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Acordei no dia seguinte bem cedo, eu estava ansiosa para ver o meu pai, ver o que ele queria. Me levantei, deixando o Cadu ainda na cama, segui até o banheiro, lavei o rosto, escovei os dentes, terminei minhas higienes matinais, e fiz um coque frouxo no cabelo, a caminho da cozinha.
Preparei o café da manhã, finalizei arrumando a mesa.

Cadu: Eita, que cheiro de café! - veio entrando na cozinha, com cara de sono.
Samantha: Bom dia! - sorri.
Cadu: Bom dia, amor! - se aproximou, me dando um selinho.
Samantha: Vem tomar café! - o chamei, já me sentando a mesa.
Cadu: Já fui! - esfregou as mãos, se sentando em seguida.

Tomamos o café normalmente, sempre conversando. Logo depois, o Cadu ficou com o dever de tirar a mesa e limpar a cozinha, enquanto eu arrumava os outros cômodos. Aproveitei e coloquei algumas roupas na máquina, para ir lavando.

Cadu: Amor - apareceu na lavanderia.
Samantha: Oi, amor! - olhei o mesmo.
Cadu: Já são 11:00hr! Tu não vai se arrumar?
Samantha: To indo, ai já vamos! - passei por ele, beijando seu rosto.
Cadu: Jaé, pô! - sorriu.

Tomei um banho caprichado, mas não lavei o cabelo. Escovei os dentes, passei hidratante corporal, desodorante, perfume, vesti um vestido verde água, liso e com babados no decote, seu comprimento é na metade da coxa, calcei uma rasteira cheia de pedraria, fiz uma make simples, prendi o cabelo em um rabo de cavalo alto.

Cadu: Bora? - chamou, terminando de se arrumar.
Samantha: Bora! - ri, pegando minha bolsa.
Cadu: Ta linda, meu amor! - sorriu, pegando na minha cintura.
Samantha: Como você! - segurei seu rosto, lhe dando um beijo no queixo.
Cadu: Tu é a mina mais linda desse mundo! - sorriu, apertando meu nariz de leve.
Samantha: Own! Vamos! - me soltei do mesmo.
Cadu: Bora! - segurou minha mão, seguimos até o carro.

O caminho até o Copacabana foi rápido, o restaurante onde eu sempre almoçava com os meus pais, ficava de frente para o mar, assim que o Cadu estacionou, vi o carro do meu pai.

Cadu: Tudo suave? - me olhou.
Samantha: Sim, amor! - assenti com a cabeça - Você me espera ou vai voltar pro Morro?
Cadu: Vou voltar, tu me liga, jaé?
Samantha: OK. Tchau amor, se cuida - me despedi, lhe dando um beijo longo.
Cadu: Se cuida, também! Gostosa - suas mãos se enfiaram dentro do meu vestido, afastando minha calcinha.
Samantha: Para! - falei entre gemidos - Me deixa ir!
Cadu: Até depois, amor! - falou desanimado.

Sai do carro, ajeitei meu vestido, dei um selinho no Cadu e finalmente segui até o restaurante.
Respirei fundo, seria difícil ver o meu pai, depois de tudo que ele aprontou. Entrei no restaurante, fiquei procurando meu pai com os olhos, que acenou para mim, retribui com um meio sorriso e fui até ele.

Marcos: Filha! - se levantou, para me cumprimentar.
Samantha: Oi pai! - o abracei, sem-graça.
Marcos: Como você está? - perguntou, me olhando da cabeça aos pés.
Samantha: To ótima! E você? - finalmente nos sentamos.
Marcos: Vamos pedir? - sorriu.
Samantha: Uhum! - dei uma rápida folheada no menu.
Ele chamou o garçom que logo veio, anotou os pedidos e se retirou.
Marcos: Filha, eu quero me desculpar, eu agi muito errado com você! - sua mão tocou a minha, sobre a mesa.
Samantha: Não sei, pai - abaixei a cabeça.
Marcos: Filha, eu e sua mãe, estamos morrendo de saudades! - ele suplicava.
Samantha: Não volto lá com o Bernardo, pai! - suspirei impaciente.
Marcos: Meu amor, vocês se davam tão bem! O que aconteceu? - franziu o cenho.
Samantha: Pai, nada! Eu só não aceito as amizades dele, o que ele se tornou. Olha, eu to morando com o Cadu, to muito feliz e...
Marcos: Esse marginal vai te fazer mal, meu amor! - falou, me interrompendo.
Samantha: Nunca mais chama ele assim! Marginal é o Bernardo! E se for pra nossa conversa tomar esse rumo, eu vou embora! - minha expressão era séria, ameacei se levantar.
Marcos: Não! - segurou meu pulso - Tudo bem... Eu... Eu vou tentar te compreender! - suspirou impaciente, afrouxando o nó da gravata.
Samantha: Que bom, fico contente! - assenti com a cabeça.
Marcos: Mas pensa com carinho, você tem o colégio, suas amigas, sua casa!
Samantha: Eu juro que vou pensar! - tentei parecer convincente, mas já tinha me decisão decretada.
Marcos: E como o mar... - pigarreou - O Cadu está te tratando?
Samantha: Muito bem, nos se amamos! - dei um sorriso.
Marcos: É difícil pra eu aceitar tudo isso, você sabe! - balançou a cabeça.
Samantha: Eu sei, papai - apertei sua mão - Mas um dia, o senhor vai entender tudo isso!

AO SUBIR O MORRO (F!)Onde histórias criam vida. Descubra agora