um demônio ali na minha frente, a cara toda ralada, e careca.
Dodô: Porra! - olhei assustado.
Paloma: Não diz nada - entrou, fechando a porta.
Dodô: O que foi isso, mano? - perguntei.
Paloma: Os vapor do Cadu, eu briguei com a vagabunda da Samantha, e ele mandou me baterem! - murmurou.
Dodô: Mas tu é muito da burra, cara! - ri - Eu falei pra tu, não ficar dando sopa!
Paloma: Eu sei, marquei bobeira - assentiu - Mas descobri o dia perfeito pra acabar com ele!
Dodô: É? Fala ai! - ajeitei meu corpo na cadeira, interessado na conversa.
Paloma: Daqui um mês, dia 30, vai ser o aniversario do Cadu. Ele vai dar uma festona na comunidade, e um baile a noite - deu uma pausa - É perfeito pra atacar!
Dodô: Nossa, loirinha... Essa surra serviu pra alguma coisa! - ri, satisfeito.
Paloma: Não fode! - me encarou irritada - Mas oh, eu quero te pedir um negócio, eu quero matar a Samantha, deixa ela comigo. E não mate o Cadu, por favor!
Dodô: Ih, cê tá do lado de quem? - franzi o cenho.
Paloma: Do seu, né - mordeu o lábio inferior.
Dodô: Como agradecimento, vou te lançar uma grana, pra tu cuidar disso ai - falei, dando um bolo de peixe pra ela.
Paloma: Obrigada, Dodô! - agradeceu, com a voz manhosa - Vou indo tá!
Dodô: Jaé! - assenti.

Foi como se um aviso surgisse na mente, ela não me servia pra mais nada, pelo contrário já tinha falado o que eu precisava saber. E essa obsessão pelo otário do Cadu, só iria me atrapalhar. Tirei a pistola do coldre, sem alarmar, enquanto ela caminhava até a porta.

Dodô: Paloma - a chamei.
Paloma: Oi! - se virou.
Sem demorar, sentei o dedo na draga, disparando vários tiros nela.
Ela não teve tempo nem de dar o último suspirou, caiu lentamente no chão.
Dodô: Desculpa, gatinha - murmurei, me levantando e indo até o corpo.
Chequei seus batimentos, sem dúvidas estava morta. Peguei o bolo de dinheiro da sua mão, guardei no meu bolso, abri a porta, e fui até os moleques, que estavam jogando baralho.
Dodô: Wallace, limpa minha sala lá, e some com o corpo daquela vagabunda! - mandei, pegando a baga de sua mão.
Wallace: Corpo? - franziu o cenho, com espanto.
Dodô: Vai logo, desgraça! - falei alterado.
Wallace: To indo, caralho! - saiu emburrado.
Me sentei do lugar dele, e comecei a jogar baralho com os moleques.

Alguns dias depois....
Samantha narrando:

Estacionamos o carro em frente a cafeteria, o tempo estava bem nublado, com certeza iria chover mais tarde.

Samantha: Amor, vou indo. Até depois! - falei, me despedindo com um selinho.
Cadu: Tu vai trampar depois, linda? - perguntou, selando nossos lábios.
Samantha: Vou sim - assenti.
Cadu: Jaé!
Nos beijamos mais uma vez, e desci do carro. Caminhei apressadamente para dentro da cafeteria, logo vi meu pai em uma das mesas. Fui correndo ao seu encontro.
Samantha: Pai! - falei ofegante.
Marcos: Minha princesa! - se levantou, me dando um abraço apertado.
Samantha: Pai, nossa, que saudade! - sorri, me sentando, apos ele me soltar.
Marcos: Tu sumiu, minha filha - disse sério - Nem no enterro do seu irmão, você foi!
Samantha: Eu sei, pai - assenti - Mas... Mas, eu achei que não seria bem recebida lá!
Marcos: É triste, mas tua mãe falou o tempo todo que a culpa era sua!
Samantha: Eu sei... Ela me ligou! - dei de ombros - Mas e você pai, como está em São Paulo?
Marcos: Bem, ótimo alias! - sorriu - Eu conheci uma mulher lá, estamos namorando!
Samantha: Hmmm - dei risada - Isso ai, faz muito bem. Quero conhecer, preciso aprovar! - brinquei.
Marcos: Você vai sim - assentiu - Foi ótimo essa reunião aqui, assim conseguimos nos ver, né!
Samantha: Verdade, pai. Tem noticias da mamãe?
Marcos: Não - balançou a cabeça - Ela só disse que ia pro interior. A morte do Ber abalou demais, fiquei sabendo da Juliana, também...
Samantha: É pai, infelizmente escolheram o lado errado... - me bateu uma tristeza ao lembrar da Ju.
Marcos: E esse bebezão ai? É pra quando? - perguntou, olhando para a minha barriga.
Samantha: Janeiro, pai - sorri.
Marcos: Tu ta bem mesmo, filha? Tá feliz? - tocou minha mão, sobre a mesa.
Samantha: Demais, pai - assenti, segurando sua mão.
A atendente veio até nossa mesa, anotar os pedidos. Eu pedi uma fatia de torta de chocolate com beijinho, e um cappuccino.
Marcos: E... - deu uma pausa, dando um gole em seu café - Precisamos acertar sua herança, quer dizer, sua parte na casa...
Samantha: Olha, eu não ligo pra isso. Eu não estou precisando de nada, sério - falei.
Marcos: Mas é seu, filha! E quanto a parte do seu irmão, pretendo doar, para uma instituição!
Samantha: Ótimo, pai! - sorri.
Marcos: Então, deposito em sua conta.
Samantha: Tudo bem! - sorri.

A garçonete veio com os pedidos, enquanto eu comia, meu pai ia falando sobre a sua nova casa, e como estava sua vida depois da separação. Ficamos conversando mais um pouco, mas já estava na hora de ir para a loja.

Samantha: Pai, preciso ir - falei, me levantando.
Marcos: Eu também, filha - se levantou - Quer uma carona?
Samantha: Não, a loja é a duas quadras, faz bem caminhar - sorri.
Marcos: Ta bom, princesa - assentiu - Até mais. E quando o bebê nascer, vão passar uns dias lá em casa! - falou, me abraçando.
Samantha: Vamos sim! - apertei seu corpo contra o meu - Se cuida!
Marcos: Você, também! - deu um beijo na lateral da minha cabeça.

Terminamos de nos despedir e, fui trabalhar. O dia foi bem movimentado, deu pra vender bastante.
Peguei um metro, em seguida um ônibus, até a Rocinha. Cheguei em casa exausta, minha barriga já estava começando a pesar, fazendo minhas costas doerem. Fui direto para o banho, a água estava super quentinha, vesti meu pijama preferido, e me deitei na cama, dormindo logo em seguida.

3 semanas depois...

Faltava apenas um dia para o aniversário do Cadu, e eu estava ficando doida, os preparativos para a festa na comunidade, estava sugando o tempo de nos dois.

Samantha: Até que enfim, amor - suspirei aliviada - Amanhã é o grande dia!
Cadu: Pô, to ansioso pacas - sorriu.
Dei uma mordida na minha fatia de pizza, e fiquei pensativa. Eu estava preparando uma surpresa para ele, iria dar um ''discurso'' na hora dos parabéns. A festa iria acontecer da seguinte forma: De manhã até a tarde, seria na rua, aberta para as crianças e tal, já a noite, seria um baile especial, para o público adulto.
Cadu: Ow, ta ai? - passou a mão na frente dos meus olhos.
Samantha: Ah - despertei - Desculpa amor, o que você estava falando?
Cadu: Eu estava falando - sorriu malicioso - Que a gente - ele saiu detrás do balcão da cozinha e, veio até a mim.
Samantha: Que a gente...? - me fiz de desentendida, com um sorriso sacana nos lábios.
Cadu: Devia se pegar, gostosa! - ele se aproximou, me puxando pela cintura.
Samantha: Ui - sorri, grudando nossos lábios.

Iniciamos um beijo gostoso, totalmente selvagem, nossas línguas se entrelaçavam em perfeita sintonia, desci minhas mãos da sua nuca, para as suas costas, tirando sua camiseta, sem delongas, com a sua ajuda, logo a peça estava no chão. Minhas unhas passeavam por suas costas nua, ele soltava alguns gemidos roucos, entre o beijo, Cadu desceu seus lábios até meu pescoço, deixando fortes marcas, fazendo todos os pelos do meu corpo arrepiarem, subiu a barra da minha regata, tirando a mesma, me deixando apenas de sutiã, que eu mesma fiz o favor de tirar.
Logo sua boca estava devorando meus seios, sugando de uma maneira bruta, me deixando totalmente excitada, joguei minha cabeça para trás, enquanto pressionava a sua contra meu busto.

AO SUBIR O MORRO (F!)Onde histórias criam vida. Descubra agora