30

11.5K 874 12
                                    

Óbvio que eu não iria perdoar a Juliana, pois em todas as nossas festas, sempre que ela deu pt, eu a protegi até o fim, um exemplo disso, foi na boate no aniversário do Tiago. Mas iria deixar pra lá, chega de ficar só na farra, e dando atenção para os outros, é hora de pensar no meu futuro, em mim.

Fiquei mexendo nas redes sociais, quando atualizei os contatos do WhatsApp, apareceu o whats do Cadu. Todo lindo na foto, confesso que me senti atraída por ele. Pensei em mandar um 'oi', mas deixei pra outra hora. Acabei dormindo.

(...)

Acordei com muita gritaria vindo do andar de baixo, era a voz do meu pai e do Bernardo, percebi que já estava anoitecendo, me levantei da cama, e desci rapidamente as escadas.

Bernardo: CALA A BOCA, SEU VELHO! TU NEM É MEU PAI, NÃO TE DEVO SATISFAÇÃO! - ele berrava.
Marcos: SEU MOLEQUE! SE HOJE VOCÊ TEM ESSA VIDINHA MANSA, FOI GRAÇAS A MIM! - segurou no braço dele.
Lavínia: Meu filho, por favor! - ela tentava apaziguar a situação.
Bernardo: VAI PRO INFERNO, MÃE!
Samantha: NÃO FALA ASSIM COM ELA, SEU IDIOTA! - o encarei com raiva, não iria deixar ele falar assim com a minha mãe.
Bernardo: VAI SE FODER, SAMANTHA! - ele me encarou de volta, se aproximando de mim.
Marcos: FILHA, NÃO SE META!
Samantha: Vai fazer o que valentão? Me bater? - dei um sorriso cínico - Estou morrendo de medo!
Só senti meu rosto arder, meu corpo cambaleou para trás, por conta da força do tapa.
Bernardo: Esse foi só o troco! - falou friamente, em seguida segurou meu pulso.
Lavínia: BERNARDO! - veio até nós, segurou o mesmo pela gola da camiseta - PEDE DESCULPAS PRA SUA IRMÃ!
Marcos: DESCULPA? - cerrou os dentes - EU QUERO ESSE VAGABUNDO, LONGE DA MINHA CASA! - berrou.
Bernardo: FALOU O COVARDE QUE BATE EM MULHER! - soltou uma gargalhada irônica - EU VOU MESMO, COM MUITA DISPOSIÇÃO! MELHOR DO QUE TER QUE CONVIVER COM UM PAU NO CU! - encarou o meu pai.
Lavínia: Marcos, por favor! - suplicou, entre soluços.
Samantha: Mãe, não é possível! Ele tem que aprender! - balancei a cabeça, indignada.
Lavínia: SOBE, SAMANTHA! VIU O QUE VOCÊ FEZ?! ISSO NÃO É ASSUNTO PRA VOCÊ! - gritou comigo, me olhando com raiva.
Marcos: Tá achando ruim, Lavínia? - abaixou o tom - Pode ir com ele!

As lágrimas já caíram sem eu perceber, subi as escadas correndo, entrei no meu quarto, batendo a porta com toda a minha força. Eu precisava sair daquela casa, pelo menos agora, precisava conversar com alguém. Peguei meu celular, e mandei uma mensagem para ele, a primeira pessoa que veio em mente.

AO SUBIR O MORRO (F!)Onde histórias criam vida. Descubra agora